Fogo no Mar

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Documentário 114 min 2016 M/12 13/10/2016 ITA, FRA

Título Original

Fuocoammare

Realizado por

Sinopse

<div>Lampedusa é uma pequena ilha italiana situada no Mar Mediterrâneo. Desde o princípio deste século que é recorrentemente ponto de desembarque de milhares de migrantes clandestinos vindos do Norte de África e do Médio Oriente. É um dos locais mais representativos da crise de refugiados na Europa. Nesta ilha vive Samuele Pucillo, um rapaz de 12 anos que, tal como outros da sua idade, vai à escola e passa o resto do tempo a deambular pela zona, a descobrir o mundo. Apesar da sua existência aparentemente normal, Samuele, tal como todos os outros habitantes daquele lugar, assiste diariamente a uma das maiores tragédias humanitárias de sempre: a chegada de um sem-número de embarcações sobrelotadas de pessoas que fugiram de guerras ou de vidas miseráveis e procuram novas oportunidades. Muitos destes estrangeiros chegam mortos, outros quase a desfalecer, sobrevivendo a longas viagens, desidratados, famintos ou doentes. Observar a tragédia diária, mesmo que não o afecte directamente, transforma-o.</div><div>Urso de Ouro na 66.ª edição do Festival de Cinema de Berlim, um documentário com assinatura do realizador, argumentista e produtor italiano Gianfranco Rosi que, em 2013, já tinha ganho o Leão de Ouro em Veneza com o filme “Sacro GRA”, tornando-o o primeiro documentário a receber o galardão. PÚBLICO</div><div><br /></div>

Críticas Ípsilon

Em Lampedusa a vida continua

Luís Miguel Oliveira

Um filme apontado às boas consciências, mas que parece ser, ele próprio, um caso de má consciência.

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Críticas dos leitores

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Emília

Documentário, sim documentário, muito inteligente e bem conseguido, que nos inquieta pelo que se vê mas, e sobretudo, pelo que não se vê.... <br />E quanto ao tema, os refugiados, é certo que difícil para quem recebe mas não será bem mais difícil para quem parte?
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Fuocoammare

Pedro Jorge Pereira

<p>Por vezes parece que vivemos num tempo de avanços civilizacionais quase sem precedentes na história da Humanidade... não obstante, tudo aquilo que ainda há a fazer a tantos níveis: direitos humanos, protecção da Natureza, etc., a verdade é que, apesar de tudo, certos valores como a igualdade de género, parecem algo "adquiridos" e inquestionáveis... <br /><br />Apesar desse aparente progresso civilizacional, quando se observa a forma como cancros como a xenofobia e racismo alastram por toda a Europa, quando se observa a forma como os governos dos países ditos desenvolvidos continuam a tratar e a olhar para os emigrantes... percebemos que afinal a humanidade não evoluiu assim tanto... milhares e milhares de seres humanos que empurrados pela fome, pela miséria, pela guerra (tantas e tantas vezes "criada" e "alimentada" pelos mesmos países que os tratam como "animais") arriscam o que têm e não têm para procurarem uma vida melhor ou, simplesmente, uma vida. </p><p><br />"Fuocoammare" recorda-nos dessa triste realidade... mostrando-a de uma forma muito bem conseguida e de uma forma mais profunda e "real"... essa mesma realidade que a espaços vai surgindo de uma forma superficial ou escondida por estatísticas que já não comovem ninguém nos mass media... há milhares de seres humanos a morrer e a serem mortos pela incapacidade e falta de vontade dos governos de tantos países de olharem e fazerem algo por resolver esta tragédia global de uma forma humana e não egoísta... como aquilo que se gasta em meios de repressão destes seres humanos poderia ser tão útil se investido numa efectiva ajuda aos mesmos... triste e trágico mundo este! Sem dúvida um documentário "obrigatório"!</p>
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Samuele, fantástico.

João

Algumas cenas valem um filme. Samuele é fantástico. As cenas com os refugiados, difíceis de comentar.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Fogo no Mar, o novo "documentário" de Gianfranco Rosi (vencedor do urso de ouro do Festival de Berlim), tem como centro da acção a ilha de Lampedusa, na Sicilia (a ex-bucólica terra de pescadores que nos últimos anos se transformou no "porto de entrada" no velho continente para milhares de migrantes ilegais, provenientes de África e Médio Oriente). <br />O realizador pretende mostrar-nos a(s) rotina(s) da ilha através de duas "histórias" segmentadas, que decorrem de modo paralelo e sem qualquer ponto de intercepção aparente (a única ligação entre ambas parece ser um médico). De um lado, num registo ficcionado, vamos conhecendo alguns dos seus habitantes de sempre, por intermédio de um tipico miúdo de 12 anos (que a câmara segue como se de um protagonista se tratasse); por outro lado, recorrendo aos canones do género documental mais clássico (embora sem tradicional a voz off e discursos directos dos intervenientes), e num estilo de observador não-interventivo (apostando, sobretudo, no poder das imagens), expõe a crise humanitária daqueles que tudo arriscaram na miragem da obtenção de uma vida mais próspera no "El Dorado" europeu (todavia, salvo nas raras cenas em que lhes é "dada voz", o Gianfranco Rosi utiliza-os como meros adereços para conceber planos esteticamente elaborados - e justiça lhe seja feita, nesse sentido, consegue deslumbrar com múltiplos enquadramentos de beleza superior). <br /> <br />Fruto desta opção técnica resulta um produto hibrido, algo indefinivel e superficial, com duas narrativas com linguagens dispares que parecem fazer parte de filmes diferentes (sem que a realidade e ficção - que se confundem - em momento algum se "colem"). Além do mais, a sua postura apolitica (ou puro voyerismo?), que até poderia ser louvável se o realizador não se tivesse limitado ao papel de simples sugador de imagens sem qualquer contextualização (e confesso que até julgo perceber a mensagem ingénua e linear que pretende veicular - tragédia dos migrantes versus indiferença dos europeus), não lhe permite atingir o estatuto de obra de reflexão. <br />Apesar disto, se nos focarmos no plano meramente artistico (e fecharmos os olhos à sua quase nulidade enquanto objecto sociológico) poder-se-á considerar uma pelicula mediana, muito à custa do excelente trabalho de produção (bem como à mistica do jovem "protagonista", que imprime uma certa dose de humor no seio de um contexto negro).
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Fogo no Mar

Joaquim Kaddosh

Duas histórias aparentemente paralelas mas que se entrelaçam numa teia de causa/efeito - a causa a tragédia dos refugiados, o efeito simbolizado nos achaques psicossomáticos no pequeno Samuele. Contudo, não uma única cena vivencial por parte do pequeno que justifique o seu mal e que ligue as duas histórias.
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