Gretel e Hansel

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Terror min 2020 20/02/2020 IRL, EUA, CAN

Título Original

Gretel and Hansel

Sinopse

<div>Gretel e o seu irmão mais novo, Hansel, pertencem a uma família muito pobre. Abandonados na floresta, tentam sobreviver a qualquer custo. Percorrendo o bosque sem rumo, cheios de frio e sem comer há vários dias, avistam uma cabana onde esperam encontrar alguém que os ajude. No entanto, assim que ali entram, vão enfrentar o pior pesadelo das suas vidas.</div> <div>Com assinatura do actor e realizador Oz Perkins ("February", "Sou a Cara Bonita Que Vive Nesta Casa"), um filme de terror que adapta um dos mais célebres contos dos irmãos Grimm. A dar voz e corpo às personagens estão Sophia Lillis, Samuel Leakey, Alice Krige e Charles Babalola. PÚBLICO</div>

Críticas dos leitores

Gretel e Hansel

Fernando Oliveira

Quase todas as histórias infantis clássicas querem despertar uma regra, ou um valor moral, nas crianças que as ouvem. Isto impõe uma distinção absoluta entre o Bem e o Mal que torna as histórias bastante cruéis e muitas vezes violentas. “Hansel e Gretel” é uma história que vem da Idade Média e que os irmãos Grimm recontaram no primeiro volume dos “Contos” infantis: a história de dois irmãos que se perdem na floresta, encontram uma casa feita de doces onde vive uma bruxa, que os vai enfartar para depois se alimentar deles… <br />A versão original é de uma crueldade dura (as irmãos Grimm é bastante mais suave), de uma altura em que o infanticídio era usual por causa da miséria extrema, e este filme de Osgood (Oz) Perkins parece ir beber muito a essa história original, encharcando-a de um intenso sentir feminista (os nomes no titulo estão trocados). Gretel é uma jovem mulher e Hansel é bem mais novo que ela; vivem na miséria na Alemanha medieval (?), e quando ela recusa trabalhar numa quinta porque o senhor da casa pretende mais dela do que os serviços de criada, a mãe expulsa os dois de casa, diz-lhe para procurarem trabalho na floresta entre os madeireiros. Quando a fome começa a ser intolerável comem cogumelos, e o delírio toma conta dos dois irmãos e da história. É verdade que encontram a floresta habitada por uma velha (ficamos a saber no inicio do filme, que a velha quando criança demonstrou ter poderes que assustaram os outros, e por isso a expulsaram para a floresta); a cabana não é de chocolate, mas a comida abunda; e é um paradoxo, é uma simples cabana vista da rua, dentro tem divisões que são uma delírio espacial. Enquanto nos vai mostrando os terríveis segredos daquela mulher e daquela casa, numa ambiência de terror mas também encantada, Perkins deixa cair o canibalismo, Gretel deve herdar os poderes da cabana e da floresta, Hansel deve ir embora ou morrer. Gretel fica sozinha: as mulheres são seres cheios de mistério e poder, que os homens por não entendem e, por isso, sempre quiseram oprimir. Vai ser ela a construir o seu lugar no mundo… <br />O filme é cerebral, uma angústia que se vai entranhando, sublinhado por um formalismo denso, a narrativa parece suspensa numa estranheza genuína; tudo isto torna-o bastante assustador. Parece que o filme é contado no estado que Gretel e Hansel ficam depois de comerem os cogumelos: alucinado. E há os pesadelos de Gretel e uma sensualidade pronta a explodir; os cenários intrigantes. Sophia Lillis é Gretel, uma presença encantada, afinal é sobre uma história de encantar que estou a escrever. <br />Um filme tão belo quanto estranho. Encantado, também. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Agridoce

Virgílio E. Ribeiro

Sendo os seus criadores famosos pelos seus contos infantis, admite-se perfeitamente esta realização com excelente fotografia, boa trilha sonora e nada a apontar aos seus intérpretes. Enfim, passatempo que nos mantém interessados, e até com alguns momentos dignos de referência. Quem não for ver, não perde um grande filme, e quem decidir assistir, digere-o facilmente sem azia.
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Frete & Handel - médiocre

Cora

Filme a raiar a fronteira do infantil. <br />Fantasia. <br /> Não é bom para mentes mais adultas <br />Prefiro algo mais adulto, mesmo que fosse fantasia, mas mais adulto.
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