Roma

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Drama 135 min 2018 M/14 13/12/2018 MEX, EUA

Título Original

Roma

Sinopse

Cidade do México, década de 1970. Cleo, de origem indígena, é empregada em casa de António e da sua esposa Sofia. Para além da responsabilidades domésticas, ela tem a seu cargo as quatro crianças do casal. Cleo é a primeira a levantar-se para acordar as crianças, alimentá-las e levá-las à escola e também a última a deitar-se depois de deixar tudo em ordem para o novo dia. Enquanto isso, o casamento está em ruptura e o país em mudança…
Leão de Ouro na 75.ª edição do Festival de cinema de Veneza, um filme autobiográfico filmado a preto e branco que recria uma época conturbada da História do México e uma fase importante da infância de Alfonso Cuarón (“E a Tua Mãe Também”, “Os Filhos do Homem”, “Gravidade”) que, para além da realização, acumula aqui  a responsabilidade do argumento, fotografia e montagem.  O elenco conta com a estreante Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Diego Cortina Autrey, Carlos Peralta, Nancy García García , Marco Graf, Daniela Demesa e Jorge Antonio Guerrero. Uma produção Netflix que mesmo assim chega às salas de cinema. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Mexico 70

Luís Miguel Oliveira

Não deixa de ser uma ironia, face à quantidade de “informação visual” de Roma que seja um filme Netflix, a ser maioritariamente visto em ecrãs de computador ou de TV.

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Críticas dos leitores

Que filme estupendo!

Rodrigo Pompeu

Magnífica obra de Alfonso Cuarón! Muito sensível sem ser piegas.
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Roma

António Caroço

Arrebatador e envolvente. Vai perdurar na memória reservada aos bons filmes.
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Estou apaixonada

Luisa Santos

Eu não gosto deste filme. Eu estou apaixonada por ele, guardando-o no peito como um objecto raro. Sem saber que era baseado nas memórias do realizador na altura em que o vi, apercebi-me ainda assim desta componente de memória, talvez pelas escolhas que o director fez de enquadramento e luz. Há um distanciamento relativamente à acção e às personagens. E ao mesmo tempo tudo é imbuído de amor pela forma como a câmara segue olhares e gestos. É obviamente um filme pessoal, feito com muito amor e regozijo-me que a netfliz tenha dado liberdade a Cuaron de criar esta obra muito especial. Vale a pena só pela cinematografia. Vale a pensa só pela cena inicial e pela cena final.
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Banal

Joao Luz

Uma história sem história, a preto e branco, sobre o quotidiano de um casal burguês com quatro crianças, contrastada com o das duas empregadas domésticas internas. <br />A dona e casa e uma das empregadas têm em comum a circunstância de terem de reorganizar as vidas após serem preteridas no amor. <br />O filme ainda assim tem inquestionavelmente momentos magistrais.
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Roma

José Eduardo Mendonça

Saudemos o regresso de Alfonso Cuaron e seu filho ao seu país natal para nos dar este belíssimo filme que se tornará em breve um clássico da cinematografia mexicana...
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Maravilhosas Memórias

Paulo B

O filme é uma viagem pelas memórias do realizador Alfonso Cuarón, nascido na cidade do México em 1961. <br />O enredo decorre nesta cidade em 1970/1971. A casa abastada, os empregados de origem nativa, as crianças que deambulam pela casa fazendo birras, o casal burguês endinheirado. Veio-me à memória um outro filme, a curta-metragem de Miguel Gomes, “Inventário de Natal”. Embora muito diferentes um do outro na temática e na imagem, a reconstituição que ambos fazem de partes da infância e adolescência dos seus realizadores, que por acaso também coincidem cronologicamente com a minha, é soberba. Acho que quem viveu a infância nos anos 70 se sentirá particularmente comovido. Mas o filme não vale a pena só por isso. <br />O realizador evoca acontecimentos políticos ocorridos na cidade do México em 1971 e coloca-os na vida das personagens, ao mesmo tempo faz uma homenagem ao cinema pondo em cena filmes míticos da época – veio-me à memória um outro filme, "Cinema Paraíso", de Giuseppe Tornatore. O filme agarra os espectadores, é capaz de os comover até às lágrimas, evolui numa tensão crescente até ao epílogo final, um momento redentor, catártico e apaziguador. <br />Em termos estéticos, a fotografia a preto-e-branco, a parte sonora e a reconstituição rigorosa dos décors da época resultam muito bem. A cena do pai a estacionar o Ford Galaxy é maravilhosa. Só um realizador com uma sensibilidade e talento muito especial, como é definitivamente o caso de Alfonso Cuáron, é capaz de transformar uma situação aparentemente banal num sublime momento de cinema.
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«ROMA é AMOR lido ao contrário

