45 Anos

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Drama 91 min 2015 M/12 31/12/2015 GB

Título Original

Sinopse

<div>Apesar de nunca terem tido filhos, o casal Kate e Geoff Mercer são felizes. Com a festa do 45.º aniversário para organizar, ela está entusiasmada em celebrar a relação e tudo o que conquistaram ao longo dos anos em comum. Mas tudo se altera quando Geoff recebe uma carta da Suíça a informá-lo de que foi descoberto o cadáver de Katya, a namorada anterior a Kate, que morreu tragicamente em 1962 durante umas férias do casal, ao cair numa fissura de um glaciar. Aquela notícia abala-o de um modo inesperado, levando-o a voltar a fumar e a afastar-se de tudo o que se relaciona com a vida presente. Assim, à medida que se aproxima a data da celebração, o casal sente-se mergulhar cada vez mais nas histórias passadas. E esse exercício – perigoso para ambos – fá-los colocar em causa o futuro em comum…<br />Em competição na 65.ª Edição do Festival de Cinema de Berlim (onde Charlotte Rampling e Tom Courtenay receberam o Urso de Prata para melhor actriz e actor), um filme dramático realizado por Andrew Haigh (“Amor de Fim-de-Semana”) que tem por base o conto “Another Country”, escrito por David Constantine. PÚBLICO</div><div><br /></div>

Críticas Ípsilon

Música de câmara

Jorge Mourinha

Charlotte Rampling e Tom Courtenay são magníficos, num filme que é mais do que apenas os seus actores.

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Críticas dos leitores

e os filhos...?

Luís

Mais do que a questão da segunda escolha, de ser a solução para esquecer a namorada falecida... este filme foi todo sobre a abnegação de Charlotte e da grande decisão que tomaram - não ter filho. <br /> Este filme para mim foi todo sobre isso, sobre ela, a maternidade, sobre a mulher incompleta, e logo ela que foi professora primária e que lidou com crianças 'all the time'. basicamente: 'pensei que a decisao tinha sido nossa, mas afinal a decisão de nao ter filhos foi-me imposta de forma subtil pelo marido traumatizado que perdeu a namorada e o nascituro!' 5 estrelas!!
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45 Anos de vida

Pedro Ferreira

Os momentos……… as paragens………… a rotina da vida…………é cinema………… um passado que pode mexer com o presente………… a categoria dos atores muito bem dirigidos… é um bom exemplo da 7ª arte…………Vá ao CINEMA.
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Um filme para todos

Concha Forjaz

Eis um filme que se devia destinar a todas as idades. Um filme sobre amor, confiança e aceitação do outro. O retrato vivo de que é possível viver um grande amor sem esquecer outra(s) relação. Que não se pode arrumar como se de um livro se tratasse. Há espaço quando há aceitação! <br />As interpretações fantásticas!
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45 anos depois

Patrícia Mingacho

"45 Anos" é um filme ao sabor das suas personagens, dos seus medos e desconfianças, um filme feito daqueles actores que tão bem dão cor ao seu enredo... um filme de escolhas e condicionamentos… enfim, um filme sobre a vida e o que sobra dela no limiar da última fase.
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45 Anos

Maria

Este é um casamento morto a escavar desculpas.
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O vírus da dúvida

