Elephant

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Drama 81 min 2003 M/16 EUA

Título Original

Elephant

Sinopse

É um dia num típico liceu norte-americano. Seguimos vários alunos nas suas actividades diárias, entre salas de aula, corredores, refeitório, biblioteca, balneários, gabinetes administrativos. Para cada um deles, o liceu é uma experiência diferente: amistosa, traumática, estimulante, solidária, difícil. <br/> É um belo dia de Outono. Eli, o fotógrafo, convence um casal punk a deixar-se fotografar a caminho da escola. John deixa as chaves do carro na secretaria para o irmão mais velho ir buscar o pai, que está alcoolizado. Nate termina o treino de futebol e vai encontrar-se com a namorada. Brittany, Jordan e Nicole coscuvilham nos corredores e falam das chatas das mães que andam sempre a espreitar o que elas andam a fazer. Michelle corre para a biblioteca enquanto Eli tira uma fotografia a John. <br/> Parece um dia normal na escola. Mas afinal não é. Baseando-se parcialmente no massacre do Liceu Columbine, o realizador Gus Van Sant apresenta-nos "Elephant" - um filme que, sem qualquer tipo de moralismo, dá uma visão diferente do que poderá ter sido aquele dia nessa escola. O título remete para um outro filme, "Elephant" (1989), do britânico Alan Clarke, sobre as causas da violência na Irlanda do Norte, e para uma parábola budista. Diz a parábola que um grupo de cegos está a examinar várias partes de um elefante e que todos eles conseguem descrever a parte que lhes cabe. No entanto, ninguém tem a percepção do todo. Muitas razões foram apontadas para o massacre de Columbine, mas terá alguém alguma vez a percepção do que aconteceu? <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Elephant

Mário Jorge Torres

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Gus Van Sant de fora a olhar para dentro

Luís Miguel Oliveira

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Elephant

Vasco Câmara

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Esmagador

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

Um grande aborrecimento

José Carlos Costa

É um dos filmes mais aborrecidos que vi. <br />Este realizador tem um "talento" especial para fazer disto.
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Elefante branco

JP Tomás

Se há filme no qual divergem a apreciação formal e a substancial é "Elephant". Formalmente é brilhante. Não se concebe selecção de planos, montagem ou fotografia que melhor nos mergulhem no sonâmbulismo impessoal de um desmesurado liceu americano num soalheiro dia de massacre. Os actores são de um naturalismo que fere. O massacre, sem espectáculo, faz justiça à opressiva espera que o antecede e que torna o espectador num fantasma, que segue os alunos no labirinto da escola sem poder impedir os passos que os aproximam do horror que, também a passo, ceifará as suas vidas. Agonizante, como tem de ser. Dito isto, na substância o filme é branco: os personagems são vultos. Quando, o que é raro, as suas bocas se movem ou se abrem para deixar passar o vómito, não se pressente nada para lá de um tipo. Se calhar isto até não é um defeito, permitindo a cada espectador enquadrar aqueles tipos na sua própria experiência, e fazer, com as suas próprias explicações, o seu filme. Só Van Sant o saberá. Certo é que, assim, limita o vínculo emocional com os personagens e foge a esclarecer a tragédia (a não ser que a sua teoria seja a da sua total aliatoriedade e falta de motivos). Sendo, por isso, um filme mais adequado aos que carregam respostas do que aos que as procuram, "Elephant" é, ainda assim, um filme a não perder.
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Perdoai-lhes, Senhor...

V. Guerra

Não aos putos "killers", mas aos criticos que "estrelam" esta masturbação cinematográfica. O realizador passa mais de metade do filme a elencar personagens que, depois, não têm qualquer intervenção. Um puto "killer" que toca românticos ao piano e vê filmes nazis, mata que se farta e não se sabe porquê. O rei vai nu...
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O intolerável

Elisa Vilares

Não há nada a interpretar no tiro de uma caçadeira. Não há explicação nenhuma, não há causas nem motivos. A violência é um corte terrível no quotidiano. Não esperes saber o porquê. Não venhas com as tuas piedosas interpretações nem com as certezas moralistas. Não apontes culpas, não ergas dedos acusatórios sobre a América do alto do teu pedestral europeu. No fim, há apenas a dor, a violência. O terrível intolerável que tudo reduz a silêncio.
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Adolescência

