Quarto

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Drama 118 min 2015 11/02/2016 CAN, IRL

Título Original

Sinopse

Com apenas cinco anos de idade, Jack não faz ideia de que o quarto onde sempre viveu é o lugar onde a mãe tem sido mantida prisioneira durante os últimos sete anos. Apesar de a criança ser fruto de uma violação, ele tem sido a força que tem mantido a rapariga viva. Com esforço, ela tenta, de todas as formas, proporcionar-lhe uma vida “normal”, fazendo o pequeno acreditar que aquele lugar é o mundo inteiro e que o que vêem através do ecrã da televisão nada mais é do que uma fantasia. Quando o captor os informa de que foi despedido e que em breve deixará de poder trazer-lhes mantimentos, a mãe entra em pânico. Decidida a encontrar um modo de garantir a sobrevivência de Jack, arranja uma forma de ele escapar. E é assim que ele informa a polícia e ela é encontrada e libertada. Porém, quando mãe e filho se encontram fora daquele espaço, vão perceber que, de tão habituados à clausura, a liberdade pode ser quase tão aterradora como a total ausência dela.
Com realização de Lenny Abrahamson segundo um argumento de Emma Donoghue, um filme dramático sobre sobrevivência e capacidade de adaptação que se baseia no “best-seller” homónimo de Emma Donoghue. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Discurso social com o rabo de fora

Luís Miguel Oliveira

Versão neutralizada da tradição realista britânica, Quarto é de uma enfadonha sensaboria.

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Prisão em si

Jorge Mourinha

Nem realismo britânico, nem frieza austríaca, Quarto, de Lenny Abrahamson perde-se no modo demasiado cauteloso como lima as suas arestas.

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Críticas dos leitores

Emocionante

Regina Rego

Jack é um menino bastante inteligente que sempre viveu com a mãe durante cinco anos dentro de um quarto. Para ele não existia mais nada além do quarto...
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Fabuloso

Sandra Lopes

Um filme com uma história intensa e terna, que nos deixa a desejar sermos melhores seres humanos... Dois atores que mereciam mesmo o Oscar... Que ganhe pelo menos Brie Larson, já que é a única nomeada. Grandes interpretações num fidedigno retrato do livro "O Quarto de Jack"
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Jack é um miúdo de cinco anos que desde sempre viveu com a mãe num "quarto" fechado, sem qualquer contacto com o mundo exterior, embora o mesmo lhe entrasse todos os dias naquele cubículo através da tv (no entanto, este era apenas percepcionado pelo menor como pura magia, na medida em que a progenitora, para o poupar às agruras e frustrações de uma vivência sem passado nem futuro, lhe incutiu a ideia de que o planeta se cingia àqueles poucos metros quadrados que tão bem conheciam). Até ao dia em que decide encetar um plano de fuga ... e não, não estou a ser spoiler, tudo isto é subentendido no trailer de apresentação. <br /> <br />Basicamente este filme pode considerar-se divido em dois capítulos, mais concretamente, e de uma forma simplista, o cativeiro e o pós-cativeiro. E se a primeira parte é original e algo poética/tocante, graças às cativantes histórias contadas pela mãe, bem como às interessantes rotinas por si inventadas para que a felicidade nunca abandonasse o seu petiz (para além de contar com um irrepreensível trabalho de câmara, que opera milagres num espaço cénico limitadíssimo), já na segunda parte o realizador não consegue manter o mesmo nível de excelência, perdendo alguma da intensidade dramática inicial. De facto, a sensação de permanente ansiedade e claustrofobia, que nos havia assaltado até então, esvai-se aos poucos, talvez por dispersar-se em demasia ao querer abarcar toda uma série de vertentes relacionadas com a temática dos sequestros com cativeiro (algumas delas interessantes) - só faltou mesmo a questão do síndrome de Estocolmo para termos o "pacote completo"-, que resultaram necessariamente sintéticas e "apressadas". E é pena porque, devido a esta ausência de homogeneidade do seu todo, brinda-nos "simplesmente" com um filme razoável, quando teve em mãos a hipótese de construir uma obra inesquecível. <br />Todavia, se há aspecto que não sofre de qualquer "heterogeneidade" é a performance da dupla de actores (Brie Larson - que parece ser a favorita para o óscar de melhor actriz/ Jacob Tremblay), que mantem uma qualidade superior inquestionável ao longo de toda a película (onde foram desencantar aquele miúdo?!?).
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Yin/Yang

