Espantoso argumento dos Cohen, com belíssima realização de Clooney. Um Fargo revigorado. Incrível como 37 anos depois de escrito ele nos mostra uma América actual. Está lá tudo, A continuação até aos dias de hoje, de um racismo KKK, a profunda ignorância social, As "Fake News", O culpar os outros, pelos nossos próprios erros. A supremacia branca, detentora das "suas verdades", o egoísmo o despudor pelas vidas humanas, tudo isto é agora revigorado pelo Trump, direccionado a essa América profunda e ignorante. O "muro" tenta condicionar uma aproximação das raças, mas felizmente é subvertido pela imagem final das crianças alheias a todo este ódio, e, que permanecem, não intactas, pois isso é impossível, mas que nos abram todo um melhor horizonte. Bons desempenhos de Julianne Moore, deslumbrante neste duplo papel, de Óscar Isaac, e, Matt Damon,que poderia dar talvez uma maior profundidade e consistência a esta sua dúbia personalidade. A não perder. P.F. não percam este fabuloso filme.
Raul Gomes