Timbuktu

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97 min 1914 M/14 28/05/2015 FRA

Título Original

Timbuktu

Sinopse

Tombuctu (também chamada de Timbuktu), no Mali, é cidade Património Mundial da UNESCO desde 1988. De pequena povoação perdida no deserto do Sara, o lugar transformou-se, ao longo dos séculos, em capital intelectual e espiritual de África, um oásis no deserto que foi despertando a atenção do mundo. Em 2012, a cidade é ocupada por um grupo islâmico liderado por Iyad Ag Ghaly. O medo e a incerteza apoderam-se daquele lugar. Por ordem dos fundamentalistas religiosos, a música, o riso, os cigarros e o futebol são banidos. As mulheres são obrigadas a usar véu e a mostrar submissão total. A cada dia surgem novas leis para serem cumpridas e a vida de cada um dos habitantes vai sendo modificada tragicamente. Não muito longe dali vive Kidane com a mulher Satima, a filha Toya e Issan, um jovem pastor de 12 anos. A existência desta família, até agora tranquila, vai alterar-se abruptamente quando Kidane é acusado de um crime…
Realizado pelo mauritano Abderrahmane Sissako, um filme dramático, baseado num episódio real, que tenta denunciar a propagação do fundamentalismo. Depois da sua passagem pelo Festival de Cinema de Cannes, "Timbuktu" foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e venceu sete prémios César: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Original (Abderrahmane Sissako, Kessen Tall), Melhor Música Original (Amine Bouhafa), Melhor Som (Philippe Welsh, Roman Dymny, Thierry Delor), Melhor Fotografia (Sofian El Fani) e Melhor Montagem (Nadia Ben Rachid). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Tragédias do quotidiano

Jorge Mourinha

Enganadoramente simples, Timbuktu é um delicado e humanista apelo à tolerância.

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A cidade contra a jihad

Luís Miguel Oliveira

Condenar o Exército Islâmico sem desumanizar os seus protagonistas: eis a proeza de Abderrahmane Sissako.

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Críticas dos leitores

África

Nelson Faria

Já estive em África. Aconteceu entre 1969 e 1971. Era miliciano do Exército Português e, nesse período, estacionei nas matas e bolanhas da Guiné-Bissau, na zona do Quebo (Aldeia Formosa), habitada por fulas, praticantes da religião de Maomé, apesar da extrema pobreza em que viviam. Viviam em palhotas de colmo e barro, eram caçadores e pescadores, não possuíam nada que se assemelhasse à moderna civilização. <p> Eram polígamos os fulas e as mulheres eram compradas. Esquema semelhante visionei no filme. Nada que não tivesse visto "in loco". </p><p> Achei este filme pobre. A mensagem é curta. Todos sabemos pela História como se comportam os vencedores e ocupantes na guerra ou na tomada de terrenos. De forma despótica e desumana. Também não foi estranha a questão da riqueza pessoal se medir em termos do número de cabeças de gado possuídas ou do número de mulheres (que eram - e são - somente força de trabalho e parideiras do comprador). </p><p> O ISIS é o que o é. Bárbaro e devastador. Aqui, ironicamente, apresenta-se algo dialogante, embora dominador e cruel. </p><p> 2 estrelas. </p>
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*****

Nuno Alves

Um filme comovedor e muito belo. Essencial para poder compreender o extremismo religioso no médio oriente. A não perder, para quem gosta de ver bom cinema.
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Timbuktu

Helena M.O.

César 2015 melhor filme, melhor realizador, melhor argumento, melhor fotografia, melhor som, melhor montagem. <br />Uma narração poética através da dignidade contra o horror jihadista! <br />Um filme muito belo. A não perder!
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Timbuktu" relata, de um modo algo metaforizado e quase poético (muito graças ao exotismo da magnifica fotografia e aos silêncios e palavras não ditas que são "verbalizadas" pelos grandes planos dos olhares e expressões dos actores amadores nativos, que lhe conferem um “je ne sais quoi” de naturalismo - o que constitui a "mais valia" deste filme, que não compensa de todo a falta de realismo do mesmo), a rotina diária de cidade histórica do norte do Mali cativa pelos obscurantistas irracionais do Estado Islâmico, actualmente povoada por "zombies" privados de qualquer espécie de liberdade(s) e acesso à(s) arte(s) e cultura. <br /> E se esta opção por parte do realizador de denunciar as atrocidades dos fundamentalistas religiosos de um modo "soft" e não maniqueísta, sem condenações de índole moral (fugindo ao caminho fácil da "diabolização") é, de algum modo, louvável, não deixa de ser, igualmente verdade, que, desta forma, quase "branqueia" a sua imagem (embora, se perceba não ser essa a sua intenção), uma vez que eles nos surgem como simples seres ignorantes e contraditórios (por vezes, quase inofensivos). <br /> Se a isto acrescentarmos o facto de ser um produto altamente estilizado e fragmentado, com uma narrativa seca (e progressão dramática pobre) e personagens (de um modo geral) pouco "aprofundadas" poder-se-ia pensar estarmos perante uma película dispensável, contudo, isso não corresponde à realidade, dado que esta é detentora de cenas fabulosas (como por ex., a dos miúdos que jogam futebol com uma bola imaginária, ou a da rapariga que canta enquanto está a ser punida com chicotadas ou, ainda, a do "grande líder" a fumar às escondidas - prática alienante proibida pela lei islâmica) e, por isso mesmo, é pena que seja tão desigual/heterogénea em termos de qualidade (quase parecendo um filme-mosaico" realizado a várias mãos).
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Já sabíamos

Joaquim Kaddosh

Um filme maliano é sempre bem-vindo a este deserto fílmico em que vivemos graças ao monopólio anglo-saxónico e à subjacente ideologia pró-americana. Contudo, este filme embora simpático não tem nervo, mas há que apoiar, ir ver e consciencializarmo-nos por quem estamos ficando cercados!
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