Uma Guerra

Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Drama 115 min 2015 14/07/2016 DIN

Título Original

A War/Krigen

Sinopse

O comandante Claus Michael Pedersen (Pilou Asbæk) conduz um grupo de homens numa missão em Helmand, no Afeganistão. Em casa, na Dinamarca, a mulher cuida dos três filhos de ambos, numa espera desesperada pelo seu regresso. Um dia, numa missão de rotina, Pedersen e os seus soldados são apanhados num fogo cruzado com um grupo inimigo. Para salvar os seus homens, o comandante vê-se obrigado a tomar uma decisão. Porém, a sua precipitação revelar-se-á um erro de consequências terríveis, que o levará a tribunal sob a acusação de crime de guerra…
Com argumento e realização de Tobias Lindholm (“Kapringen”), um filme dramático que mereceu uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. PÚBLICO
 

Críticas dos leitores

Danos colaterais

Nelson Faria

Os nórdicos interessam-se em regra por estes aspectos: a repercussão na vida das pessoas de fenómenos exteriores à sua vontade e de que sofrem pesadas consequências negativas. <br /> <br />É o caso deste filme que relata o sucedido com uma família afegã, vítima dos chamados efeitos colaterais do "fogo amigo" - na Guerra Colonial portuguesa (1961/1973) as populações, fiéis ao regime, viviam igualmente sob a protecção dos militares portugueses. <br /> <br /> Esta família foi exterminada por via de um suposto erro militar. <br /> <br />Vimos actores já nossos conhecidos de "Borgen", série dinamarquesa que passou recentemente na RTP-2, de grande qualidade. Na primeira parte do filme relata-se o ambiente em que vive o contingente militar dinamarquês; na segunda parte é um filme de tribunal, neste caso de tribunal militar. O filme vê-se com agrado e fixa a atenção do espectador; um filme que documenta situações, hoje em dia triviais, nos diferentes cenários de guerra. <br /> <br />Estes contingentes de tropas que, de diversos países, partem para os diferentes cenários de guerra, são constituídos por militares profissionais, que aproveitam estas ocasiões para aumentarem os seus pecúlios e progredirem nas respectivas carreiras. É um aspecto novo na intervenção militar. Como foram feitas as guerras de África nas colónias portuguesas e no Vietman pelos USA? Com recurso a militares em regime de serviço militar obrigatório, totalmente diferente do que se observa hoje - guerra de intervenção de média duração e repartida por diferentes países. A tecnologia é, nos dias de hoje, decisiva para o modelo, nomeadamente a existência de drones...
Continuar a ler

2 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

<p>Uma Guerra (candidato dinamarquês ao Óscar na categoria de melhor filme estrangeiro) é uma obra de cariz dramático, como seria previsível pela temática que aborda (os esforços efectuados pela comunidade internacional para a manutenção da paz precária no dilacerado Afeganistão), que se divide em dois grandes momentos (metade filme de guerra, metade filme de tribunal). Através deles, o realizador Tobias Lindholm tenta examinar as questões morais e éticas subjacentes a uma decisão tomada por um militar no comando de um dos contingentes militares estrangeiros no terreno (alvo de julgamento como eventual crime de guerra), com o intuito de salvar a sua equipa aquando de uma emboscada efectuada por um grupo de talibãs que terá consequências desastrosas para a população local (bem como, a posteriori, para a sua própria família). <br /> <br />O militar em apreço é o centro da narrativa. Numa primeira parte acompanhá-lo-emos nas rotinas do seu dia-a-dia enquanto soldado destacado no Afeganistão (e, em simultâneo, seguiremos a dinâmica familiar da mulher e três filhos deste, aquando da sua ausência). Portanto, a originalidade e inovação em relação a outros filmes desta natureza é quase nula (aliás, banalidade, clichés e previsibilidade são características que lhe são estreitamente inerentes). E tal facto nem sequer é compensado com uma hipotética espectacularidade ao nível das cenas de combate (faça-se-lhe, contudo, a devida vénia pela opção por uma abordagem algo realista e sem grandes floreados e/ou melodramas hollywoodescos). </p><p><br />Na segunda parte, que decorre quase na integra num tribunal, a história torna-se mais complexa e atractiva por aflorar algumas questões interessantes, todavia, infelizmente, cedo perde o ritmo. <br />Em suma, não estamos em presença de uma de uma obra imprescindível, e como tal nem sequer percebo todo um culto que se gerou em seu redor.</p>
Continuar a ler

2 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Uma Guerra" (candidato dinamarquês ao óscar na categoria de melhor filme estrangeiro) é uma obra de cariz dramático, como seria previsível pela temática que aborda (os esforços efectuados pela comunidade internacional para a manutenção da paz precária no dilacerado Afeganistão), que se divide em dois grandes momentos (metade filme de guerra, metade filme de tribunal). Através deles o realizador Tobias Lindholm tenta examinar as questões morais e éticas subjacentes a uma decisão tomada por um militar no comando de um dos contingentes militares estrangeiros no terreno (alvo de julgamento como eventual crime de guerra), com o intuito de salvar a sua equipa, aquando de uma emboscada efectuada por um grupo de talibãs, que terá consequências desastrosas para a população local (bem como, à posteriori, para a sua própria família). <br /> <br />O militar em apreço é o centro da narrativa. Numa 1ª parte acompanhá-lo-emos nas rotinas do seu dia-a-dia enquanto soldado destacado no Afeganistão (e, em simultâneo, seguiremos a dinâmica familiar da mulher e três filhos deste, aquando da sua ausência). Portanto, a originalidade e inovação em relação a outros filmes desta natureza é quase nula (aliás, banalidade, clichés e previsibilidade são características que lhe são estreitamente inerentes). E tal facto nem sequer é compensado com uma hipotética espectacularidade ao nível das cenas de combate (faça-se-lhe, contudo, a devida vénia pela opção por uma abordagem algo realista e sem grandes floreados e/ou melodramas hollywoodescos). <br />Na 2ª parte, que decorre quase na integra num tribunal, a história torna-se mais complexa e atractiva por aflorar algumas questões interessantes, todavia, infelizmente, cedo perde o ritmo. <br />Em suma, não estamos em presença de uma de uma obra imprescindível, e como tal nem sequer percebo todo um culto que se gerou em seu redor.
Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!