Às Segundas ao Sol

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Comédia, Drama 113 min 2002 M/12 18/04/2003 ITA, ESP, FRA

Título Original

Los Lunes al Sol

Sinopse

Uma cidade portuária no Norte de Espanha, que voltou as costas ao campo e se rodeou de indústrias que a fizeram crescer desproporcionadamente, alimentaram a imigração e desenharam um horizonte de chaminés. Um grupo de homens, desempregados, ex-trabalhadores num estaleiro naval, outros que conhecem bem o trabalho precário, flutuam à deriva, percorrem as ruas todos os dias, à procura de saídas de emergência. São trapezistas de fim de mês, que se refugiam nas suas poucas alegrias, esperançosos, na manhã de uma segunda-feira ao sol.<br/> Santa (Javier Bardem) chateia-se com facilidade, mas é um lutador, justo, e bom companheiro - tem um ombro sempre à mão. Jose (Luis Tosar) vê o desemprego intrometer-se na sua vida e no seu casamento, como se fosse uma terceira pessoa - e os silêncios aumentam. A mulher, Ana, trabalha, faz o turno da noite numa empresa de conservas, mas está obcecada com o seu cheiro e vê o tempo passar por ela. Lino continua a tentar: todos os dias usa o seu fato, todos os dias vai a entrevistas de emprego, deposita sempre todas as esperanças, tenta cumprir os requisitos. Mas as mãos atraiçoam-no e suam. Amador é mais velho do que os outros e já deixou de tentar, está sempre a beber, já se deixou levar pelo desencanto, mas é ele o espelho em que mais tarde todos se poderão rever. Serguei é russo e era astronauta, se é verdade ou não ninguém sabe, mas os olhos deste desempregado riem quando fala nas estrelas. Reina tem trabalho, é vigilante nocturno, mas esse trabalho afasta-o dos outros, como um fosso. Também Rico conseguiu superar a crise, abriu um bar. É aí, ao balcão, que se reúnem os amigos, a rir, a conversar, a discutir e também a ver entrar Nata, a filha de 15 ano de Rico, um raio de sol em pleno Inverno.<br/> "Às Segundas ao Sol" é um filme coral, um retrato negro, sombrio e a mesmo tempo tão cheio de humor, do mundo do desemprego (podia ser numa cidade espanhola, ou em Portugal, ou noutro país qualquer), um filme que revela um grande cineasta: Fernando León de Aranoa. Ganhou os Goya de Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Actor Principal, Melhor Actor Secundário, Melhor Actor Revelação, a Concha de Ouro e o Prémio da Crítica Internacional (FIPRESCI) no Festival de Cinema de San Sebastián, e os Prémios CEC (Círculo de Escritores Cinematográficos) para Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento, Melhor Actor Principal, Melhor Actor Secundário, Melhor Actriz Secundária. É a prova que de Espanha não nos chega só a genialidade do melodrama de corres garridas de Almodóvar, mas há também quem olhe para o real com um toque de humor. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Javier Bardem não está aqui

Vasco Câmara

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Olhar vibrante

Mário Jorge Torres

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Homens sem futuro

Luís Miguel Oliveira

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Homens à beira do desespero

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

Simplesmente Soberbo

Nino Matos da Fonseca

Este é um filme que só pode ser compreendido por três tipos de pessoas: as sensíveis, as vividas e as que se identificam com ele. Eu faço parte do terceiro grupo. Eu conheço aquelas pessoas e revejo-me a mim próprio e a amigos meus nelas, com especial destaque para o personagem protagonizado por Bardem. Santa tem aquela fibra moral, aquela força de carácter, aquele sentido de justiça, aquele orgulho teimoso, aquela lealdade, verdadeira lealdade, para com os amigos e para com as causas em que acredita. Saí da sala de cinema emocionado.
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Um retrato fiel de uma dura realidade

Manuel Garcia

Eu já tive a oportunidade de ver este filme há algum tempo em Badajoz e devo confessar que o filme "Los Lunes al Sol" não fica nada atrás do filme do Almodôvar que esteve representado nos Óscares de Hollywood deste ano, de seu nome "Habla con Ella". O cinema espanhol tem muita qualidade (o mesmo já não se poderá dizer de algumas longas-metragens "made in Portugal") e o filme "Los Lunes al Sol" retrata muito bem aquilo que os espanhóis designam por "Paro" (que não é mais do que o desemprego). O filme tem uma história lindíssima entre dois pescadores que passavam as segundas-feiras ao sol, vendo a beleza do mar e os barcos a passar, enquanto contavam histórias um ao outro sobre as suas vidas. Javier Bardém não fica nada atrás do Banderas e até já foi nomeado para os Óscares na categoria de melhor actor principal. Um bom filme, que vale bem a pena ser visto.
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Um retrato fiel de uma dura realidade

Manuel Garcia

Eu já tive a oportunidade de ver este filme há algum tempo em Badajoz e devo confessar que o filme "Los Lunes al Sol" não fica nada atrás do filme do Almodôvar que esteve representado nos Óscares de Hollywood deste ano, de seu nome "Habla con Ella". O cinema espanhol tem muita qualidade (o mesmo já não se poderá dizer de algumas longas-metragens "made in Portugal") e o filme "Los Lunes al Sol" retrata muito bem aquilo que os espanhóis designam por "Paro" (que não é mais do que o desemprego). O filme tem uma história lindíssima entre dois pescadores que passavam as segundas-feiras ao sol, vendo a beleza do mar e os barcos a passar, enquanto contavam histórias um ao outro sobre as suas vidas. Javier Bardém não fica nada atrás do Banderas e até já foi nomeado para os Óscares na categoria de melhor actor principal. Um bom filme, que vale bem a pena ser visto.
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Tristemente perfeito

P.C.R.

Para termos uma verdadeira consciência da realidade, nada melhor do que ir ao cinema ver este filme, que tem tudo o que os filmes do João Botelho não têm.
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