Café Society

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Comédia, Romance 96 min 2016 M/12 20/10/2016 EUA

Título Original

Café Society

Sinopse

<div>EUA, década de 1930. O jovem Bobby sonha conquistar fama e fortuna. Decidido a alcançar o estrelato, deixa Nova Iorque e ruma a Los Angeles, onde tenciona valer-se dos contactos do tio, Phil Stern, um famoso agente que fez carreira em Hollywood. Bobby consegue o emprego de mensageiro na empresa do tio. É então que conhece e se apaixona perdidamente por Vonnie, a belíssima secretária de Phil. Ao contrário de todos os que a rodeiam, ela olha com algum desdém para todo o "glamour" da indústria cinematográfica. Mas, para infortúnio de Bobby, ela está romanticamente envolvida com outra pessoa.</div> <div>Com realização e argumento do veterano Woody Allen, uma comédia romântica que conta com Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Steve Carell, Parker Posey, Blake Lively, Corey Stoll, Jeannie Berlin, Ken Stott e Tony Sirico, entre outros. PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

A nostalgia já não é o que era

Jorge Mourinha

Café Society é a prova que Woody Allen ainda consegue surpreender, mesmo dentro das suas coordenadas de sempre .

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É descuidado pôr Woody Allen já de lado

Luís Miguel Oliveira

Café Society não basta para anunciar um regresso de Woody Allen aos seus melhores dias mas é suficiente para nos avisar que seria descuidado pô-lo já de lado.

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Críticas dos leitores

Vícios e virtudes da época dourada do cinema

Ramiro Esteves Ferreira

Filme interessante sobre a época dourada de Hollywood, filmado num tom clássico, com uma banda sonora cheia de standards de jazz da época e uma fotografia, a momentos, deslumbrante. Achei o argumento bom, não sendo original demonstra vitalidade por parte de Woody Allen que faz uma retrato cínico e impiedoso do glamour e da futilidade do mundo do cinema e, mais uma vez, venera a sua amada Nova Iorque. O filme tem ritmo, alguns momentos com bastante humor e mostra as voltas que dá o amor, na plenitude de sentimentos que nunca morrem.
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Academia de Polícia 9

EC

Quando criticam Woody Allen por estar constantemente a realizar o mesmo filme, ele costuma responder dizendo que Buster Keaton também realizou sempre o mesmo filme. Acontece que Keaton é um desconhecido quando comparado a Chaplin e há imensos filmes iguais mas realizados por pessoas diferentes. Tal coisa, evidentemente, também não é uma proeza. O triângulozinho amoroso nas mãos de Allen, por mais espremido que seja, infelizmente, só nos deixa um amargo de boca.
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O homem esta completamente desgastado

Olga batista

Já há muito tempo que deixei de ver Woody Allen. Ainda assim fui ver "O  Homem Irracional". Fiquei chateada comigo própria, pois que até o título não sugeria nada que me interessasse, mas esperei que com a idade o homem podesse ter uma visão mais profunda da vida, o que ainda não lhe aconteceu. <br />E engraçado, como se pode vender um nome durante tanto tempo, sem conteúdo, sem mensagem. W. A. é apenas uma marca que se vende independentemente do produto.
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1 estrela

JOSÉ MIGUEL COSTA

Em 2014 escrevi isto acerca do filme do Woody Allen, "Magia ao Luar": <br />"O Woody Allen, que já tem a bonita idade de 79 anos, infelizmente, não é como o vinho do Porto. Consequentemente, por que motivo é que o senhor continua a insistir em filmar (ainda por cima, com uma periocidade anual), quando já não é detentor de qualquer magia, quer seja ao luar, ao nascer do sol, ou a qualquer outra hora do dia? <br />Ele que se dedique, em exclusivo, ao clarinete e à sua enteada (upsss esposa) Soon-Yi, deixando-nos ficar com as memórias do seu glorioso passado cinematográfico (aquele mais longínquo, da sua quase pré-história). E não me venham com a lenga-lenga de que um mau filme dele é melhor que a generalidade das peliculas que chegam às salas de cinema. No entanto, o que me irrita ainda mais é que todos os anos digo cobras e lagartos acerca dos seus novos projectos, mas no ano seguinte lá acabo por ir vê-lo, como que em cumprimento de uma qualquer maldita promessa, ou quiçá, apenas naténue esperança de que o que foi volte a sê-lo". <br /> <br />Usei as mesmas palavras, letrinha por letrinha, em 2015, aquando do lançamento do "Homem Irracional". E como não há duas sem três (e estou sem vontade de gastar neurónios com este filmezinho anémico), aqui estou novamente a repeti-las para opinar em relação ao "Café Society", uma espécie de romance de época com pretensões cómicas, cuja acção decorre nos anos 30 do século XX (que consegue a proeza de ser ainda piorzinho que os dois antecessores). <br />Não pensem que estou a ser pérfido, pois efectivamente, o seu argumento (sem climaxs) é básico/levezinho e desinteressante (quase destituido de quaisquer vestigios da ironia, cinismo e neuroticismo que costumavam ser a imagem de marca do realizador, e com as temáticas estafadas de sempre - sim, continuam a existir inúmeras piadas sobre judeus), muito fragmentado (sendo preguiçosamente "colado" através do recurso a uma, desnecessária, voz off) e até os personagens são postiços (pouco crediveis e mal explorados). <br />Salva-se o glamour do ambiente de época, que conseguiu transmitir com algum sucesso, embora tenha exagerado nas tonalidades das cores (não poucas vezes, senti-me enfiado no seio do instagram).
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Amor eterno

