Intervenção Divina

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Guerra, Drama 92 min 2002 06/12/2002 Marrocos, Palestina, ALE, FRA

Título Original

Yadon ilaheyya

Sinopse

“Intervenção Divina”, realizado pelo cineasta palestiniano Elia Suleiman, é um olhar cáustico, irónico e melancólico sobre a situação actual do povo palestiniano. É a libertação de um país e de um povo através do corpo de uma mulher e um balão vermelho com o rosto de Arafat estampado que ilude o controlo israelita.
Nazaré, sob a aparência da normalidade, é tomada pela loucura. Sob pressão, um homem tenta resolver as coisas com as próprias mãos. Mas só consegue destruir-se a ele próprio. Este homem é o pai de E.S. (Elia Suleiman). Durante este tempo, uma história de amor desenvolve-se entre um palestiniano que vive em Jerusalém e uma palestiniana (Manal Khader) de Ramallah. O homem, E.S., balança entre o seu pai doente e este amor, esforçando-se por manter ambos vivos.
Devido à situação política, a liberdade de movimento da mulher acaba no posto de controlo militar israelita situado entre as duas cidades. Os amantes não podem passar. Só podem encontrar intimidade num parque de estacionamento deserto, ao lado do "checkpoint".
Perante a incapacidade de fugir à realidade da ocupação, o desejo cúmplice dos dois amantes vai ter repercussões violentas...
“Intervenção Divina” conquistou o Prémio do Júri e o Prémio da Crítica Internacional no Festival de Cannes de 2002.

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Críticas dos leitores

... ou Intervenção Humana?

cassandra moraes

Tenho por hábito, ao ver um filme numa qualquer sala de cinema, procurar apagar da memória quaisquer dados socio-culturais acerca do realizador, mas em "Intervenção Divina", quando olhamos para Elia Suleiman, estamos a ver um povo inteiro e é, desde logo, impossível ignorar seja o que for e nada neste filme é despropositado. <BR/>A carícia quase sempre desesperada de duas mãos no interior de um carro estacionado junto a um posto de controlo entre Ramallah e Jerusalém é a metáfora perfeita para a contenção e a repressão de um sentimento religioso cujo único erro é ser apaixonado e pouco compreendido. <BR/>E se rimos porque um caroço de pêssego faz explodir um tanque esquecido, ou porque um militar israelita nos parece ligeiramente esquizofrénico ou porque um balão identificado como palestiniano é tido como uma ameaça para a segurança israelita, é porque tudo isto, que é a realidade quotidiana de um qualquer palestiniano, afigura-se-nos surreal e pungente, demasiado. <BR/>Rimos porque não queremos chorar, tentamos não mostrar a nossa impotência diante de imagens tão honestas. O mesmo faz a Palestina.
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