Manchester by the Sea

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Drama 137 min 2016 05/01/2017 EUA

Título Original

Sinopse

Lee Chandler, um encarregado de limpeza, tenta lidar com a súbita a morte do irmão após um ataque cardíaco e cuidar do seu sobrinho. Para isso, retorna a Manchester-by-the-Sea, a pequena cidade do Massachusetts que o viu nascer e que dá nome ao filme.

Com Casey Affleck (irmão de Ben) à frente de um elenco do qual também constam nomes como Michelle Williams, Kyle Chandler, Lucas Hedges e Gretchen Mol, este drama recebeu os Óscares de melhor actor e argumento original em 2017. Foi escrito e realizado por Kenneth Lonergan (Podes Contar ComigoMargaret), um nova-iorquino que começou como dramaturgo e escreveu os guiões de Uma Questão de Nervos, de Harold Ramis, ou Gangs de Nova Iorque, de Martin Scorsese. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

É preciso mais do que sonambulismo indie para fazer um filme notável

Luís Miguel Oliveira

É tudo tão emocionalmente manipulado em Manchester by the Sea que a simpatia inicial vai dando lugar a uma exasperação crescente, e depois a um encolher de ombros.

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O vencido da vida

Jorge Mourinha

Manchester by the Sea, crónica do regresso a casa de um Casey Affleck vencido pela vida, não é a obra-prima que a aclamação crítica anuncia.

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Críticas dos leitores

O sofrimento não enobrece, degrada!

Elisa

Excepcional É que não há volta a dar! De uma contenção que rebenta... <br />Cuidadoso no ritmo duro, lento ... <br />Os detalhes, os detalhes e os detalhes - a ambulância encravada..., a cena da esquadra..., o diálogo pungente entre eles os dois ..., o silêncio ..., a lentidão ..., a 'normalidade' da vida .. as decisões, os olhares... os silêncios e as cenas onde "não se passa nada", a pesarem imenso <br />... para além de comovente, realismo que dói <br />As performances, Casey Affleck, impecável!, Michelle Williams ...e todos.<br /> <br />Não brinquem com a dor...a dor dói e o sofrimento não enobrece, degrada... e mata <br />E isto tudo muito bem retratado ali, sem ponta de lamechice, claro, ou nada faria sentido.<br /> <br />Devia ser obrigatório.  <br />
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Manchester by the sea

Aurora

Um filme pleno de emoção... com uma interpretação fabulosa !
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Um filme luminoso

H Oliveira

Da perda, da dor, da morte, do luto, da sobrevivência, do pudor, um pudor imenso num filme luminoso! <br /> Um actor habitado, uma personagem mineral atravessando os dias no tempo sem tempo.... <br /> E uma emoção no olhar! <br />"Manchester by the Sea" é intenso e belo.
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Dececionada

Cláudia

Após tanta promoção, julguei um filme diferente. <br />Um drama deve mexer com o espetador. Este, contrariamente, não passa qualquer emoção, nenhuma lema. <br />Produção muito parada. <br />
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Sem emoção

Rita Lisboa

Típico drama, cheio de tragédia mas sem emoção. A história não é nada de jeito, detestei o filme.
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Trágico e belo

