Mustang

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Drama 97 min 2015 M/12 18/02/2016 ALE, FRA, Qatar, Turquia

Título Original

Mustang

Sinopse

É Verão na Turquia. Lale e as suas quatro irmãs vivem numa pequena aldeia com a avó e com o tio. Um dia, depois do fim das aulas, são apanhadas a brincar na praia com alguns colegas de escola. A brincadeira, apesar de inocente, é mal interpretada pelos familiares, que a consideram inapropriada. O castigo não tarda e as cinco raparigas são fechadas em casa, proibidas de qualquer contacto com o mundo exterior. A casa da família transforma-se lentamente numa prisão e os seus casamentos começam a ser planeados. Porém, incapazes de se deixarem dominar, elas encontram as suas próprias formas de contornar as regras que lhes são impostas.
Estreia na realização de longa-metragem de Deniz Gamze Ergüven, “Mustang” foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro (representando a França). PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Por causa delas Mustang não esmorece

Luís Miguel Oliveira

Estas miúdas emprestam ao filme um misto de indolência e energia estivais, o suficiente para que Mustang nunca esmoreça por completo - mesmo quando já se tornou evidente que não tem mais ideias para além de ilustrar uma agenda bem intencionada.

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Críticas dos leitores

A luta feminina pela liberdade...

Patrícia Silva

Filme que retrata bem a cruel situação da mulher, que ainda se verifica em certas culturas. Comovente e muito belo, em particular, para nós mulheres. Nós, que assistimos a coisas que já não nos lembrávamos ser possível acontecerem. Nós, que vemos a luta, quase impossível, pela liberdade de ser mulher, e um Ser humano igual aos outros. Com sonhos, com inteligência, com vontade de viver. Uma luta só possível graças à solidariedade de alguns elementos improváveis... Muito bom. Libertador e inspirador. Aproveitem, que ainda está em exibição, e vão ver.
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Quando a tradição já não é o que era...

Pedro Brás Marques

Há uns anos, um memorável anúncio televisivo anunciava as virtudes duma bebida alcoólica sentenciando que “a tradição já não é o que era!”. Mas, por vezes, ainda é e quando esse anacronismo choca com os valores contemporâneos, o resultado é imprevisível. <br /> <br />“Mustang” passa-se numa aldeia remota da Turquia, situada próxima das margens do Mar Negro. Uma comunidade tradicional, completamente patriarcal e ainda mergulhada em costumes ancestrais, como casamentos arranjados e mulheres vestidas com túnicas “cor de merda”, como refere Lale, a mais nova das cinco órfãs adolescentes que vivem com a avó e com o tio. E é aqui que começam os problemas, pois elas estão naturalmente maravilhadas com as cores da adolescência, enquanto a família continua perfeitamente presa às tradições locais. Mas, um dia, elas resolvem ir até à praia com um grupo de rapazes, colegas da escola, e brincam uns com os outros, todos vestidos e sem qualquer contacto de foro íntimo. A avó sabe, dá-lhes uma tareia e proíbe-as de saírem de casa até casarem. A partir daí a história de cada uma das irmãs evolui em sentidos completamente diferentes, entre o feliz e o trágico. <br /> <br />A insatisfação com aquele mundo e a vontade de transgredir e de se afirmarem é bem vincada logo no início, quer no episódio da praia, como logo a seguir quando se divertem a roubar fruta a um vizinho, quando fogem de casa para ia ao futebol e aparecem na televisão (e a família corta a electricidade à aldeia para evitar “a vergonha”…) ou, ainda, quando se opõe às decisões familiares. É a luta entre duas mundividências distintas, uma presa ao passado e, a outra, virada para o futuro. Toda a história é focalizada na mais nova, a rebelde, destemida e teimosa Lale, a “Mustag” do título que tenta salvar-se não só a si como às irmãs. <br /> <br />A realizadora franco-turca Deniz Gamze Ergüven, que refere haver muito de auto-biográfico no filme, tem a virtude de contar esta história sem recorrer a moralismos ou a condenações precipitadas. As duas realidades aqui em choque existem e há gente boa e intencionada dos dois lados. O problema é que o mundo gira e nem todos têm a coragem de girar com ele e o resultado desta fricção pode ser dramático, como por vezes acontece e como aqui se verifica. Porque a natureza de cada uma das irmãs é distinta. Se uma é rebelde, outra é conformada e outra traça o seu destino. <br /> <br />Momentos houve em que foi impossível não recordar o filme inicial de Sofia Coppola, “As Virgens Suicidas”, na perspectiva de, em ambos, termos várias adolescentes a gerirem o seu tempo e o seu comportamento em grupo. Este “Mustang” é mais pragmático, não tem a “inexplicabilidade” das miúdas do filme americano, mas não é por isso que deixa de ser perturbador. Porque aquilo passa-se agora. E à semelhança destas irmãs, haverá milhares de outras cujas ambições de vida são castradas na adolescência, por via de costumes completamente anacrónicos. A maior parte deixa-se domesticar até porque, dada a sua condição de submissão, poucas têm a energia dum indomável “Mustang”.
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Saber filmar "estrelas"