Pedro Brás Marques

Em “Café Sociedade”, Woody Allen regressa a um dos seus temas favoritos: a veracidade das emoções. O que é o amor? Pode gostar-se de duas pessoas ao mesmo tempo? Viver com uma e pensar na outra é traição? E o amor, verdadeiro, é eterno? <br />Para confirmar a sua conhecida obsessão pela veracidade emocional das personagens, o que quase as leva, por vezes, ao campo da psicopatia, desta vez Woody Allen inventou uma história centrada no mundo da frivolidade: a alta sociedade dos dois lados da América, onde a vaidade e a vacuidade une a luz de Hollywood à escuridão politico-financeira de Nova Iorque. É desta cidade que sai Bobby, um jovem cheio de ambições, em direcção a Los Angeles, onde o seu tio Phil é um dos principais agentes de actores e realizadores. Apesar de alguma resistência deste, acaba por trabalhar com ele, onde conhece Vonnie e por quem se apaixona perdidamente. Ela parece corresponder-lhe, partilhando sonhos, desejos, opiniões, até ao momento em que descobre que ela, afinal, é a amante do tio e que, no momento da escolha, prefere este a Bobby. Destroçado, regressa a Nova Iorque onde vai trabalha com outro tio, um gangster, acabando a gerir o seu night-club, o “Café Society” e aproveitando os contactos obtidos em Hollywood para o tornar um enorme sucesso. Claro que, um dia, “of all the gin joints in all the towns in all the world, she walks into mine”… <br /> <br />O amor entre Bobby e Vonnie é, evidentemente, o eixo sobre que todo o filme gira. Nós sabemos que ele é puro, uma verdadeira e perfeita união de almas. Num local apelidado de “inferno na terra”, eles são dois anjos verdadeiros na cidade deles. Sonham com uma vida simples, honesta, olhando um para o outro, vivendo um para o outro. Mas Vonnie não consegue ultrapassar a razão que a levou da rural Oklahoma para a Califórnia: ser famosa e rica. E essa oportunidade tem-na no patrão, Phil. E entre o salto no escuro onde apenas a espera o conforto da paixão e o voo em primeira classe que o dinheiro e poder do tio de Bobby lhe podem proporcionar, Vonnie não hesita e casa-se com este. As vidas continuaram, o tempo passou mas quando se reencontram, qual Ilse e Rick na “cidade branca” de Marrocos, bastou uma simples troca de olhares para perceberem que a chama continuava forte. <br />Esta dessintonia entre o que se sente e o que se faz, entre o que se é e o que se parece, entre a forma e conteúdo é um clássico em Woody Allen, como se comprova ao olhar para a sua longa lista de filmes. E há muito disso, aqui em “Café Sociedade”. <br /> <br />Woody Allen escolheu Jesse Eisenberg para dar corpo a Bobby, que até parece um alter-ego do realizador ao mostrar-se algo trapalhão com as mulheres, mal vestido, um ar geek, disparando humor de auto-comiseração e problemas de inserção em todo o lado onde entra… Mas isso não o impede de tentar ser feliz. O que ele faz com determinação e inteligência, mesmo ao nível emocional. Allen deve ter ficado impressionado com a brilhante prestação de Eisenberg no papel doutro inadaptado, o de Mark Zuckerberg, em “A Rede Social” e acertou. Jesse está magnífico, num papel complicado, onde extâse e desilusão andam muito próximos. Mas já errou completamente com a escolha da pior actriz das últimas décadas, a insossa Kristen Stewart, que por ali anda a arrastar-se com a sua cara inexpressiva. Era difícil pior escolha, mas esta bate-se por tal título com Steve Carell no papel de Phil. O homem não tem piada quando deve ter, imagine-se quando é para levar a sério, como deveria ser em “Café Sociedade”. É que não é fácil a transição da comédia para o drama e não é Tom Hanks quem quer… <br /> <br />Woody Allen continua a ser um mestre na gestão de actores, nos timings emocionais e, claro, nos argumentos. Mas aqui teve uma ajuda preciosa ao nível da fotografia, quer em cenas de interior, à luz de velas, quer as de exteriores, onde Nova Iorque não aparecia tão bela desde “Manhattan”. E isso deve-se a Vittorio Storaro, um nome que dispensa apresentações, vencedor de incontáveis prémios, entre eles três Óscares, em especial o que lhe foi entregue pelo seu extraordinário e inesquecível trabalho em “O Último Imperador”. Uma equipa de luxo, mas só de quatro estrelas, exclusivamente por via da escolha desastrada de dois “actores”.
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