Paula Oliveira

"Elephant" é um filme magistral. Filme sobre a violência? Claro. E Gus Van Sant "metendo-nos" dentro da escola, obriga-nos, sem falsas piedades e a cada sequência do filme, a questionarmo-nos alternadamente: porquê? qual deles? porquê? qual deles?, para, no final, nos deixar sem resposta. "Bowling for Columbine" apostara numa tese. Com alguma demagogia mas, ainda assim, uma tentativa de resposta com alguma sustentação. Nesse aspecto, "Elephant" é também um filme sobre a violência, no seu aspecto social e político. Mas "Elephant" é muito mais que isso. É sobretudo um filme sobre a adolescência. Percorre rostos de rapazes, de raparigas, uns tristes, outros que choram, alguns anódinos, outros duros, revelando com subtileza o tumulto interno que é a adolescência. <BR/><BR/>Deixa-nos entrever, nos curtos diálogos trocados entre eles, as suas problemáticas: adolescentes bulímicas, filhos de pais alcóolicos, conflitos de gerações... E, acima de tudo, percorremos com esses adolescentes corredores que parecem não acabar (sumptuosa a forma como o realizador domina o correr do tempo, ora em tempo real, ora em breves momentos de câmara lenta, ora voltando atrás na acção para lhe acrescentar algo mais), metendo-nos na pele de cada um daqueles seres silenciosos, sós, isolados nos seus mundos, alheios às personagens, adultas ou pares que por eles passam esfumadas...<BR/><BR/>Se há questões sociais e políticas que são incontornáveis o grande desafio que Van Sant nos lança é o de qual a fronteira entre o normal tumulto da adolescência e o caos patológico instalado. As três jovens "futéis" tiveram como sinal da sua patologia a bulimia; John, com um pai alcoólico, consegue chorar; uma câmara fotográfica surge-nos como ameaçadora mas será a criatividade que ela permite, a sublimação conseguida de outro qualquer problema? E, com todos os outros cujos nomes nos são apresentados, conseguiríamos encontrar ou não saídas? <BR/><BR/>Mas há Michelle. Michelle é tão ostracizada pelos colegas quanto um dos assassinos. Mas Michelle não matará. Um país de armas, já o sabemos. sociologia da adolescência, dos tempos que atravessamos, sociologia, política, valores de um país arrogante porque com medo... Mas, algo separa Michelle do assassino. E esse algo é já de ordem individual e familiar. Subtilmente, Gus Van Sant mostra-nos porque Michelle não poderia ser assassina: as suas dificuldades com o corpo e o isolamento a que foi votada (e/ou se deixou votar) são vividas na dor psíquica espelhada num olhar cabisbaixo e triste, numa postura de ombros caídos. Que vemos no olhar do outro ostracizado? Nada! A sua forma de viver a dor é exactamente a impossibilidade de a viver, de a elaborar e, portanto, só lhe resta passar ao acto. Não há piano que o salve pois toca-o mal dado que sem emoção e a Beethoven "agradece" com o dedo erguido. <BR/><BR/>Mas que dizer do outro assassino que, aliás, só aparece quase no final do filme? É ele a peça de resistência da proeza conseguida por Van Sant de não nos poupar, de nos remeter para a impotência e desespero, face à questão que coloca nunca se deixando cair na tentação de nos oferecer uma pista, por muito pequena e improvável que fosse de chegarmos a uma resposta. No segundo assassino (chamemos-lhe assim) concentra-se precisamente a questão fulcral do filme: porquê estes e não os outros? <BR/><BR/>Filme cinematograficamente lindíssimo. Fabulosa excursão psicológica pela adolescência. E, como um soco no estômago, incursão psicológica dentro de cada um de nós.
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Um dia banal

Maria João Pinto

Um dia banal, no liceu norte-americano percorrido pelas nossas personagens. Um dia que a cada passo se torna mais mórbido, carregado de silêncios alternados por breves sons, passos no corredor, objectos a serem pousados. Algo naquele dia nos faz sentir desconforto e nos desperta para o perigo eminente. Gus Van Sant apresenta-nos cada personagem do seu filme, e seguimo-las, tão atentamente como se as conhecessemos a vida inteira e não apenas naquelas eternas horas em que caminham e se cruzam. John, Eli, Michelle, Brittany, Jordan, Nicole... um ambiente ameno e frio, um dia de Outono. Todos caminham na felicidade da vida e do seu dia. Revelar fotografias. Namorar. Arrumar livros na biblioteca. Conversar superficialidades. A vida, mesmo na sua repetitividade, vive-se. E quem a vive, em "Elephant", na recta final, são as pessoas de quem gostamos, que queremos ver viver no nosso imaginário no caminho de regresso a casa. No filme de Van Sant, não há heróis. O mal, o terror desgarrido e desumano não escolhe vítimas, mas persegue sim, todos, indiscriminadamente. Atinge, como tal, quem nós gostamos, amamos, choramos neste retrato ao massacre de Columbine. Tal como em "Brincadeiras Perigosas", de Michael Haneke, também aqui não encontramos um traço identificativo desta juventude perdida, um motivo, um desequilíbrio, uma causa horrenda mas que nasceu um dia e era menos torturoso saber que tinha nascido e crescido. Esperamos saber o porquê, que o filme nos leve a uma resposta, ansiamos... Há uma parábola budista, sobre um grupo de cegos que examinam várias partes de um elefante. Todos eles conseguem descrever a parte que lhes cabe, mas ninguém tem a percepção do todo.
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Aconteceu mesmo