Pedro Brás Marques

A vida raramente se desenrola como a planeamos e ainda menos como a sonhamos. Quando todo corre mal e da pior maneira possível, onde é que se poderá ir buscar forças para voltar a ver sentido na existência? <br />Esse é o drama de Lee Chandler. Começamos por vê-lo enquanto zelador de vários prédios. Trata de tudo, desde o sistema eléctrico à limpeza. Não se ri, não se interessa verdadeiramente por nada, é a apatia personificada. Sabe de mulheres interessadas nele, mas não devolve a simpatia, antes o vemos bem mais interessado a desentupir sanitas cheias de porcaria. Um dia o telefone toca. O irmão tinha morrido. Regressa à sua cidade natal, onde encontra não só o sobrinho como todo o pesado e terrível passado de que havia fugido. Sim, porque ninguém no seu perfeito juízo aguenta incólume o impacto atómico do drama que ele viveu. Lee perdeu não só o que tinha de mais precioso como ainda viu desaparecer o casamento, a mulher que amava e o próprio gosto pela vida. Mas aquele irmão, Joe, que sabia estar a viver a prazo por via duma doença congénita incurável, deixou-lhe uma tarefa testamentária: confiou-lhe a educação e os bens de Patrick, o seu único filho. E lentamente, Lee começa a preocupar-se, a querer saber… Mas será o suficiente para o fazer emergir das negras profundezas por onde “escorre os medos do mar sem fundo”? <br />“Manchester by the sea” não é uma história de imediata apreensão. É de digestão lenta, feita à mesma velocidade da vida do protagonista interpretado por Casey Affleck. É um filme de personagens marcadas por vivências interiores turbulentas, embora com respostas diferentes. Lee depara-se com uma tragédia exterior a ele e que até poderia ter evitado, já a de Joe é interior e ele nada contribuiu para tal. Cada um à sua maneira lida com as consequências, mas enquanto Lee se fecha em si, Joe percebe o trauma do irmão e deixa-o com a chave da salvação. Ou seja, depois de Scorcese, o silêncio volta a ser protagonista, agora não como demanda espiritual, mas como ausência de vida interior. <br />O filme é rico em simbolismos, bem para lá da amizade fraternal e familiar que se anuncia como o caminho para vencer as maiores dificuldades. Depois, a cidade de Manchester também não é mar, mas também não é terra. Fica naquela indefinição de estar “à beira-mar” o que ganha ainda mais significado se recordarmos a poderosa imagem do barco onde os irmãos se divertiam indo à pesca. A superfície do mar é sempre aquela linha que separa o consciente e o mundo da luz, do inconsciente e do mundo das trevas. O barco está na fronteira. Flutua se for cuidado. Daí o extraordinário diálogo entre Lee e o sobrinho Patrick, em que este avisa o tio de que o barco ainda vai funcionando, mas precisa de revisão do motor, sob pena de ser desmantelado… “At the end of the day, people find some reason to believe”, canta Bruce Springsteen. Lee tinha perdido essa esperança, vagueando sem leme, num corpo sem timoneiro. Mas encontrará o farol na decisão do irmão e um porto seguro na afectividade do sobrinho? Ou estará para todo o sempre prisioneiro da sua culpa? <br />Casey Aflleck dá corpo e alma ao atormentado Lee. Olhar perdido, uma postura de indiferença, um retrato perfeito do que é um ser humano sem qualquer ambição, que espera o desenrolar dos dias com o mesmo interesse que teria ao ver relva a crescer… Um “underacting” maravilhoso, de uma contenção emocional brutal, só quebrada pela ocasional vontade de sofrer, como quando provoca clientes no bar da cidade. Quanto à realização de Kenneth Lonergan, nada a dizer senão que se adequa perfeitamente ao ritmo da história que o próprio escreveu, com tons cinzentos e planos longos a sublinharem a melancolia que perpassa por todo o filme.
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Trágico e belo

