Foxtrot

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Drama 108 min 2017 M/12 06/06/2019 SUI, ISR, ALE, FRA

Título Original

Foxtrot

Sinopse

<div>Tel Aviv, Israel. Michael e Daphna recebem a notícia de que o filho, soldado das forças armadas, morreu durante um conflito. As autoridades israelitas recusam-se a dar detalhes do sucedido. Entretanto, vêm a perceber que os oficiais se enganaram. Zangado com o equívoco, Michael exige que as forças armadas façam o filho regressar a casa.</div><div>Um filme dramático realizado e escrito por Samuel Maoz ("Líbano") que recebeu o Grande Prémio do Júri (Leão de Prata) no Festival de Cinema de Veneza em 2017 e que foi também vencedor de oito prémios Ophir da Academia de Cinema de Israel – entre eles, o de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor (Lior Ashkenazi) e Melhor Direcção de Fotografia (Giora Bejach). PÚBLICO</div><div><br /></div>

Críticas Ípsilon

O camelo em estado de sítio

Jorge Mourinha

Grande Prémio do Júri em Veneza 2017, chega finalmente às salas portuguesas Foxtrot: o absurdo da guerra e a culpa da sobrevivência no que é um dos grandes filmes a estrear em 2019.

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Críticas dos leitores

5 estrelas

José Miguel Costa

Não é qualquer um (mas o israelita Samuel Maoz é um realizador de excepção) que possuindo apenas duas longas metragens no seu curriculum ("Libano", de 2009, e agora "Foxtrot") consegue a proeza de ambas serem obras primas incontestáveis. <br /> Nesta coprodução (entre Israel, Suíça, Alemanha e França), em modo de drama familiar polvilhado por um ideossincrático "humor áspero" (e deliciosamente patético), volta a demonstrar uma visão crítica e irónica sobre a infinita guerra do seu país natal contra todos os vizinhos, nomeadamente os palestinianos (um eterno "loop" - e daí o titulo apelar à dança foxtrot, que consiste, tal como ele refere, "num passo para diante, um para a direita, outro para trás e, por fim, um outro para a esquerda, retornando à posição inicial"). Todavia, desta vez, não existem quaisquer cenas de batalhas, "apenas" nos expõe perante os traumas psicológicos provocados por um paranóico Estado securitario e belicista em sucessivas gerações de israelistas ("caricaturados" como zombies sem vontade própria à mercê de um "poder ridiculo"), tendo por base a história (dividida em três actos e relatada de forma não-linear) de uma família que foi notificada erroneamente da morte de um ente querido no cumprimento do dever. <br /> <br />A beleza e o cunho identitário desta obra advém não apenas da refinada narrativa (que apela a magnificas/divertidas metáforas e "planta" constantes "pormenores" poeticamente surrealistas, que irão culminar em "qualquer coisa mais" à posteriori, já que nada nos é oferecido de bandeja, havendo sempre algo por revelar/descobrir - como num sucessivo abrir de matrioskas), mas também da sua engenhosa linguagem visual (caracterizada por planos e movimentos de câmara "quase impossíveis" e uma fotografia arrebatadora). Em suma, um autêntico festim para a mente e visão.
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5 estrelas

José Miguel Costa

Não é qualquer um (mas o israelita Samuel Maoz é um realizador de excepção) que possuindo apenas duas longas metragens no seu currículo ("Libano", de 2009, e agora "Foxtrot") consegue a proeza de ambas serem obras-primas incontestáveis. <br /> Nesta co-produção (entre Israel, Suíça, Alemanha e França), em modo de drama familiar polvilhado por um idiossincrásico "humor áspero" (e deliciosamente patético), volta a demonstrar uma visão crítica e irónica sobre a infinita guerra do seu país natal contra todos os vizinhos, nomeadamente os palestinianos (um eterno "loop" – e daí o titulo apelar à dança foxtrot, que consiste, tal como ele refere, "num passo para diante, um para a direita, outro para trás e, por fim, um outro para a esquerda, retornando à posição inicial"). Todavia, desta vez, não existem quaisquer cenas de batalhas, "apenas" nos expõe perante os traumas psicológicos provocados por um paranóico Estado securitario e belicista em sucessivas gerações de israelistas ("caricaturados" como zombies sem vontade própria à mercê de um "poder ridiculo"), tendo por base a história (dividida em três actos e relatada de forma não-linear) de uma família que foi notificada erroneamente da morte de um ente querido no cumprimento do dever. <br /> <br />A beleza e o cunho identitário desta obra advém não apenas da refinada narrativa (que apela a magnificas/divertidas metáforas e "planta" constantes "pormenores" poeticamente surrealistas, que irão culminar em "qualquer coisa mais" à posteriori, já que nada nos é oferecido de bandeja, havendo sempre algo por revelar/descobrir - como num sucessivo abrir de matrioskas), mas também da sua engenhosa linguagem visual (caracterizada por planos e movimentos de câmara "quase impossíveis" e uma fotografia arrebatadora). Em suma, um autêntico festim para a mente e visão.
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Entre pai e filho

Nazaré

O que se destaca neste filme é a maneira como os acontecimentos são narrados. Apenas dois cenários, o da casa e o do posto de controlo onde o filho está destacado, que vão alternando à medida que (em doses muito parcimoniosas) se vão ligando as peças, como se fosse um puzzle. Por isso, de início, os comportamentos podem parecer exagerados, ou irracionais, mas acabamos por perceber tudo. É um filme muito hábil, que joga com a inteligência dos espectadores como se de uma história de suspense se tratasse. Já sobre as interpretações políticas, anti-guerra, etc., passo. <br />Claro que há coisas absurdas associadas ao modo de vida em Israel, num e noutro cenário, mas o filme foca-se realmente na família.
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