A Lua de Júpiter

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Drama, Ficção Científica 129 min 2017 M/12 07/06/2018 ALE, FRA, HUN

Título Original

Jupiter Holdja

Sinopse

<div>Aryan Dashni (Zsombor Jéger) é um jovem sírio que, para escapar às atrocidades da guerra no seu país, tenta passar a fronteira húngara. Ao ser descoberto por um guarda é baleado diversas vezes. Surpreendido, Aryan descobre que não morreu dos ferimentos e que adquiriu o poder de levitação. Colocado num campo de refugiados, o rapaz acaba por despertar o interesse do Dr. Gábor Stern (Merab Ninidze), que pretende descobrir o segredo que lhe permite levitar. Fascinado com tudo aquilo e decidido a aproveitar-se do extraordinário dom de Aryan, o médico leva o jovem imigrante para Budapeste…</div><div>Um filme dramático, realizado pelo húngaro Kornél Mundruczó ("Tender Son: The Frankenstein Project", “Johanna”, “Deus Branco”), que esteve em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Morre, levanta-te e ressuscita

Jorge Mourinha

Tem algo de instalação performativa que não encontrou o lugar justo no grande écrã, mas não é filme que se possa descartar.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O filme "A Lua de Júpiter", do húngaro Kornél Mundruczó, é uma (tentativa de) parábola civilizacional de cariz religioso/humanista (e com um intuito de crítica político-sociológica, cuja moral subjacente acaba por ficar apenas a "pairar no ar", tal a salganhada de subtemas aflorados num pretensioso registo pseudo-simbólico/poético) sobre a crise dos refugiados na Hungria, centrada na figura de um jovem imigrante sírio que, após ter sido baleado ao atravessar a fronteira, passa a ter o dom de levitar. Com um pé no realismo social e outro no fantástico (e recorrendo a um mix de drama, triller de acção, suspense e sci-fi) acaba por revelar-se incapaz de encaixar as suas diferentes peças/linguagens num todo coerente. Todavia, se tivesse havido um pouco mais de mestria/paciência no limar das arestas e incongruências da narrativa (abstendo-se de clichês simplistas e melosos), bem como um menor deslumbramento em alguns desnecessários/belíssimos delírios de exibicionismo técnico (que se constituem como meras "divagações sensoriais" entre cenas, sem aparente interligação, com o objectivo único de "encher o olho"), quiçá, poderíamos estar em presença de uma obra de culto. E atrevo-me a afirmá-lo porque, de facto, é impossível ficar-se indiferente perante o criativo processo de mise en scene - pejado de planos sequência e travellings deslumbrantes - que nos mergulha num enigmático/terrifico ambiente opressivo e, simultaneamente, apocalíptico e angelical.
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