“A Vida é um Romance” passa-se em duas épocas distintas. Após a I Guerra Mundial o conde Forbek (Vittorio Gassman) convida um grupo de amigos para o seu castelo. O edifício tem uma arquitectura extravagante, adequada aos planos de Forbek, que convence os seus convidados a entrarem numa experiência de transformação das respectivas personalidades e de busca da felicidade. Cerca de 60 anos depois, em 1982, o castelo está transformado numa escola alternativa, que vai servir de palco a um colóquio sobre “Educação e Imaginação”. A discussão do tema vai-se misturando com as relações pessoais que se estabelecem entre os intervenientes, que percorrem toda uma gama de sentimentos. Em contraste com esta realidade, está a das crianças que brincam descontraidamente no jardim do castelo, construindo em conjunto os seus próprios contos de fadas. O realizador Alain Resnais volta a abordar a complexidade das relações humanas, num filme que põe em causa a existência de soluções “milagrosas”, ao mesmo tempo que alerta para os perigos de acreditar em quem procura impor esses ideais de perfeição.

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