O Tio Boonmee Que se Lembra das Suas Vidas Anteriores

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Drama 113 min 2010 M/12 31/03/2011 TAI, ALE, ESP, FRA, GB

Título Original

Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives

Sinopse

A viver a fase terminal da sua doença e consciente do pouco tempo que lhe resta, Tio Boonmee (Thanapat Saisaymar) resolve passar os seus últimos dias no campo, rodeado das pessoas que ama. É por esses dias que o espírito da sua mulher volta para cuidar dele e o seu filho, desaparecido há muito, retorna sob a estranha forma de macaco negro de olhos brilhantes. Em busca de explicações para a sua longa vida, Boonmee deambula com a família pela floresta até encontrar uma gruta onde ocorreu o seu nascimento na sua primeira vida... Quinta longa-metragem do tailandês Apichatpong Weerasethakul, o filme complementa o projecto Primitiv de Apichatpong, ligado à ideia de extinção e da recordação de vidas passadas, tendo recebido a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2010.<p/> PÚBLICO

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Pentear macacos

Raúl Reis

Já durante o festival de Cannes foi assim: uns adoraram e outros detestaram. Quando, naquele dia de domingo, os jurados, com Tim Burton, à cabeça, se reuniram para escolher o melhor filme do festival de Cannes, as opiniões não mudaram sobre o trabalho de Apichatpong Weerasethakul. O simpático tailandês – cohecido por Jo - faz parte da lista bastante limitada de realizadores que sempre que fazem um novo filme recebem um convite para participar no festival de Cannes. Os seus anteriores trabalhos passaram pela Croisette e até mereceram prémios. Weerasethakul tem amigos na organização. Em 2010 ainda teve mais do que o costume: Tim Burton como presidente do júri da competição oficial adivinhava-se como um fã do estranho filme “O Tio Boonmee Que se Lembra das Suas Vidas Anteriores”. As descrições deste filme polémico passearam-se entre elogios de brilhantismo, apelos à beatificação de Apichatpong Weerasethakul e críticos a dizerem que alguém nos andava a dar tanga mostrando-nos animais com olhos vermelhos e cenas de sexo com cheiro a peixe. Vejamos o que disseram os senhores que gostaram do filme tailandês. Um senhor dizia que “Tio Boonmee” é um dos filmes mais inventivos e bonitos de sempre. Talvez se denote um bocadinho de exagero. Mas outros acrescentaram que toda a película era uma melodia de poesia visual que emerge quase sem se sentir de imagens imbuídas de singular modernidade. Nem mais. Outros críticos sentiram-se mais tocados pelo aspecto antropológico do filme, admirando a magnífica descrição das forças da natureza e a explicação da cultura animista do país do realizador. Um verdadeiro documentário da National Geographic. Mas vamos continuar a ouvir quem parece que sabe. Misticismo é o termo utilizado pela maioria dos críticos que gostaram de “Tio Boonmee”, e que explicam que o segredo está na forma como o realizador utiliza os cenários. Houve mesmo quem dissesse que os actores comunicam muito com os cenários (sem explicar como). Ah e depois temos a natureza. Uma natureza omnipresente que é também o protagonista, dizem outros críticos. Que bom ver um filme asiático longe das metrópoles e dos bordeis, acrescentam. Acho que andam a ver os filmes errados. E quase que esquecíamos as reencarnações e as transmigrações das almas. Se o realizador mostrou como isso podia acontecer, os críticos deleitaram-se a explicar o fenómeno com expressões como “magia” e “falsa ingenuidade”. Falsa? E afinal qual é a história de “Tio Boonmee”? O protagonista, o tio Boonmee, sofre de insuficiência renal. Como é um praticante experiente de ioga, Boonmee vai sentir que a morte o espera. Mais. Que não tem mais que 48 horas de vida. Resolve então fazer apelo a uns parentes para que estes o tirem do hospital. Boonmee quer morrer em sua casa. Lá serão acolhidos pelo fantasma da sua defunta esposa que está ali para tratar dele. Mas o filho aparece também, saído da floresta, reencarnado em macaco. Depois há coisas que eu não percebi. Aliás, se não tivesse lido as sinopses e ouvido as entrevistas de Apichatpong Weerasethakul, não tinha percebido grande coisa. “Tio Boonmee” é um filme ancorado numa cultura bem específica que eu desconheço. Talvez por isso eu não goste. Talvez eu seja fechado a outras culturas. Talvez eu seja impermeável à novidade. Ou talvez o filme não seja tão bom como o pintam.
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Mais um caso de

Paula Pato

Faço minhas TODAS as palavras do HQ. Com tão bom cinema asiático (“Lola” e “Poesia”, só para citar títulos mais recentes) como se pode aplaudir um filme tão pretensioso quanto vazio de sentido e sentidos? Publicidade enganosa a este Aboonmenável Apichatpong. A sinopse promete muito e as críticas são de quem aplaude o Rei que afinal vai Nu.
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Aboonmenável

EM

Achei o filme aboonmenável. Perdoem-me a falta de cultura no que toca a mitologia (?) tailandesa, formalismos cinematográficos, etc. e tal. Para ver este filme como gente grande será preciso tirar um curso, e marrar os quatro filmes anteriores do senhor, supõe-se. O filme é uma sequência de diálogos soltos, entediantes, profundos-não-querendo-parecer-profundos-nós-é-que-devemos-intuir-de-alguma-forma-esquisita-que-são e não tem personagens a não ser esses mesmos diálogos (tanto quanto se entende personagem = algum carisma + contexto + vontade + sentido). Sim, existe o fulano-que-está-a-morrer, a cunhada, a mulher-fantasma (vidas passadas aonde?) o macaco-filho, a cunhada, e mais uma ou duas "personagens" que passam o filme num rame-rame absurdo.
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O Tio Boonmee Que se Lembra das Suas Vidas Anteriores

Inês Grijó

Boa noite, Fui uma das contempladas a ver este filme ontem e quero recomendá-lo vivamente. Adorei a sua intensidade, é um filme marcante.
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A fogueira das vaidades

HQ

Qual é a calma supostamente genial da realização, a que muita gente associará a um tédio profundo? Um filme hermético, demasiado abstracto, sem lógica narrativa, pseudo-zen. É bom que o talento de Apichatpong Weerasethakul não se transforme em vaidade. O cinema asiático tem nos oferecido as mais belas imagens cinematográficas dos últimos anos e é de uma contenção e de uma sensibilidade raras, conseguindo através de uma economia de palavras dizer o que muitos precisam de 2 horas de fita. Contudo, este filme é a excepção. Uma desilusão. A única sequência que nos faz ficar presos até ao final é a da princesa. Se querem ver um bom filme asiático em cartaz recomendo “Poesia”. Infinitamente belo.
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