Pedro Brás Marques

Quando Xavier de Maistre escreveu “Un Voyage au Tour de ma Chambre”, projectando que não era necessário sair do quarto para poder viajar por todo o Mundo, assim ironizando com os relatos de viagens tão em voga naquele século XVIII, estaria longe de pensar que o sujeito de um tal texto pudesse estar literalmente preso dentro dum quarto. Mas é o que acontece com o miúdo protagonista deste “Room/O Quarto de Jack”. <p> Jack nasceu há cinco anos e só conhece a mãe e o raptor desta que os mantém no cativeiro. O seu Mundo são os parcos metros quadrados do quarto onde vive e de onde escapa graças à mãe que a deixa voar nas asas da sua imaginação prodigiosa. Mas, um dia, o raptor e pai, acaba por desabafar que proximamente iria ficar desempregado o que leva a mãe de Jack a pôr em acção um plano para libertar o filho e, este, eventualmente obter ajuda. </p><p> O argumento do filme remete imediatamente para acontecimentos recentes de carácter similar, curiosamente ambos ocorridos na Áustria. Foi, primeiro, a história de Natascha Kampush, que passou oito anos em cativeiro, e a incrível família de Josef Fritz, o “monstro de Amstetten”, que sequestrou e violou a filha, tendo com ela teve vários filhos ao longo dum cativeiro de vinte e quatro anos. São experiências-limite, duma violência psicológica difícil de explicar, de perceber e, ainda menos, de retratar. </p><p> Mas a verdade é que Lenny Abrahamson fez um trabalho muito meritório nesta produção canadiano-irlandesa. Dividindo o filme em duas partes distintas, dentro e fora do quarto, conseguiu mostrar o dia-a-dia conformado das duas vítimas, os seus esforços e medos, que não se eclipsaram quando conseguiram a liberdade. Jack é o cavaleiro que irá libertar das garras do dragão a mãe prisioneira, mas essa não será a única prisão de que a mãe tem de se libertar. Porque se Jack rapidamente se adapta à nova realidade, tudo é diferente em relação à mãe pois, uma vez saída do “quarto”, levantam-se-lhe e levantam-lhe questões de moralidade e de oportunidade sobre o porquê de ter demorado tanto tempo a tentar a fuga. Pior, interrogam-na se não quis manter a situação para que o filho fosse literalmente seu. Foi amor ou foi egoísmo? Esta complexidade emocional, magnificamente exteriorizada por Brie Larson, acaba por resgatar o filme dum perigoso registo dualista entre inferno/céu ou prisão/liberdade. Porque, muitas vezes, as piores prisões são as que estão dentro de nós e não aquelas onde possamos estar fisicamente agrilhetados. Daí a necessidade de Jack e da mãe em regressarem ao “castelo”. Mas quanto à forma de exorcizar fantasmas, só há um caminho: enfrentá-los. </p>
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Jack é um miúdo de cinco anos que desde sempre viveu com a mãe num "quarto" fechado, sem qualquer contacto com o mundo exterior, embora o mesmo lhe entrasse todos os dias naquele cubículo através da TV (no entanto, este era apenas percepcionado pelo menor como pura magia, na medida em que a progenitora, para o poupar às agruras e frustrações de uma vivência sem passado nem futuro, lhe incutiu a ideia de que o planeta se cingia àqueles poucos metros quadrados que tão bem conheciam). Até ao dia em que decide encetar um plano de fuga... e não, não estou a ser “spoiler”, tudo isto é subentendido no trailer de apresentação. <p> Basicamente este filme pode considerar-se divido em dois capítulos, mais concretamente, e de uma forma simplista, o cativeiro e o pós-cativeiro. E se a primeira parte é original e algo poética/tocante, graças às cativantes histórias contadas pela mãe, bem como às interessantes rotinas por si inventadas para que a felicidade nunca abandonasse o seu petiz (para além de contar com um irrepreensível trabalho de câmara, que opera milagres num espaço cénico limitadíssimo), já na segunda parte o realizador não consegue manter o mesmo nível de excelência, perdendo alguma da intensidade dramática inicial. De facto, a sensação de permanente ansiedade e claustrofobia, que nos havia assaltado até então, esvai-se aos poucos, talvez por dispersar-se em demasia ao querer abarcar toda uma série de vertentes relacionadas com a temática dos sequestros com cativeiro (algumas delas interessantes) - só faltou mesmo a questão do síndrome de Estocolmo para termos o "pacote completo"-, que resultaram necessariamente sintéticas e "apressadas". E é pena porque, devido a esta ausência de homogeneidade do seu todo, brinda-nos "simplesmente" com um filme razoável, quando teve em mãos a hipótese de construir uma obra inesquecível. <br /> Todavia, se há aspecto que não sofre de qualquer "heterogeneidade" é a performance da dupla de actores (Brie Larson - que parece ser a favorita para o óscar de melhor actriz/ Jacob Tremblay), que mantem uma qualidade superior inquestionável ao longo de toda a película (onde foram desencantar aquele miúdo?!?). </p>
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Quarto sem "janela"

Pedro Ferreira

Nem todos os filmes “claustrofóbicos” nos prendem à cadeira. <br />Assistir ao dia-a-dia de uma criança com apenas 5 anos de idade com a sua mãe, confinados em 10 metros quadrados é pesado mas apesar de tudo o pequeno Jack ainda tem sonhos. O filme acaba por se perder um pouco no decurso da história quando a “liberdade” nos apresenta as dificuldades da mãe com a nova “vida”.
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Quarto sem "janela"

Pedro Ferreira

Nem todos os filmes “claustrofóbicos” nos conseguem agarrar ao ecrã como este. O mundo aos olhos de Jack, as dificuldades de adaptação ao “novo mundo” depois de sair dos “10 metros quadrados”, e os sonhos de uma criança de 5 anos. Um bom registo cinematográfico.
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Quarto

Aida Moniz

Filme bem concebido. Filme real, pode acontecer. Nele vê-se uma solidão de sobrevivência, uma obediência, uma submissão que arrepia. O céu e o mundo através de uma clarabóia! <br />Há crianças e mulheres em liberdade e que só alcançam isso... <br />Gostei. Aida Campos Moniz
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