Pedro Brás Marques

"ROMA é AMOR lido ao contrário". Esta frase que os actuais romanos da Lazio gostam de lembrar, serve como uma luva para sintetizar o argumento do mais recente filme de Alfonso Cuarón, passado noutro continente, no bairro (“Roma”) duma cidade também ela com muita história, a antiga Tenochtitlán, actual Cidade do México. <br /> <br />É nesse bairro que, no início da década de 70 do século passado, vive uma família da classe média: um casal, ele médico e ela dona de casa, quatro filhos e a avó materna dos miúdos. E vivem ainda duas empregadas, Adela e Cleo, esta a protagonista de “Roma”. Tem as iniciais da antiga rainha do Egipto, mas na verdade chama-se Cleodegaria, o que não a torna menos nobre. Porque ela é a bondade encarnada. Cleo não se exalta, não se perturba, trata toda a gente como se fossem boas pessoas. Conforma-se com a sua situação, tenta resolver os problemas à sua maneira e ajudar os outros conforme pode. As crianças adoram-na e os animais vêm lamber-lhe a mão. As mulheres da casa também, incluindo a mãe das crianças, algo irresponsável e vazia, ironicamente chamada Sofia. Cleo é a coluna que segura toda aquela estrutura que, emocionalmente, está à beira da rutura, quando o pater famílias resolve virar as costas a todos e ir viver com a amante… Pelo meio, Cleo engravida mas isso não perturba o seu dia-a-dia e o seu trabalho transformado em missão. Chega a confessar que preferia não ter sido mãe a perder a sua vida rotineira. <br /> <br />Nada parece afectá-la e até os elementos se curvam perante Cleo. A terra entrou em ebulição sísmica quando ela visitava o hospital mas os escombros não lhe tocaram. O fogo que ardeu na quinta também a deixou intocada, bem como às crianças. E a água respeitou-a quando teve de entrar mar dentro, qual Moisés, sem saber nadar, numa das mais belas cenas do filme. E o ar? O ar transmite sons e cheiros, que ora lhe recordam a infância, ora anunciam sabores e aromas perfeitos. Cleo é o ponto de equilíbrio natural, como o demonstrou no exercício de artes marciais, é o “quinto elemento”, o amor, que tudo une e que tudo salva, mesmo que tal aconteça ao seu ritmo, lento e pausado (“Gosto de fingir de morta”…). Ela é a luz, ao contrário , por exemplo, do mordomo Mr. Stevens, de “Os Despojos do Dia”, uma personagem também religiosamente dedicada à usa profissão mas mergulhada em escuridão. Tudo isto numa mulher com apenas metro e meio de altura, como acontece com os descendentes directos dos povos pré-hispânicos, como é o seu caso, uma mixteca. <br /> <br />Este “Roma” foi para o realizador Alfonso Cuarón um projecto pessoal, um filme literalmente de autor pois a fotografia, o argumento e a realização têm a sua assinatura, além de ser, também, um registo semi-autobiográfico da sua infância, uma homenagem a “Libo”, a empregada de casa dos pais, à imagem da qual construiu Cleo. Filmado a preto-e-branco, acentuando um tempo que já foi, Cuarón conta a história da empregada quase à velocidade dela. Planos fixos (“paralíticos”) extremamente cuidados, onde se aguarda que as personagens entrem no campo de visão e longos travellings que sublinham a continuidade e fluidez da história são as principais opções visuais do realizador. Por outro lado, sabiamente, Cuarón estruturou dois espaços distintos, dentro e fora de casa, como que representando, cada um, o paraíso da protecção maternal e o inferno e os perigos do exterior. O ritual da entrada do carro na estreita garagem é quase um marco de fronteira entre esses dois mundos. Mas “Roma” funciona também pela interpretação suave de Yalitza Aparicio, que dá vida e alma a Cleo. Com ela rimos e com ela chorámos, desejando que, também nós, pudéssemos ter tido um anjo da guarda semelhante..
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A "mania"

Lucas Giestas

Quando um cineasta europeu vai parar a Hollywood o seu produto decresce de qualidade pois ele tem deee fazer concessões mas insiste em continuar autor. Os resultados estão à vista. <br />Quando um cineasta do terceiro mundo (normalmente América latina ou alguma Ásia mas nunca de África) vai parar a Hollywood, parece que a esgrima é outra: é mostrar não que se é diferente e especial mas que se é igual ou tão bom como. Iñarritu e Cuaron estão no topo da lista, seguidos por Salles. Este filme é uma espécie de sopa da pedra. Tem tudo para parecer genuíno aos olhos dos americanos, e tudo para parecer hollywoodesco aos olhos dos mexicanos. É uma festa, porque fica toda a gente contente. E como a história é uma desgraça pegada, até parece uma coisa séria. Vai ganhar o Óscar, até porque com a conversa do muro do Trump, um primeiro "melhor filme" em espanhol é tudo o que o planeta precisa. Hashtag também eu!
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Memórias da infância

Paulo B.

Se o cinema é memória, este filme é uma viagem pelas memórias do realizador Alfonso Cuarón, nascido na cidade do México, em 1961. <br />O enredo decorre nesta cidade em 1970/ 1971. A casa abastada e os seus empregados de origem indígena, as crianças que deambulam pela casa fazendo as suas birras, o casal burguês. Veio-me à memória um outro filme, a curta-metragem de Miguel Gomes, “Inventário de Natal”. Embora muito diferentes um do outro na temática e na imagem, a reconstituição que ambos fazem de uma parte da sua infância e adolescência, que por acaso também coincide cronologicamente com a minha, é soberba. Afinal a infância não difere muito em diferentes partes do mundo. Só por isto vale a pena ver o filme, mas não só. <br />O realizador convoca eventos ocorridos na cidade do México em 1971 e envolve-os com muita mestria nos episódios das personagens, criando momentos de maior tensão. O filme agarra os espetadores e comove-os, em alguns casos até às lágrimas, porque não? até ao epílogo redentor. <br />Em termos estéticos, a fotografia a preto-e-branco, a parte sonora e a reconstituição rigorosa dos décors da época, resultam muito bem. <br />Gostei muito.
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Roma

Helder Costa Almeida

É realmente um FILME ÉPICO, ENORME. O som, a imagem a preto e branco, a ACTRIZ que representa a Cleo (sem menosprezo por todos os outros, adultos e crianças esplêndidas. O som, no pequeno GRANDE IDEAL, é uma agradável surpresa. O ruído do mar quando as crianças estão dentro de água, o espectador "sente" que está junto delas. E o tremor de terra?... A NÃO PERDER.
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