Alice Guy-Blaché nasce em Saint-Mandé (França), a 1 de Julho de 1873. Durante a década de 1890, é contratada como secretária por Leon Gaumont (1864-1946), um homem muito à frente do seu tempo que cria a empresa fotográfica Gaumont et compagnie – que mais tarde se dedicaria à produção de filmes. Através dele, Alice conhece várias personalidades, entre elas os irmãos Auguste e Louis Lumière. Pioneira do cinema francês, é tida como a primeira mulher a produzir, realizar e escrever filmes com elementos ficcionais. Entre 1896 a 1906, foi chefe de produção do estúdio de Gaumont e provavelmente a única mulher realizadora deste período. O filme “La Fée aux Choux” (1896), realizado exclusivamente por ela, tem por base um antigo conto francês, sendo a primeira produção cinematográfica de sempre com conteúdos narrativos. Em 1906, filmou “La vie du Christ”, uma grande produção com centenas de figurantes e 34 minutos de duração – algo inédito naquela época. Visionária, em 1910 era administradora da “Solax Company”, o estúdio que criou em Nova Iorque com Herbert Blaché, seu marido na altura. Alice Guy-Blaché morreu a 24 de Março de 1968, em Wayne (Nova Jérsia, EUA). Tinha 94 anos. Com este documentário narrado por Jodie Foster, a realizadora Pamela B. Green mostra a importância da sua cinematografia no contexto da história do cinema, ao mesmo tempo que tenta analisar as razões pelas quais é tão pouco conhecida pelo público em geral. PÚBLICO