Mate-me por Favor

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Drama 101 min 2015 08/10/2020 ARG, BRA

Título Original

Mate-me por Favor

Sinopse

<div>Com o sangue, com o sexo, com as heroínas deste filme, meninas de um bairro burguês do Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca, onde os condomínios gradeados e os centros comerciais protegem os habitantes dos enormes baldios à espera de mais torres e dos Jogos Olímpicos de 2016. </div><div>As raparigas de "Mate-me Por Favor" não ficam dentro de casa, vão atrás do cheiro do sangue e do cheiro do sexo, porque esse cenário em branco, novo, sem história, com as torres a defenderem-se da morte (portanto: da vida) está mesmo a pedir que seja violentado – e assim é, com os cadáveres que aparecem ali dia sim, dia não. Vasco Câmara, PÚBLICO</div>

Críticas dos leitores

Mate-me por favor

Fernando Oliveira

É um filme de fantasmas, histórias que vêm lá detrás e que se assombram o presente. Um grupo de raparigas do liceu excitadas com o sangue, com o sexo, com a violência sobre os corpos, e que querem sentir o frémito dessas histórias.
Bairro da Tijuca no Rio de Janeiro antes dos Jogos Olímpicos, uma zona de condomínios onde habita gente que vive bem, rodeados por baldios que esperam outros edifícios, e as estruturas para os jogos (“Golfe Olímpico”). Por lá aconteceu um crime que foi noticia nos anos noventa, um actor de novela e a sua mulher mataram uma colega dele que também era sua amante; agora nos baldios, que a iluminação nocturna torna fantasmagóricos, começaram a aparecer corpos de raparigas e rapazes. E Bia e as amigas que vivem a excitação dos primeiros namoros e do sexo adolescente (e como são ávidos os beijos que estão sempre acontecer) começam a inventar histórias para o que está a acontecer. Quando encontram o cadáver ensanguentado de uma rapariga, Bia (Valentina Herszage, talentosa) começa a delirar com sangue, com a violência (o andebol, que todas elas praticam, com o contacto físico violento - e a tesão, diz a realizadora) com os corpos “destruídos” (vejam como beija o cadáver da rapariga, como beija sofregamente a colega que sabe que tem herpes). E se ela pede-nos para delirar com ela (quando nos olha nos olhos), o filme também delira com ela, e da realidade mostra o o que ela tem de mais aterrador, uma febre que tudo envolve. Uma noite, Bia “procura-se” nos baldios, quer uma história em que ela seja personagem, e deixa-se por lá ficar. Na manhã seguinte, num filme tendencialmente artificioso na narrativa, a ambiência de divagação onírica desliza para o fantástico: Bia, e os corpos dos que lá morreram (?), levantam-se e tornam-se “zombies”. Bia encontrou a sua história.
Foi a primeira longa-metragem de Anita Rocha da Silveira e é um filme tão belo quanto surpreendente.
(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")

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