Hugo Salgueirinho Maia

Quando entro na sala já sei que vou sair chocado, pensativo, entristecido talvez... Nunca me passou pela cabeça que viria a sentir o que senti. Não me lembro de um filme me ter marcado tanto quanto este. Quando acaba ficamos com aquela impressão de termos levado um soco no estômago, sem ar, sem reacção. Todos nos lembramos do terrível massacre de Columbine, quando dois adolescentes entraram armados na sua escola e desataram a matar indiscriminadamente colegas e professores. Todos indagamos os porquês, tentamos racionalizar a matança, entrar na cabeça dos assassinos. Alguns teorizaram sobre violência na TV, outros sobre videojogos, deslocamento social, acesso facilitado às armas, etc... Mas ninguém sabe porquê. Talvez nem os próprios soubessem muito bem porque o fizeram. Gus Van Sant não interpreta, ironiza toda e qualquer interpretação das motivações dos dois jovens. Embalados por Beethoven, somos arrastados por uma câmara centrada em alguns dos estudantes do liceu, um a um. Das fúteis bulímicas ao casal-sensação, passando pelo rapaz problemático, o artista, a inadaptada. Não nos é traçado nenhum perfil exacto, só rotinas, apenas rotinas. Os diálogos mortos de corredor, as brigas corriqueiras, as bocas, os planos para logo. A câmara persegue obsessivamente a cara de cada um destes jovens, em grandes planos, com negligência total pelo circundante, ignorado por uma desfocagem magistral. Os planos prolongados de nuvens e de espaços são instrumentos que transparecem uma aparente acalmia de mais um dia de outono. Alguns dos momentos-chave são brilhantemente produzidos em câmara lenta, de curta duração, disponível para os mais atentos, brutal para os que já estão absorvidos na fita. Paulatinamente abanamos a cabeça aos passos daqueles que acompanhamos, numa deconstrução de personagens municiada de analepses e repetições cénicas de acordo com os olhares de cada um. A ideia de que todos somos indivíduos, todos vemos e sentimos é criada por Van Sant com recurso a estas repetições, que aos cinéfilos mais "nerds" deixam um sorriso na cara. Gus Van Sant nunca nos dá respostas, atira-nos opções. A cruedade do realizador prende-se com a calma com que filma todos os momentos, e as mortes não são excepção. A matança é-nos trazida com uma normalidade impressionante, como se não houvesse interrupção na rotina. A dada altura um dos assassinos diz para o outro: "Não bebas desse copo, podes apanhar herpes", enquanto no chão sangram os cadáveres por eles fabricados. A dada altura, um deles diz para sí mesmo: "Dia mais vil e justo nunca se viu". Para quem goste destas coisas, cabe dizer que "Elephant" foi galardoado com a Palma de Ouro em Cannes 2003. "Elephant", dizem, recebeu o seu nome de uma parábola budista. Segundo esta parábola, um grupo de cegos apalpava um elefante e descrevia a parte que apalpou, mas nenhum deles conseguia descrever o todo. Aconselho a quem não seja impressionável - não no sentido de sangue e monstros, mas no sentido de que sabemos que vamos sair da sala a tentar perceber o motivo, sem que nunca o atinjamos, envoltos em crua incredulidade. Aconteceu mesmo, no liceu de Columbine, em 1999.
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O Poder Contemplativo da Imagem

