Nebraska

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Aventura 115 min 2013 M/12 27/02/2014 EUA

Título Original

Nebraska

Sinopse

Apesar do desencanto com a vida e da sua idade avançada, Woody Grant (Bruce Dern) decide fazer uma longa viagem, de Montana ao Nebraska, para reclamar um prémio de um milhão de dólares que julga ter ganho através de uma revista. Apesar do desacordo da esposa (June Squibb) e do resto da família, que o considera demente e pondera colocá-lo num lar de idosos, David (Will Forte), o filho, decide fazer-lhe a vontade e acompanhá-lo nessa jornada, mesmo ciente da inutilidade do projecto. Assim, durante esse percurso, pai e filho acabam por romper as barreiras que os anos se encarregaram de erguer, criando laços que há muito julgavam perdidos. <br />Em competição pela Palma de Ouro na edição de 2013 do Festival de Cannes - onde Bruce Dern arrecadou o prémio de Melhor Actor -, uma história filmada a preto e branco com assinatura de Alexander Payne ("As Confissões de Schmidt", "Sideways", "Os Descendentes"), segundo um argumento de Bob Nelson. "Nebraska" tem ainda seis nomeações para os Óscares, nas categorias de melhor filme, realizador, argumento original, fotografia, actor e actriz secundária (Bruce Dern e June Squibb, respectivamente). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Nebraska

Jorge Mourinha

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Nebraska

Vasco Câmara

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Um homem e o seu milhão de dólares

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Uma História Muito Muito Simples...

C Claro

Em "Nebraska" não se arrisca nada nem se passa do lugar comum. Não há nada neste filme que não tenha sido já dito amiúde e muito melhor. De resto, quem é que ainda não está farto de histórias sobre a decadência da América profunda? Serão estas assim tão relevantes para quem não vive lá? <br />Acresce uma história bem comportadinha, que eleva a moral e na qual tudo é a preto e branco. A tensão dramática é inexistente e os personagens são iguais do princípio ao fim, como se fossem bonecos de porcelana. Sobra uma competência formal que o cinema made in US, ainda assim, não dispensa e um par de actores que fazem bem o "boneco". <br />Dados os pergaminhos com que esta fita de apresenta, foi, para mim, uma grande desilusão. De facto, cada vez desconfio mais do cinema made in USA, mesmo daquele chamado de independente. Contam-se pelos dedos das mãos os realizadores a trabalhar lá, que me fazem esperar ansiosamente por um novo filme seu...
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June Squibb

Álvaro

Filme bem feito sobre a decadência de alguém que vive na América profunda e que nunca deve ter saído do lugar onde viveu nem nunca leu nada e daí ter um fim só um pouco diferente do dos velhos do Alentejo. Mas uma interpretação vale todo o filme: June Squibb. Quando está presente rouba toda a cena.
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Entre a decadência e a esperança

