Viagem a Tóquio

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Drama 136 min 1953 M/12 05/09/2013 JAP

Título Original

Tokyo Monogatari

Sinopse

Um velho casal resolve ir a Tóquio visitar os filhos. É o pretexto que serve a Ozu para voltar magistralmente aos seus temas: o confronto entre o “velho” e o “novo” Japão, as relações familiares, o envelhecimento, a decepção e a resignação. No melhor estilo de Ozu, a duração dos planos acompanha os ditos e os não ditos (uns e outros sublimes) das personagens. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Viagem a Tóquio

Jorge Mourinha

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Brisas de Verão

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Viagem a Tóquio

Fernando Oliveira

Yazujiro Ozu é um daqueles raros criadores; raros, não apenas no Cinema mas em qualquer outra forma de expressão artística; cuja importância é absolutamente indiscutível, mesmo dentro daquela normalidade que define que todas as opiniões são aceitáveis nunca conheci ninguém que não pensasse em Ozu como um dos nomes fundamentais da história da 7ª arte. <br />É , no entanto, um cinema difícil que alia uma narrativa que pouco parece contar com uma secura formal única que o torna complicado para quem não o conheça. Mas para quem se deixar entranhar pelo seu Cinema, abre-se um mundo de magia onde o que parece ser tão pouco se torna imenso. <br />Em “Viagem a Tóquio”, de 1953 – e como em todos os seus filmes que conheço – Ozu filma as fissuras provocadas numa família pelas diferenças entre as gerações, mais entre aquilo que define cada um dos indivíduos, e aquilo que os outros de outra geração esperam dele. Aqui conta a incompreensão de um casal de idosos; que viaja da província para Tóquio para visitar o filho, e nora e netos; pela vivência destes numa sociedade que se tornou diferente. Naquela viagem, e naquele regresso, o que Ozu também filma é um país derrotado numa guerra, uma geração que cresceu antes dela e educada nos valores tradicionais japoneses; e uma nova geração que se “fez” depois, que já vive fora dessa tradição, mas ao mesmo tempo “sentindo-se” também derrotada nessa derrota, portanto ainda à procura de referências ou em “reconstrução” como a cidade que Ozu por vezes nos mostra. É assim um filme sobre a indiferença, e um filme sobre a diferença. <br />Mas muito mais do que uma aparente simplicidade narrativa – Ozu parece que filma apenas os acontecimentos mais banais que pontuam o relacionamento entre os seus personagens; é o olhar muito particular do realizador que torna os seus filmes difíceis: desde a altura a que muitas vezes filma, ao rigor obsessivo na composição dos planos (de uma fixidez quase dolorosa), até ao pôr os actores a representar “para” os espectadores. É este balancear entre o obrigar-nos a “ver” o filme e ao mesmo tempo a sentirmos a história que torna o Cinema de Ozu tão distinto e tão sedutor. <br />Só para sublinhar: um dos mais belos filmes alguma vez feitos.
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Viagem a Tóquio

Judite Forte

Filme fantástico perfeitamente adaptado à "era" atual e de uma sensibilidade que ARRASA!
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Delicado e profundo

Tomas

<p>É um filme que deve ser visto algumas vezes... Aborda de uma forma delicada, e por vezes cruel, as relações entre os elementos de uma família...mas todas as palavras ficam aquém do impacto do filme...as paisagens, a luz e as sombras, a música, os silêncios...</p><p>Uma obra que podia ter sido feita hoje ou há 2 mil anos. Imperdível.</p>
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Espinha encravada e Yasujiro no Saké

JMM

<p>Hoje fomos ver Viagem a Tóquio, e fizemos uma viagem de sorte. <br />A de nada saber sobre o génio de Ozu, a não ser o que lemos uns dias antes - que estariamos na frente do terceiro melhor filme de sempre e do melhor realizador de sempre! <br />Mas o que tivemos foi a sorte de, depois de "entre copos", Saké q.b., e nos termos enebriado pelo que íriamos ali ver, eis que uma espinha de garoupa de espetada na garganta de um de nós, nos força a saír aos quinze minutos de filme, mal definida estava a caracterização das personagens. Laivo de sorte do subconsciente, descobrimos agora... <br />Somos novos e ignorantes demais para ver já um dos melhores filmes de sempre. Para quê? E depois como seria? O caos? Como ir no futuro ver um Tarkovski, um Kusturica, um Coppola, ou um Felini depois desta Viagem? Assim fica para ver mais tarde, ou quando não houver amanhã, para rever, Deus nos perdoe.</p>
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Ozu e Setsuko Hara

Raul

<p>Há muito que tenho esta obra-prima onde, numa narrativa simples, se tocam densamente os sentimentos que a todos nos une. E também há o sorriso de Setsuko Hara, a maior actriz japonesa de todos os tempos. <br />Este sorriso, mais belo não existe, nunca mais se esquece.</p>
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Ozu e Setsuko Hara

Raul

Há muitos anos que conheço esta obra-prima como outras de Ozu. Não há palavras para humanidade que emana do filme e tudo feito de sequências simples mas poderosas de significado. E depois há a expressão mais bonita que vi no cinema: Setsuko Hara
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