Luís Mendonça

"Elephant" mostra-nos incialmente o céu, de um azul forte, que inspira vida e sobretudo tranquilidade. À medida que a câmara vai percorrendo os corredores de um liceu de Portland, o céu vai sendo invadido progressivamente por nuvens negras, um presságio de que uma tempestade se avizinha. A beleza pop das imagens de "Elephant" são a capa que Gus Van Sant inteligentemente usa para intensificar o momento final (o barulho dos tiros parece terrívelmente real e contrasta com a ambiência criada) e para esconder a crise de valores e identidade do adolescente das sociedades chamadas civilizadas, onde cada vez mais se verifica um declínio da família tradicional (é tudo tão "belo" e simultaneamente tão decadente). Uma educação fragilizada, um sistema corrompido por uma certa histeria dos meios de comunicação, uma realidade social que preserva o culto do excesso e tenta, a todo o custo, moldar coercitivamente as mentalidades da comunidade e fabricar imagens de marca, padrões de beleza, pessoas perfeitas levam os jovens a situações de isolamento, desde cedo. É uma sociedade de tensões e pressões. Isso é óbvio em "Elephant" e eu, neste aspecto, chego mesmo a discordar do próprio Gus Van Sant, a primeira pessoa a defender que "Elephant" não oferece respostas a flagelos como o de Columbine. A meu ver, "Elephant" oferece efectivamente respostas a muitos dos problemas que cercam os adolescentes e que os levam a cometer actos insanos de violência. O olhar de Van Sant é bastante preciso neste aspecto: ele analisa, de forma total, os recentes incidentes nas escolas americanas e não só - "Elephant" tem, no meu entendimento, um carácter universalizante e é já um retrato genuíno do adolescente moderno, um objecto que é um estudo sociológico meticuloso de uma juventude em cativeiro. Como se todas as pessoas que vamos vendo no ecrã vivessem no seu próprio isolamento, presos no seu quarto escuro. É inquietante, mas também nos dá a sensação de liberdade quando Van Sant filma o andar dos jovens pelo liceu. E é isto que torna "Elephant" num objecto tão perturbador e simultaneamente tão visceral. Existe uma antítese nas sociedades actuais: apesar de existir uma liberdade aparente, notamos que os adolescentes são deixados ao abandono, criando dentro de si pequenas prisões existenciais (os adolescentes que se passeiam pela escola sozinhos e desprotegidos). A morte é encarada então como uma atitude natural, uma consequência do vazio e da crise de valores que imperam. A ideia de que uma escola poderá matar é mórbida e nunca poderá ser explicada através de uma visão limitada e restringida da sociedade. Os pais são uma ausência durante toda a fita e quando aparecem são seres inconscientes dos seus actos, embriagados e decadentes. Convém ainda referir a sobriedade da cena em que John se isola num quarto e, junto à câmara omnipresente de Van Sant, liberta lágrimas de uma vida alienada pela carência de afectos da parte do seu pai alcoólico. Depois, entra uma rapariga que lhe dá um beijo na face. Esta simplicidade acompanha todo o filme e é fundamental para o seu sucesso. Podemos ainda estabelecer algumas ligações com o anterior filme de Gus Van Sant, "Gerry", em que o realizador filmava o céu como ninguém e em que os protagonistas caminhavam pelo deserto em direcção à morte (tal como os jovens de "Elephant" nos corredores do liceu). A estética pop, com influência de Andy Warhol (do movimento da contracultura) e de Antonioni (a cena inicial do carro faz lembrar "Blow Up") são presenças em ambas as obras. E sobretudo o poder contemplativo das imagens - Van Sant deixa cada imagem respirar e ganhar forma. O minimalismo do seu cinema (convém lembrar que tanto em "Gerry" como em "Elephant" o argumento é praticamente inexistente e Van Sant aproveita-se das virtudes do plano sequência para explorar os cenários que envolvem os protagonistas) engrandece o cinema e deixa-nos uma vontade imensa de também nós fazermos um "Elephant" ou "Gerry", nem que hipoteticamente. O bom cinema poderá estar nas pequenas grandes coisas e estes filmes são hinos à simplicidade (apesar da complexidade do seu conteúdo).
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A grandeza do céu

Rodrigo

O céu, um deserto. Nuvens que com a pressa trazem a noite. Uma luz solitária no escuro. A perseguição longa e constante dos personagens jovens numa "High School" perdida nos arredores. Outros pontos de vista onde o espaço e o tempo se confundem. As partes não constituem o todo. Um lugar em que não se conhece ninguém nem o seu passado, mas onde as coisas simplesmente acontecem. Personagens que mostram o caminho para o desfocado. Não há expressão nos rostos e só o barulho de fundo faz sentir. Um filme genial, o céu de novo, como se nada tivesse acontecido.
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My Own Private Columbine

Pedro Ruella Ramos

Este filme é muito, mas muito bom. É subtil nas críticas, construções e comentários que faz à realidade, o que fez que várias pessoas na sala de cinema onde assisti ao filme apenas o compreendessem como uma amálgama e quase que comentassem entredentes - no fim - e entre suspiros, "isto é que é a Palma de Ouro 2003... Cannes só tem que aprender com Hollywood" (este monólogo é fictício - a sensação emanada é similar). Senti que se atiravam pérolas a porcos. Mas enfim, isso é o que penso relativamente às pessoas em geral (desmintam-me se não é verdade: dez pessoas vão ver o Ahhhnold e 1 vai ver este filme). Naturalmente, põe o tosco (mas politicamente efectivo - por isso notável) "Bowling for Columbine" a milhas de distância.
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