Silvio e os Outros

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Biografia 100 min 2018 M/16 06/12/2018 FRA, ITA

Título Original

Loro

Sinopse

<div>Este filme – que em Itália se dividia em dois mas para a distribuição internacional teve uma nova montagem que junta as duas partes – relata os esforços de Sergio Morra para chegar a Silvio Berlusconi, mas também as crises de um líder que se sente envelhecer, que receia ter perdido as suas capacidades de sedução e que tenta salvar o seu casamento com Veronica Lario (de quem viria a divorciar-se em 2010). Confrontado com as suas inseguranças, hesitando sobre a sua capacidade de voltar a ser primeiro-ministro (para isso só tem de conseguir convencer seis senadores a mudar de ideias), Berlusconi quer perceber se mantém intactas as capacidades que, no início da sua vida, fizeram dele um extraordinário vendedor de casas.</div><div>Com Toni Servillo, Riccardo Scamarcio e Elena Sofia Ricci como protagonistas, um drama biográfico sobre Silvio Berlusconi, com realização e argumento de Paolo Sorrentino ("A Grande Beleza", "A Juventude"). Alexandra Prado Coelho, PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

O homem sem qualidades

Jorge Mourinha

Paolo Sorrentino filma o fim da era Berlusconi como uma tragicomédia anunciada: Silvio e os Outros.

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Críticas dos leitores

Filme fiel ao estilo que Paolo Sorrentino nos habituou em “ A Grande Beleza”:

Paulo B.

Filme fiel ao estilo que Paolo Sorrentino nos habituou em “A Grande Beleza”: danças alucinantes, muita música em ambientes e décors barrocos - a lembrar muito vagamente o mestre Fellini. Banda sonora a valer meio filme. Muita, muita sensualidade. <br />Se estão à espera de ficar a odiar Berlusconi por tudo o que de mal se disse dele e que o filme aborda, desenganem-se. Sorrentino não cai no erro banal de demonizar Silvio Berlusconi, ou ficar num maniqueísmo fútil entre o bem e o mal. “Mas não são todos corruptos?” é a pergunta que se faz algures no filme. O ex-primeiro ministro Italiano aparece como um tipo Cool, carismático, corrupto é certo, mas fazendo parte de um sistema eminentemente corrupto.
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4 estrelas

victor ribeiro

Um filme fabuloso do grande realizador que é Paolo Sorrentino, desde logo espectacular, sem ter que ser alienigena para conquistar a bilheteira, e sem melodrama mostrando também o lado humano da notável figura de Berlusconi. Pena não ter a publicidade que merece e que o cinema europeu devia aproveitar.
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3* - Uma "escola de política" e...

Luis

...da "arte de bem vender", que nos oferece bons momentos e que dá para "reflectir" sobre o que nos rodeia na actualidade, mostrando até muitas "semelhanças" no seu todo. Um filme diferente.
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Bella Italia

Raelsan

Paolo Sorrentino mostrou mais uma vez o grande realizador que é, numa reflexão sobre o ego, sobre o envelhecimento e sobre uma das maiores figuras da Itália contemporânea. Representação cénica espectacular. Filme que serve como biografia e como crítica social, Servillo nunca engana, melhor ator italiano da atualidade. Ficou a vontade de partir para a bela Sardenha, de festejar, e de viver à grande e à italiana! Viva Silvio! Viva Italia! <br /> <br /> <br />Ps: Quem continua a surpreender são os críticos da página, quando penso que a crítica não pode piorar, pois piora! Não comento as notas dadas pelos Críticos, mas querendo analisar um filme, sem citar por uma só vez o ator principal (e diga-se de passagem o seu papel fabuloso) ou significa que nada se percebe de cinema, ou que não viu o filme... <br /> <br />Mais uma vez, uma sala vazia, assim dá prazer, obrigado ao UCI el Corte por continuar a ser, de longe o melhor cinema de Lisboa
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2 estrelas

José Miguel Costa

“Silvio e os Outros”, do odiado e amado (com igual intensidade por ambos os lados da barricada”) Paolo Sorrentino, é uma tragicomédia pop (num registo cinematográfico que mistura ficção e alegada realidade) sobre o “fim da festa” do Sílvio Berlusconi, o magnata dos media e do mercado imobiliário, que acumulou em “part-time” o cargo de Presidente de Itália (durante quatro legislaturas). <br /> <br />O filme está dividido numa espécie de dois actos (assimétricos) que “não casam” entre si ao nível do ritmo e equilíbrio narrativo (bem como da sua própria estrutura). <br /> De início seguimos (de modo espalhafatoso) os estratagemas de um casal alpinista social que tenta aproximar-se do Berlusconi utilizando como isco um grupo de belas jovens prostitutas; numa segunda parte (onde se concentra o pouco “sumo”) temos acesso, em quase regime de exclusividade, aos “bastidores da figura pública” (que se “isola”/conspira numa das suas luxuosas casas na Sardenha). <br /> <br />Não estamos perante uma obra politica ou de demonização pura e dura do dito cujo, até porque este personagem patético (que para além de ser um megalómano neofascista corrupto, também nos é apresentado como um homem com necessidade patológica de idolatração por parte de d’outrem, obcecado pela “juventude perdida” e viciado em sexo com “carne fresca”) acaba por servir sobretudo como “bode expiatório” para satirizar toda uma Itália decadente, (des)governada por uma pseudo-elite politica que despreza o seu povo (e apenas se utiliza deste em beneficio próprio). <br /> No entanto, o realizador italiano (um virtuoso esteta – e honra lhe seja feita, continua a não falhar nesse campo, embora esta pelicula seja menos “estilizada” que as precedentes), “não tem unhas” para a (necessária) fina ironia (algumas das suas metáforas revelam-se tão básicas que “até dói”), resvalando, não poucas vezes, para o burlesco/kitsch ultra-excessivo, que lhe retira credibilidade e faz “soar as campainhas” do quase ridículo (embora também seja detentor de alguns bons diálogos soltos). <br /> Além do mais, a (parca) mensagem veiculada repete-se até à exaustão, tornando o filme monótono e redundante (algo que nem toda a ostentação visual consegue disfarçar) <br /> <br />Realce-se a soberba performance do seu actor fetiche, Toni Servillo, que, num tom realista e sem recurso a caricatura excessiva, consegue “encher muitas das fissuras”.
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