O Rio

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Drama 108 min 2018 M/12 09/05/2019 NOR, Cazaquistão, POL

Título Original

The River

Sinopse

<div>Sendo o filho mais velho de uma família pobre e numerosa, Aslan é incumbido de cuidar dos irmãos mais novos e fazê-los cumprir as tarefas atribuídas pelo pai. Mas, forçado a crescer demasiado depressa, tem dificuldade em fazer valer a sua autoridade. Tudo se agrava quando outro rapaz chega à aldeia e lhes mostra o seu "tablet" e jogos de computador. Fascinados com a tecnologia, os mais pequenos sentem-se atraídos pelo novo amigo e tornam-se cada vez mais desobedientes às ordens de Aslan. Essa circunstância, aparentemente banal, dará origem a uma tragédia.</div> <div>Um filme dramático assinado pelo cazaque Emir Baigazin que completa a trilogia iniciada no filme "Lições de Harmonia" (2014) e continuada em "The Wounded Angel" (2016), onde o realizador nos mostra as dificuldades vividas pelas populações das zonas rurais do seu país. "O Rio" foi o vencedor do prémio de Melhor Filme na edição de 2018 do Leffest - Sintra & Estoril Film Festival. PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas dos leitores

Um mito urbano

EC

Existe um mito urbano segundo o qual o Homem é naturalmente ganancioso. Milton Friedman, por exemplo, costumava dizer que nunca tinha conhecido ninguém que não fosse ganancioso. Ora, a verdade é que as sociedades primitivas e tribais são alicerçadas no princípio da partilha e não no princípio da ganância. O animal caçado, bem como os restantes bens materiais são partilhados por toda a comunidade. Assim, no seu estado mais natural não parece que o Homem seja ganancioso. <br /> <br />O problema deste filme é que ele pretende apresentar-se como uma parábola do mundo moderno, mas baseado no mito urbano acima referido. A pérola steinbeckiana, introduzida no filme sob a forma de tablete, vem perturbar a harmonia de uma família semi-primitiva do Cazaquistão e desencadear todo um processo de corrupção moral. A corrupção moral, digamos, dos “dealers” de Wall Street não é directamente transponível para uma família semi-primitiva do Cazaquistão. Há aqui um equívoco, e um equívoco perigoso, dada a beleza estética do filme. <br /> <br />Marion Le Pen foi, talvez, a deputada mais bonita que a Assembleia Nacional Francesa jamais teve. O problema é que esta menina tinha tanto de beleza como de ideias perigosas para a sociedade.
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5 estrelas

José Miguel Costa

O filme "O Rio" do cazaque Emir Baigazin, que decorre numa despovoada e inóspita região desértica do seu pais natal e cuja narrativa nos expõe perante as metódicas/repetitivas e exigentes rotinas diárias impostas por um pai austero aos seus 5 filhos menores (privados de qualquer contacto com o exterior, uma vez que nem sequer frequentam a escola), constitui-se como uma espécie de parábola serena (impregnada de uma multiplicidade de simbolismos liricos) aos regimes ditatoriais (tendo por base os "tiques" desta familia patriarcal). <br /> Tudo decorre na mais perfeita "harmonia" até que dois eventos, quase simultâneos, irão perturbar a "normalidade" infligida e a visão homogénea do seu (pobre e inocente) mundo, mais concretamente, a descoberta de um rio mesmo à beira da sua casa (cuja existência até então havia sido escondida por parte do progenitor) e a visita inesperada de um primo citadino que lhes "apresenta o progresso" sob a forma de um tablet e um overboard. E a partir daí tudo irá ... ficar "igual"? <br /> <br />O grande triunfo desta obra encontra-se no seu rigido e irresistível formalismo estético, que "usa e abusa" dos seus planos fixos e personagens imóveis colocados geometricamente na tela e pincelados por melancólicas tonalidades arenosas de castanhos, beges e cinzas (revelando-se, desse modo, como um quase desfilar contínuo de - magnificos - "quadros vivos", que nos inundam a retina ao ponto de até termos receio de pestanejar, não vá dar-se a tragédia de perdermos algum pormenor pictórico).
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Interessante

Carlos Caldas

Vale a pena ver. É uma filmografia pouco conhecida e dá para perceber que há cinema diferente do que é impingido às pessoas em doses maciças.
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Carlos Caldas

Vale a pena ver. É uma filmografia pouco conhecida e dá para perceber que há cinema diferente do que é impingido às pessoas em doses maciças.
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