Pedro Ferreira

Filme agradável… muito agradável mesmo… que nos faz pensar na hipocrisia de culturas e de pessoas que se dizem detentoras da “moral e dos bons costumes”. Depois de alguma intoxicação cinematográfica americana tipo “McDonald's”, sabe e faz bem uma “dieta” e logo com um primeiro prato realizado por uma chef de qualidade… que soube muito bem escolher os condimentos, especialmente os 5 condimentos principais. Vá ao CINEMA e faça esta dieta.
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Mustang!

Maria Morango

Fabuloso! Um dos melhores filmes que vi na vida!
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Bonito cinema não americano

João Carlos Fernandes

Divertida e dramática metáfora sobre o sofrimento provocado às mulheres nas sociedades tradicionalistas machistas que ainda perduram. <br />Recomendo. <br />Infelizmente, os críticos do Público afastam sistematicamente o público dos filmes não americanos por não corresponderem aos cânones com que foram colonizados.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Esta primeira obra da turca Deniz Gamze Ergüven, que é candidata ao Óscar de melhor filme estrangeiro pela França (apesar de tratar-se de uma co-produção francesa/turca/alemã), é inúmeras vezes citada como a versão muçulmana do filme "Virgens Suicidas". Todavia, tal afirmação constitui uma autêntica blasfémia para com a Sofia Coppola. De facto, este Mustang não lhe chega aos calcanhares, pois, apesar de pegar pelos cornos num tema politico/religioso/social polémico (os casamentos arranjados - nalguns casos envolvendo menores de idade - no seio das famílias conservadoras da Turquia) não tem capacidade para o analisá-lo e expô-lo de um modo realista. Por retratar os personagens adultos de um modo pouco credível (a forma como tenta associá-los ao machismo, ao patriarcalismo, a inexistência de liberdade sexual , à violência doméstica e à negação do direito à educação soa algo bacoca e, não poucas vezes, quase roça o ridículo), bem como por ao nível da narrativa passar "8 ao 80" num ápice (com mudanças bruscas e extremas de comportamentos - num dia a família das 5 irmãs orfãs retratadas no filme permitia-lhes todas as liberdades, no dia seguinte aprisiona-as em casa, como se os valores morais e culturais fossem traços que surgem ou mudam repentinamente). E, se tal não fosse suficiente, ainda nos brinda com um final simplesmente surreal. <br /> <br />O verdadeiro interesse deste filme reside na naturalidade com que a realizadora capta a interacção entre as 5 miúdas (o verdadeiro "abono de família" desta obra).
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Quase bom!

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque achei o argumento interessante, que era a vida de 5 irmãs adolescentes na Turquia rural e conservadora. <br /> <br />Gostei do filme, vê-se bem, a história é original e dá-nos um retrato fiel de uma Turquia mais conservadora que ainda existe fora das grandes cidades. <br /> <br />Estamos perante um filme que está perto do bom. <br /> <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 13 valores a este filme.
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