Lady Bird

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Comédia Dramática 94 min 2017 08/03/2018 EUA

Título Original

Lady Bird

Sinopse

<div>EUA, 2002. A terminar o liceu, Christine McPherson – ou Lady Bird, como prefere ser chamada – mal pode esperar por entrar na faculdade, de preferência bem longe de Sacramento (Califórnia), a cidade de onde nunca saiu. A mãe, uma enfermeira incansável que se desdobra em empregos para pagar as despesas familiares, acha a ideia absurda e despropositada. Contudo, determinada a conquistar o mundo a qualquer custo, Lady Bird não deixa de lutar para concretizar esse sonho. Enquanto Setembro não chega, ela vai vivendo o dia-a-dia com a naturalidade própria da adolescência, entre amores, desamores, conflitos e reconciliações…</div> <div>Uma comédia dramática sobre as dores do crescimento que marca a estreia na realização da actriz Greta Gerwig. "Lady Bird" foi nomeado para cinco das principais categorias dos Óscares: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhor Actriz Principal e Secundária. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

De Sacramento para o mundo

Luís Miguel Oliveira

É um começo promissor. Mas é também, e sobretudo ouvindo o entusiasmo que gerou na crítica americana, um tanto decepcionante.

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Críticas dos leitores

Rito de passagem

Pedro Brás Marques

Não há qualquer fatalidade criativa que leve a que os filmes sobre a adolescência tenham de ser em tons de rosa, parvos e fúteis ou, em alternativa, negros, dramáticos e dilacerantes. A prova desse meio-termo é, precisamente, este «Lady Bird», onde a jovem do título começa a voar, perdendo a inocência da adolescência e acumula confiança para entrar no mundo adulto. <br /> <br />Ladybird vive em Sacramento, uma cidade secundária da Califórnia, onde a carismática San Francisco e a glamourosa Los Angeles reinam. À semelhança da sua terra natal, também a protagonista ambiciona outros voos e quer sair rapidamente dali, para ir ao encontro do futuro radioso que ela acha que merece e que acredita que conseguirá atingir. O problema é que Ladybird ainda está no liceu, com o peso do catolicismo a castrar emoções, sem esquecer que ainda se entretém com os mexericos do recreio, dedica-se ao culto adolescente pela imagem e demonstra preocupação com os rótulos inerentes ao local onde se vive e com que se anda… E Christine, a sua dimensão verdadeira, refugia-se na sua personagem para tentar esconder não só o que é como de onde vem: um meio pobre, trabalhador, esforçado, mas longe da “upper class” que a rodeia. Ter de dobrar este Bojador, de aceitar a realidade como ela é e não como gostava que fosse, um rito de passagem, uma verdadeira cerimónia de iniciação na idade adulta. <br /> <br />O que mais impressiona em “Ladybird” é a simplicidade com que tudo é contado, interpretado e ilustrado. Não há recurso a complicados saltos narrativos, as personagens são exactamente aquilo que aparentam e não há o mínimo espaço para virtuosismos de realização. Tudo é o estritamente necessário, “económico” e em conta. Porque o essencial são os sentimentos de Ladybrid e o que resulta da sua interacção com os seus sacrificados pais, com os diferentes amigos e de quando ela se olha ao espelho. Um trabalho aparentemente fácil mas que a realizadora Greta Gerwig desempenha com bastante eficácia, até porque também assina o semi-autobiográfico argumento, o que confere uma notória homogeneidade narrativa à obra. Recorde-se que estamos a falar da actriz que escreveu e interpretou o belíssimo “Frances Ha”… O papel principal foi entregue à seguríssima Saoirse Ronan, a americana de ascendência irlandesa, que já se havia destacado há dois anos em “Brooklyn” – com 23 anos, já conta com três nomeações para os Óscares… Há, ainda, espaço para o actual actor sensação, Timothée Chalamet. <br /> <br />Longe quer dos mundos irrealistas de filmes para adolescentes quer das viagens ao mundo da droga, “Ladybird” mostra com equilíbrio as angústias e virtudes do final da adolescência. Não é brilhante, mas é extremamente realista.
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Uma história bem contada

Helga Ferreira

A história de uma família de classe média baixa tipicamente americana muito bem contada e com interpretações muito boas.
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A não perder

Francisco Sá

Entre "A Forma de Água" e "Lady Bird", escolhia este último para vencedor do Óscar de 2018. É excecional a forma de abordar os problemas da adolescência de uma forma nua e crua. O que os pais não se sacrificam pelos seus filhos.
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4* - Adolescente...