Pedro Brás Marques

A vida raramente se desenrola como a planeamos e ainda menos como a sonhamos. Quando todo corre mal e da pior maneira possível, onde é que se poderá ir buscar forças para voltar a ver sentido na existência? <br />Esse é o drama de Lee Chandler. Começamos por vê-lo enquanto zelador de vários prédios. Trata de tudo, desde o sistema eléctrico à limpeza. Não se ri, não se interessa verdadeiramente por nada, é a apatia personificada. Sabe de mulheres interessadas nele, mas não devolve a simpatia, antes o vemos bem mais interessado a desentupir sanitas cheias de porcaria. Um dia o telefone toca. O irmão tinha morrido. Regressa à sua cidade natal, onde encontra não só o sobrinho como todo o pesado e terrível passado de que havia fugido. Sim, porque ninguém no seu perfeito juízo aguenta incólume o impacto atómico do drama que ele viveu. Lee perdeu não só o que tinha de mais precioso como ainda viu desaparecer o casamento, a mulher que amava e o próprio gosto pela vida. Mas aquele irmão, Joe, que sabia estar a viver a prazo por via duma doença congénita incurável, deixou-lhe uma tarefa testamentária: confiou-lhe a educação e os bens de Patrick, o seu único filho. E lentamente, Lee começa a preocupar-se, a querer saber… Mas será o suficiente para o fazer emergir das negras profundezas por onde “escorre os medos do mar sem fundo”? <br />“Manchester by the sea” não é uma história de imediata apreensão. É de digestão lenta, feita à mesma velocidade da vida do protagonista interpretado por Casey Affleck. É um filme de personagens marcadas por vivências interiores turbulentas, embora com respostas diferentes. Lee depara-se com uma tragédia exterior a ele e que até poderia ter evitado, já a de Joe é interior e ele nada contribuiu para tal. Cada um à sua maneira lida com as consequências, mas enquanto Lee se fecha em si, Joe percebe o trauma do irmão e deixa-o com a chave da salvação. Ou seja, depois de Scorcese, o silêncio volta a ser protagonista, agora não como demanda espiritual, mas como ausência de vida interior. <br />O filme é rico em simbolismos, bem para lá da amizade fraternal e familiar que se anuncia como o caminho para vencer as maiores dificuldades. Depois, a cidade de Manchester também não é mar, mas também não é terra. Fica naquela indefinição de estar “à beira-mar” o que ganha ainda mais significado se recordarmos a poderosa imagem do barco onde os irmãos se divertiam indo à pesca. A superfície do mar é sempre aquela linha que separa o consciente e o mundo da luz, do inconsciente e do mundo das trevas. O barco está na fronteira. Flutua se for cuidado. Daí o extraordinário diálogo entre Lee e o sobrinho Patrick, em que este avisa o tio de que o barco ainda vai funcionando, mas precisa de revisão do motor, sob pena de ser desmantelado… “At the end of the day, people find some reason to believe”, canta Bruce Springsteen. Lee tinha perdido essa esperança, vagueando sem leme, num corpo sem timoneiro. Mas encontrará o farol na decisão do irmão e um porto seguro na afectividade do sobrinho? Ou estará para todo o sempre prisioneiro da sua culpa? <br />Casey Aflleck dá corpo e alma ao atormentado Lee. Olhar perdido, uma postura de indiferença, um retrato perfeito do que é um ser humano sem qualquer ambição, que espera o desenrolar dos dias com o mesmo interesse que teria ao ver relva a crescer… Um “underacting” maravilhoso, de uma contenção emocional brutal, só quebrada pela ocasional vontade de sofrer, como quando provoca clientes no bar da cidade. Quanto à realização de Kenneth Lonergan, nada a dizer senão que se adequa perfeitamente ao ritmo da história que o próprio escreveu, com tons cinzentos e planos longos a sublinharem a melancolia que perpassa por todo o filme.
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Magia e Tragédia

Nelson Faria

1. Lonergan regressou após "Margaret" e o seu longo braço-de-ferro com o produtor Gary Gilbert. Já muitos opinavam que "Margaret" fosse o canto do cisne para Lonergan. Após algumas hesitações, nomeadamente a de Matt Damon e a sua provável estreia atrás das câmaras, Lonergan regressou ao activo. <br /> <br />2. É uma história de máximo desconforto e de luto quase constante. A história de Lee Chandler, interpretada por Cazey Affleck, entre o violento e o resignado. <br /> <br />3. A câmara está sempre colada a Affleck - por ele passa tudo. O espectador espera sempre mais uma tragédia, mais um revés. O cinema de Lonergan é mágico e de processos simples. É agradável e vicia. Eu vi duas vezes. E quero rever outros pormenores. <br /> <br />4. O "Adágio em Sol Menor", de Albinoni está presente para sublinhar a tragédia que, na vida, não poderia acontecer. Onde estaria Deus? <br /> <br />5. Filme sublime e trágico. Vaticínio: Hollywood vai premiar Lonergan e Affleck.
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Demasiado

Betty

Fotografia maravilhosa. <br />Quanto ao resto, para mim, demasiado pesado. <br />Não apreciei muito. Cansou-me.
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The Young Man Ant The Sea

Ramiro Esteves Ferreira

Temos aqui um filme que retrata a perda e o luto de uma forma contida, sem clichés nem dramatismos bacocos, com uma banda sonora e uma fotografia extraordinárias que tornam a película uma obra de arte cinematográfica. Casey Affleck tem uma interpretação notável, com uma contenção que disfarça uma raiva interior latente que o protagonista solta em vários momentos, devido aos acontecimentos narrados nesta obra tocante e poética.
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