A Odisseia

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Biografia, Aventura 122 min 2017 M/12 08/06/2017 FRA

Título Original

L'odyssée

Sinopse

Documentarista, oceanógrafo, escritor e inventor, o francês Jacques-Yves Cousteau (1910-1997) ficou mundialmente conhecido pelas suas aventuras a bordo do "Calypso", o famoso navio transformado em laboratório móvel para mergulho e filmagens marítimas com que deu a volta ao globo. Com o seu documentário "Mundo do Silêncio" (1956), co-realizado pelo cineasta Louis Malle, Cousteau foi distinguido com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e com um Óscar da Academia, que voltaria a premiá-lo por "O Mundo sem Sol" (1964). Anos mais tarde, a série "O Mundo Submarino de Jacques Cousteau", que foi apresentada pelo canal BBC entre 1968 e 1975, transformou-o numa estrela televisiva que semanalmente encantava milhões de espectadores de todo o mundo com as suas histórias sobre o fundo do mar. 
Escrito e realizado por Jérôme Salle ("Anthony Zimmer", "Largo Winch 2 - Conspiração na Birmânia"), "A Odisseia" relata algumas das mais importantes aventuras da carreira de Cousteau, mas também momentos cruciais da sua vida pessoal, ao longo de cerca de 30 anos. O  espectador acompanha-o numa viagem intimista com a sua equipa de colaboradores, a mulher e os dois filhos de ambos. A interpretar algumas das personagens estão Lambert Wilson, Pierre Niney, Audrey Tautou, Laurent Lucas e Benjamin Lavernhe. PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Pai e filho

Jorge Mourinha

A relação entre Jacques-Yves Cousteau e o filho Philippe num filme exemplar de um simpático “cinema médio”.

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Críticas dos leitores

Faltou ar ao mergulhador...

Pedro Brás Marques

A vertigem e o colorido da vida de um dos maiores aventureiros do século XX, e um dos meus heróis de referência, prometiam um grande filme. Infelizmente, há mais energia e brilhantismo em qualquer dos documentários de Jacques Cousteau do que neste seu biopic assinado por Jérôme Salle. <br />A história é contada ao ritmo da relação entre Cousteau e o filho mais novo, Phillipe, o seu predilecto e em quem ele via como sucessor nas empresa e no desígnio marítimo. Desde sempre fascinado pelo risco e pela aventura, Phillipe não tinha uma relação pacífica com o progenitor, um ser orgulhoso, egocêntrico, um gestor irresponsável e um mulherengo incorrigível. Pois é, esse é o homem atrás da lenda e Phillipe sempre fora alguém para quem a verdade e a autenticidade constituíam valores de referência na sua caminhada vital. Isto, até ao momento em que estas forças opostas se cruzaram e os interesses se fundiram. Tudo aconteceu numa viagem à Antárctica, perante os crimes ambientais que por lá viram e face à imensidão branca que os fascinou, “Ulisses regressou a Ítaca” e a odisseia terminou começando uma nova era de profícua coexistência entre os dois. Como é sabido, Phillipe haveria de morrer, num desastre de aviação, no rio Tejo, já próximo de Lisboa, o que destroçou completamente o velho comandante. Foi como se a luz da vida se tivesse apagado… <br />Jerôme Salle não soube aproveitar e explorar a densidade da relação entre os dois, antes narrando a história através do pulsar de episódios, muitos deles espaçados no tempo. Faltou, claramente, consistência narrativa e um fio condutor mais sólido para assimilarmos os conflitos entre Jacques e Phillipe. Salle não o soube fazer, mas esta incapacidade só será desconhecida de quem não viu dois dos seus filmes anteriores, “Largo Winch” e “Largo Winch II”, onde tratou de desbaratar a complexa história do herdeiro aventuroso criada por Van Hamm, em BD. É claro que há algo impossível de errar: as cenas submarinas, algumas de uma beleza sublime. Quanto às interpretações, Phillipe ganha vida através de Pierre Niney, uma jovem estrela francesa em ascensão que contracena com dois grandes actores: Lambert Wilson, de quem sempre gostei mas passei a adorar desde o magnífico “Des Hommes et des Dieux” de Xavier Beauvois, e Audrey Tatou, a imortal “Amélie” do filme homónimo de JP Jeunet. Portanto, Jerôme Sallé tinha tudo para brilhar mas não teve arte para se elevar acima da normalidade. O que é pena. Porque Jacques Costeau merecia mais e melhor!
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