Alice e o Presidente

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Comédia Dramática 103 min 2019 M/12 19/12/2019 BEL, FRA

Título Original

Alice et le Maire

Sinopse

Depois de 30 anos na política, Paul Théraneau, presidente da Câmara de Lyon (França), está a passar por um momento muito difícil. Ele, um homem sempre arrebatado por novas ideias, está esgotado, desinspirado e desmoralizado, sem nada que lhe alimente o pensamento. Ao perceber que, por consequência, a sua popularidade está a decair a olhos vistos, decide contratar alguém que o apoie, antes que seja demasiado tarde. É assim que conhece Alice Heimann, uma jovem filósofa que, com os seus pontos de vista inovadores, se transformará numa lufada de ar fresco. 
Uma comédia francesa realizada e escrita por Nicolas Pariser ("Le grand Jeu"), que conta com as actuações de Fabrice Luchini, Anaïs Demoustier, Nora Hamzawi, Léonie Simaga e Antoine Reinartz, entre outros. PÚBLICO
 

Críticas dos leitores

Alice e o presidente

Fernando Oliveira

Paul Théraneau é o presidente da Câmara de Lyon, socialista, mas também um pouco conservador. É um daqueles políticos que realmente se interessa pela vida das pessoas, que quer fazer coisas, mas que sabe ser pragmático nas decisões que toma. Agora, este homem tem um problema: sente que lhe faltam ideias, não tem paciência para a vida pública e para o mundo burocrático que o rodeia. Perdeu o gosto pela politica. <br />Então contrata alguém somente para lhe dar ideias. Essa pessoa é Alice Heimann, uma mulher de 30 anos licenciada em filosofia. Os dois têm olhares distintos sobre o mundo e a política, mas vão aprender a respeitar essa diferença, a gostar de estar juntos e das conversas que têm. Começamos então a assistir entre os dois a inteligentes debates sobre o “olhar” politico para a contemporaneidade europeia e o que é muito bonito é a forma como Pariser (o realizador e também o autor do argumento) consegue diluir esta possível “aridez” da narrativa sobre o exercício do poder numa ambiência de comédia magnificamente encenada, uma ligeireza assumida sobre assuntos muito sérios. Para isso, o realizador cria um tempo e um espaço à parte para os encontros das duas personagens. São dois seres, ele que já não sabe o que fazer, ela que ainda não sabe o que quer fazer, que nestes momentos de cumplicidade intelectual vão encontrar alguma paz de espírito. <br />A realização de Nicolas Pariser é discreta, mas os dois actores são absolutamente magníficos: Anaïs Demoustier (que conheci numa curta–metragem de Sciamma, e depois em filmes de Ozon e Guédiguian, por exemplo), irresistível sedução, é notável a representar aquele “olhar” quase sarcástico sobre os jogos de poder à sua volta; e Fabrice Luchini é prodigioso a desenhar a desorientação que assola o seu personagem. <br />Uma bela sátira, com um “gosto amargo”, é certo, mas também envolvida por um sentir quase poético. Portanto, um filme que é um encanto. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Um dos melhores filmes dos últimos anos

Francisco Lopes

Nada mais humano do que política e filosofia. Um filme discreto que passará despercebido à maior parte do público, enorme na sua simplicidade e humanismo. Algum humor, mas é muito mais drama do que comédia, rótulo que talvez o prejudique. Diálogos brilhantes e interpretações extraordinárias. Emociona muitas vezes e isso é bom.
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Uma das pérolas em exibição

Johnny

Filme construído sobre o melhor do discurso intelectual francês, na melhor linha do Século das Luzes. Claro que não apresenta respostas, mas coloca algumas das grandes questões do nosso tempo e examina-as de uma forma necessariamente breve e algo esquemática, mas lúcida. Alguns dos diálogos e situações são absolutamente briilhantes, bem como o desempenho dos protagonistas.
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Ridículo

Rodrigo Cristovão

Pretencioso, palavroso, descosido, cheio de diálogos meio abstratos que não dizem nada. A evitar.
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Política filosófica ou filosofia na política

Raul Gomes

<p>Definitivamente a segunda, mais agregadora, sensível e humana.</p><p>Os diálogos fabulosos tornam o filme deveras interessante pelas alterações profundas que se desenvolvem entre os dois e que abalam as suas crenças.</p><p>Um retrato cru da vida política dos seus interesses e dos lobbies instalados, em contraponto aos interesses e necessidades dos seus cidadãos.</p><p>Tudo isso determina o grande vazio intelectual dos protagonistas desta política, o que afasta cada vez mais os eleitores e cria as situações de ruptura.</p><p>Boas interpretações de Fabrice Luchini (mais uma) e de Anaïs Demoustier. </p><p>Um retrato fiel de época em que vivemos.</p>
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Política filosófica ou filosofia na política

Raul Gomes

<p>Definitivamente a segunda, mais agregadora, sensível e humana.</p><p>Os diálogos fabulosos tornam o filme deveras interessante pelas alterações profundas que se desenvolvem entre os dois e que abalam as suas crenças.</p><p>Um retrato cru da vida política dos seus interesses e dos lobbies instalados, em contraponto aos interesses e necessidades dos seus cidadãos.</p><p>Tudo isso determina o grande vazio intelectual dos protagonistas desta política, o que afasta cada vez mais os eleitores e cria as situações de ruptura.</p><p>Boas interpretações de Fabrice Luchini (mais uma) e de Anaïs Demoustier. </p><p>Um retrato fiel de época em que vivemos.</p>
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