Traições
Título Original
Tromperie
Realizado por
Elenco
Sinopse
Críticas Ípsilon
Desconstruindo Philip
Depois deste Desplechin deve declarar-se Philip Roth como um escritor infilmável?
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3 estrelas
José Miguel Costa
Arnaud Desplechin, um dos realizadores de topo do cinema francês contemporâneo, agarra pelos cornos a complexa obra literária "Engano" (do escritor Philip Roth), composta unicamente por diálogos soltos sobre (des)amores, e transforma-a no filme (teatralizado) "Traições", contando para o efeito com a preciosa colaboração da dupla de protagonistas, Léa Seydoux (sempre sensual e enigmática - jamais desilude!) e Denis Podalydès.
A película, filmada em espaço fechado e num registo "mosaico" (numa sucessão de 13 capítulos soltos - mas habilmente entrelaçados -, nos quais a acção advém exclusivamente do elegante esgrimir da Palavra), tem por base as conversas (reais ou imaginárias?) de um escritor judeu americano com as amantes que foi colecionando ao longo da vida (apesar de casado), com especial foco na sua última relação (que dará, inclusive, origem a um livro).
Apesar do deleite que certos dos diálogos nos possam provocar (alguns deles - talvez - pretensiosos em demasia), em boa verdade, com o escoar do tempo (1 hora e 45 minutos) acabamos por ir acumulando cansaço.
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