Luís

...eu fui, tu és! Tema muito complexo, abordado de forma leve e agradável, que deixa no ar um sentimento de saber a pouco... tendo muito mais para dizer. A interpretação principal está de parabéns!
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Há pais que...

Francisco Zuzarte

... no seu amor podem ser castradores! <br />Há pais que no seu amor podem ser dominadores! <br />Há pais que no seu amor podem ser compreensivos, condescendentes. <br />Lady Bird trata o tema com uma delicadeza que nos embala até ao fim. <br />Ainda que de forma superficial.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Lady Bird", a primeira obra enquanto realizadora da actriz e argumentista do circuito indie Greta Gerwig, apesar de todo o alarido em seu redor, não passa de uma comédia dramática agridoce sem qualquer inovação em relação ao universo cinematográfico juvenil, sobejamente retratado/explorado, no qual se insere esta história "feel good" sobre as tradicionais (pseudo) problemáticas e desventuras dos petizes ainda sem identidade definida na "fase das hormonas aos saltos" (no caso concreto, uma miúda irreverente q.b., proveniente de uma banal família de classe média baixa americana, que pretende "transpor a(s) fronteira(s)" do provinciano Sacramento e "ir conhecer novos mundos"). <br /> <br />Pese o enfoque na típica narrativa "comming of a age", não é um filme a ignorar (pelo contrário), na medida em que este é detentor de características (por vezes, subtis) que o diferenciam dos clichés dos demais, nomeadamente, no que concerne à sua simplicidade/honestidade; no inteligente equilíbrio entre as cenas de humor ácido e contido (que chegam a roçar o burlesco) sobre os "absurdos da vida" e os momentos mais dramáticos (não poucas vezes, irónicos); a genialidade de alguns (curtos) trechos do argumento (pelo que atrevo-me a verbalizar que se trata de "UM GRANDE FILME DE PEQUENOS MOMENTOS" - sendo a cena de abertura disso exemplo); a fluidez dos acontecimentos (reforçada por uma eficaz edição); a genuidade emocional; a atenção dada aos "pormenores". E claro, "a cereja no topo do bolo", a naturalidade e a espontaneidade "desmedida" da estonteante Saoirse Ronan (um nome com muito futuro!!!).
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Lady Bird", a primeira obra enquanto realizadora da actriz e argumentista do circuito indie Greta Gerwig, apesar de todo o alarido em seu redor, não passa de uma comédia dramática agridoce sem qualquer inovação em relação ao universo cinematográfico juvenil, sobejamente retratado/explorado, no qual se insere esta história "feel good" sobre as tradicionais (pseudo) problemáticas e desventuras dos petizes ainda sem identidade definida na "fase das hormonas aos saltos" (no caso concreto, uma miúda irreverente q.b., proveniente de uma banal família de classe média baixa americana, que pretende "transpor a(s) fronteira(s)" do provinciano Sacramento e "ir conhecer novos mundos"). <br /> <br />Pese o enfoque na típica narrativa "comming of a age", não é um filme a ignorar (pelo contrário), na medida em que este é detentor de características (por vezes, subtis) que o diferenciam dos clichés dos demais, nomeadamente, no que concerne à sua simplicidade/honestidade; no inteligente equilíbrio entre as cenas de humor ácido e contido (que chegam a roçar o burlesco) sobre os "absurdos da vida" e os momentos mais dramáticos (não poucas vezes, irónicos); a genialidade de alguns (curtos) trechos do argumento (pelo que atrevo-me a verbalizar que se trata de "UM GRANDE FILME DE PEQUENOS MOMENTOS" - sendo a cena de abertura disso exemplo); a fluidez dos acontecimentos (reforçada por uma eficaz edição); a genuidade emocional; a atenção dada aos "pormenores". E claro, "a cereja no topo do bolo", a naturalidade e a espontaneidade "desmedida" da estonteante Saoirse Ronan (um nome com muito futuro!!!).
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Passarinho simpático

JR

Um filme sobre o crescimento. Sobre o despertar. Está lá tudo. Os complexos de Édipo e Electra, a homossexualidade, as atrações e desilusões, o baile dos puritanos, a festa dos degradados, a amizade e o ódio pueril. Além do mais ficamos encantados com o desempenho de Saoirse Ronan. Um voo encantador.
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Fabulosa interpretação

Raul Gomes

de Saoirse Ronan, na sua tentativa de ser diferente e de afirmação, "lutando" contra uma alma gêmea que é a sua mãe. Este filme só podia ser realizado por uma mulher, tamanha é a sua autenticidade/sensibilidade dos extraordinários diálogos. Filme excepcional, e, ainda bem que esquecido pela academia, mas não na nossa mente e os nossos corações. Greta Gerwig forever.
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