O Dia Seguinte

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Romance, Drama 92 min 2017 M/12 30/11/2017 Coreia do Sul

Título Original

Geu-hu

Sinopse

<div>Bongwan sai de casa ainda de madrugada em direcção à pequena editora de que é proprietário. O seu pensamento divaga pela rapariga que durante um tempo trabalhou consigo como secretária, e com quem teve um caso extraconjugal. Um pouco mais tarde, ao chegar ao escritório, conhece Areum, no seu primeiro dia de trabalho como substituta da antiga amante. Nesse dia, a mulher de Bongwan encontra um bilhete de amor, vai até ao escritório sem se anunciar, e confunde Areum com a mulher com quem o marido a traíra...</div> <div>Com argumento e realização do sul-coreano Hong Sang-soo ("Noite e Dia", "Hahaha", "Noutro País", "Sítio Certo, História Errada"), um filme dramático com os actores Kim Min-hee, Kwon Hae-hyo, Cho Yunhee e Joabang Ki.PÚBLICO   </div>

Críticas Ípsilon

Reflexão sobre a cobardia

Luís Miguel Oliveira

As histórias mais antigas e mais repetidas do mundo: homens e mulheres, o que se passa entre eles, as maneiras como eles explicam o que se passa entre eles — tudo isto é magnífico.

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Críticas dos leitores

conversas entre homem e mulheres

Fernando Oliveira

Gosto muito daqueles filmes que parecem não contar quase nada, filmes que são simplesmente uma narrativa dos pequenos incidentes do quotidiano. Filmes que mostram a extrema complexidade que define o que é ser humano nos pequenos, e reconhecíveis, acontecimentos que preenchem o dia a dia de todos nós. Como todos os filmes, infelizmente poucos, de Hong Sang-soo que conheço, “O dia seguinte” é um filme desses, e um filme de que gosto muito. <br />Um homem e sua mulher que pressente que ele tem uma amante: a nova assistente na editora de livros de que o homem é proprietário, contratada no dia em que a história é contada e que é agredida pela mulher que a julga a amante. A anterior assistente e amante que regressa no fim desse dia e que quer voltar a ter o que tinha… Tudo regado com muito soju. <br />Este é apenas o quarto filme que vi de Hong, e embora seja o autor de 21 filmes, parece-me indiscutível que são todos eles pequenas variações sobre o mesmo tema: a relação entre os homens e as mulheres e a forma como as palavras explicam essa relação, este é mesmo na sua essência um filme que conta conversas, quase sempre à mesa, quase sempre a beber, sobre o que aconteceu às personagens, um homem e três mulheres, deixando de fora do filme a encenação desses acontecimentos. <br />Depois, há aquele espantoso minimalismo aparente da realização de Hong, parece ser um filme “parado”, mas são prodigiosos alguns movimentos da câmara, alguns enquadramentos; a leveza daqueles actores (Kim Min-hee, que já este ano tinha deslumbrado em “A criada”, é absolutamente extraordinária) numa estrutura narrativa que confunde; num filme fora deste tempo, numa mistura de drama e comédia - “sorris e nem sequer estás feliz”, um filme muito bonito, que nos deixa talvez melancólicos, mas também felizes.
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2 estrelas

José Miguel Costa

Quase me atrevo a dizer que não suporto a cinematografia do coreano Hong Sang-soo. De facto, aquando da exibição do seu anterior filme, “Sitio Certo, Hora Errada” (2015), abandonei a sala antes do término (e também só não adoptei essa mesma postura em relação ao seu antecessor, “Noutro País” – 2012 -, possivelmente, por ser protagonizado pela Isabelle Huppert). <br /> No entanto, como devo ter uns traços de masoquista (e sou influenciado pela critica especializada – que, vá-se lá a saber porquê, parece idolatrá-lo), dei-lhe uma nova oportunidade e fui visionar a sua mais recente obra, “O Dia Seguinte” (seleccionada para a Palma de Ouro de Cannes). E fiquei na sala até ao fim! Digo mais … até nem odiei (o que não é sinónimo de ter gostado!). <br /> <br />É um filme simples e minimalista (filmado a preto e branco e maioritariamente com um posicionamento estático da câmara), com uma narrativa despretensiosa (dotada de um conteúdo minimamente interessante/perceptível – verbalizado na maior parte do tempo “olhos nos olhos” – quando comparado com o teor dos seus trabalhos do passado - embora continue, como é seu hábito, a apresentar um certo caos temporal
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A Amante, A Empregada, o Patrão e a Mulher Deste

J.F.Vieira Pinto

Porque sais cedo? Qual a razão de dormires mal? Porque perdes peso sem fazer exercício e sem ser para me agradar? Tens uma namorada não tens? <br />O “Presidente”, melhor: patrão, da editora Kang acaba de sucumbir ao interrogatório feito pela mulher, logo pela manhã ao pequeno almoço. Não precisou da sub-reptícia para a obtenção da “confissão”. <br /> <br />A “vingança” será tudo menos racional. A esposa traída, vai ter uma desastrosa abordagem da suposta amante, quando entra no escritório do marido e esbofeteia a mulher que lá encontra: Areum. De nada valem os esforços do marido explicar que “a tal”, poderá estar algures em Inglaterra e que tinha acabado há já dois meses. A ausência desta, será muito útil para completar, neste jogo de equívocos, um álibi perfeito... <br /> <br />O título acima sugere Peter Greenaway, contudo, Woody Allen, encaixa melhor neste exercício – as discussões filosóficas sob o efeito do soju, com Areum a superar o “patrão” nas questões incognoscíveis, ou seja: as questões que não se podem conhecer pela razão e inteligência - remete-nos para o norte-americano. <br /> <br />Hong Sang-soo cada vez “ocidentalizado”, provavelmente, mais “globalizado”, o termo mais correto nos tempos que correm. As Histórias sobre o adultério, não fazem diferença em qualquer parte do mundo nem da época em que ocorrem. <br /> <br />Este “O Dia Seguinte” em nada fica a dever, em comparação à sua outra belíssima obra “Noutro País” . Filme genial filmado num b&w perfeito. Obrigatório ver este que é um dos melhores filmes do ano, sem qualquer dúvida.(****)
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