Pedro Brás Marques

O casamento é uma coisa viva. Tal como um ser vivo, precisa de cuidado, de alimento e de protecção face a ameaças. Mas, por vezes, um dos elementos baixa a guarda ou não foi completamente sincero com o outro e o vírus da dúvida instala-se. <br />Foi isso que aconteceu entre Geoff e Kate, um casal a viver calmamente numa zona rural. Estão os dois sozinhos, nunca tiveram filhos e dedicam-se à leitura e outras actividades lúdicas. O dia de celebração do seu 45º aniversário matrimonial aproxima-se e Geoff recebe uma carta enviada pelas autoridades suíças. Pelos vistos, havia sido descoberto nos Alpes o cadáver duma mulher cujo único contacto que tinha era o seu. Ele acaba por revelar a Kate que se tratava de Katya, uma antiga namorada, efectivamente desaparecida numa queda nas montanhas, meio século antes, e cujo corpo nunca fora encontrado. Kate desconhecia em absoluto esta passagem da vida do marido e questiona-o, mas ele desvaloriza a situação. Só que ela nota perturbação nele e na relação. A intimidade não é a mesma, as respostas são escassas e ela acaba por descobrir que a antiga namorada até estava grávida quando morreu… O vírus da dúvida infecta Kate e ela não vislumbra um qualquer antídoto. E a festa de aniversário aproxima-se, estando os amigos todos convidados… <br />Por outras palavras, o desafio lançado por “45 anos” é o de questionar se algo construído e solidificado ao longo de quase meio-século resiste, ou não, a algo semelhante a uma traição, uma vez que o facto ocorreu antes dos dois se conhecerem. Mas, lá está, o vírus da dúvida instala-se: será que, se ela tivesse sobrevivido, nos teríamos casado? Será que vivi todo este tempo assente numa mentira? Só houve Kate por não haver Katya? Sou uma segunda escolha? Foram 45 anos de felicidade ou 45 anos de mentira?... <br />Não é fácil interpretar personagens com esta dimensão e conflitos interiores, como não é simples contar a história de forma sóbria. Mas actores e realizador conseguem-no superiormente. Quer Tom Courtney quer Charoltte Rampling, especialmente esta, estão formidáveis na sua composição deste casal idoso, mas ainda cheio de vida. A actriz inglesa oferece todo o espectro possível de composição dramática, oscilando entre a alegria e tristeza, entre certezas e dúvidas. Toda esta miríade de emoções é sublinhada por um realização inteligente que vai deixando, aqui e ali, pequenas sugestões visuais que elevam a história: a “pura” paisagem campestre; o omnipresente cão, eterno símbolo da fidelidade; a repetida visualização de relógios, assinalando a inelutável passagem do tempo; e até a banda sonora, com um surpreendentemente irónico “Smoke gets into your eyes”, dos The Platters, a ser cantado por toda a gente… Por outro lado, Andrew Haigh optou, e bem, por um ritmo lento, à velocidade da vida das personagens, dando tempo, também, para que se possa acompanhar devidamente as nuances evolutivas dos sentimentos das personagens. <br />Um alinhamento perfeito que resultou num grande filme.
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4 estrelas

mjose moura

Filme óptimo com duas interpretações espantosas...
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Na semana em que um casal prepara a festa para celebração dos 45 anos do seu (aparentemente) sólido matrimónio, eis que inesperadamente surge um improvável fantasma do passado que irá intrometer-se entre os dois e abalar a sobriedade/tranquilidade da sua rotina diária, lançando dúvidas/desconfortos que coerrerão (quiçá, irreversivelmente) os pilares da relação - e embora tudo continue (aparentemente) na mesma, nada permanecerá igual (na sua "essência") a partir de então. <br />E "tudo isto" é despoletado pela recepção de uma carta por parte do elemento masculino do casal, enviada pelas autoridades suíças, a informá-lo acerca da descoberta do cadáver da sua ex-namorada, após esta ter desaparecido, há cerca de 50 anos (antes deste ter conhecido a sua actual mulher), consequência da queda num glaciar. <br /> <br />Tendo por base este evento, o realizador tem a capacidade de encantar-nos recorrendo "apenas" à beleza melancólica da banalidade/simplicidade diária, mostrando-nos num estilo realista, e através de um ritmo "lento" e progressivo (que vai "descascando", sem pressas, as várias camadas emocionais do par de intervenientes), a vida tal "como ela é" (sem necessidade de artifícios e clichés). <br />É, portanto, um drama intimista (algo clássico - filmado de modo sofisticado), com o "seu quê" de psicológico, sóbrio/subtil (semgrandes "transcendências", bastando-lhe os inúmeros silêncios e subentendidos). No entanto, diga-se em abono da verdade, que nada disto teria resultado sem a assombrosa interpretação da dupla de actores (a magnifica Charlotte Rampling e o Tom Courtenay) - o verdadeiro corpo e alma desta obra. <br />Destaque-se ainda a sublime cena de encerramento (e deixem que vos diga que só então tomei consciência do quanto gostei deste filme).
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