Pedro Brás Marques

Esta é uma história sobre decadência, redenção e esperança de pessoas e de lugares. A América, em especial o Midwest, onde se inclui o estado que dá o nome ao filme, atravessa uma crise económica e isso reflecte-se na vida das pessoas. <p> Woody é um septuagenário sem grandes ambições na vida, mas com uma obsessão: reclamar o prémio de 1 milhão de dólares que ele acha que ganhou, após receber um ‘junk-mail’ a que dá credibilidade. A família bem tenta demovê-lo, mas a sua teimosia leva a melhor. Depois de várias fugas, um dos filhos concorda em levá-lo aos escritórios da empresa mencionada na carta. E partem em viagem, passando pela localidade onde Woody nasceu e cresceu e onde ainda vive a sua família. É um regresso para ele e um percurso de descoberta para o filho. Uma vez que, agora, é “milionário”, acaba por ser visto como um herói local por uns, como fonte de rendimento, por outros... Já o filho, através dos relatos dos amigos, vai descobrindo o passado do pai e refazendo a imagem que tinha dele. </p><p> O paralelismo entre o fim da vida de Woody, a sua crença numa salvação miraculosa, mas igualmente a sua capacidade de sobrevivência e a sua redenção, são uma metáfora para o actual estado da economia norte-americana, onde o desemprego grassa, os cuidados sociais são escassos e onde o abandono do interior é uma constante. Esta melancolia que atravessa um filme cuja história, já de si, tem muito de nostálgica, é ainda sublinhada pelo facto de “Nebraska” ter sido filmado a preto-e-branco, com longos planos onde podemos assistir ao lento desenrolar da acção, mas sem nunca se tornar maçador. Porque aquele é o tempo necessário para as coisas acontecerem… A dimensão psicológica das personagens atinge, aqui, uma dimensão rara no cinema contemporâneo, em especial no norte-americano. Quer Woody, quer o filho David, sem esquecer o “grilo falante” que a todos chama à razão, Kate a mulher e mãe dos dois protagonistas, são pessoas com uma enorme vida interior. É óbvio que para aguentar uma história com um tal peso dramático seriam necessários ingredientes de primeira qualidade. Nos actores, o destaque vai inteiro para Bruce Dern no papel de Woody e para June Squibb no de Kate. Ele, oscilando desconcertantes silêncios com tiradas de profunda sabedoria e ela com um saber de experiência feito, são os dois pólos do que poder ser um fim de vida complicado materialmente, mas vivo e comprometido a dois. Mas estou em crer que nada disto funcionaria se o realizador não fosse Alexander Payne, alguém que sem exibir uma obra extraordinária, tem oferecido grandes frescos sobre o que é a família moderna e o aproximar do fim da vida: foi assim em “As Confissões de Schmidt”, com um dos melhores papéis da carreia de Jack Nicholson enquanto recém-reformado em busca de dar sentido ao que resta da sua existência; ou a complicada partilha de bens contraposta à herança invisível vinda dos antepassados em “Os Descendentes”; e sem esquecer esse grande filme que dá pelo nome de “Sideways”, onde o ‘in vino veritas’ parece ser a fórmula de escape para dois encravados homens de meia-idade. </p><p> É óbvio que não poderia deixar de falar de um outro “Nebraska”, o disco acústico de 1982 de Bruce Springesteen, a sua obra-prima. Aparentemente, nada une estes dois “Nebraskas”, para além do título. Mas a verdade é que, com trinta anos de diferença, ambas investem por uma temática que prova que o colorido e luminoso ‘American Dream’ mais não é que um pesadelo a preto-e-branco, uma terra prometida que faltou à palavra dada… </p>
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Cruel lucidez

Pedro Alhinho

Num excelente preto e branco somos conduzidos pela crueldade das misérias humanas do envelhecimento, da ganância, da cupidez e do embotamento. Personagens demasiado comuns. História demasiado banal. Filmado como um sereno combate de galos entre vergonha (ou a falta dela) e a dignidade. Um grande filme, sobre muitos de nós, mas para muito poucos.
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Tesouro

Luís Telles

O ano de 2013 será lembrado como mais uma data humilhante para o cinema americano: um verdadeiro “deserto de almas” ao qual nem um autor de culto como Steve McQueen sobreviveu. Neste ambiente de devastação criativa, "Nebraska" surge como um pequeno tesouro que urge valorizar: um belíssimo filme e um brilhante itinerário pessoal e coletivo, simultaneamente irónico e pungente.
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Sublime

Jaime Silva

Não há outra palavra para o descrever...
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Era uma vez um idoso alcoólico (possivelmente) com alzheimer, nunca dado a grandes manifestações de carinho familiares, que certo dia recebe no seu domicilio um panfleto publicitário, no qual vem mencionado que poderá ser um dos felizes contemplados com um prémio de 1 milhão de dólares, caso se dirija às instalações da sua empresa no Nebraska (que dista alguns milhares de kms do local em que se encontra). Pronto, eis que está dado o mote, e a peregrinação ao Nebraska passará a ser o grande (e único) objectivo de vida do velhote (por mais que os familiares o tentem convencer do absurdo de tal cruzada). Todavia, tal é a insistência que acaba por demover um dos seus filhos (por caridade) a efectuar consigo a tão ansiada viagem. E lá partem eles, qual D. