Junte-se o conceituado realizador de cinema de autor Arnaud Desplechin (o "Woody Allen francês", criador de filmes como "Três Recordações da Minha Juventude" - um dos meus favoritos do ano 2015 -, "Conto de Natal" ou "Reis e Rainha" - citando apenas aqueles que visionei) com um elenco de actores de luxo seus conterrâneos (Mathieu Almaric - o seu actor fetiche -, Louis Garrel, Marion Cotillard, Charlotte Gainsbourg e Alba Rohrwacher) e, obviamente, geram-se expectativas nos cinéfilos (tanto mais que o "Fantasmas de Ismael" teve honras de abertura do Festival de Cannes 2017 - como foi possível ?!). Todavia, revela-se um autêntico balde de água fria (ou melhor, gelada), na medida em que é (quase) péssimo, roçando o insuportável de tão desinteressante e maçudo (e só não abandonei a sala por ter a esperança de que este a qualquer momento desse o tão ansiado "clic"). <br /> <br />Inexplicavelmente, tudo falha nesta obra sem "coluna vertebral", desde a indecisão no que concerne à linha cinematográfica a perseguir (manifestando-se caótico e incoerente na junção dos "ingredientes" dos vários géneros que tentou abarcar - melodrama, comédia burlesca e drama familiar), passando pelo elo narrativo (com as várias subtramas desconexas a serem deficientemente desenvolvidas) e terminando nos actores (que parecem não se esforçar o suficiente e, inclusive, não poucas vezes chegam a somar a falso e a "exagero").

<p>Drama, mistério, cômico...<br />Narrativa clara e dividida em 4 episódios explícitos: o trauma, o deasaparecimento e o reaparecimento e o relacionamento com Sylvia. É razoável.</p>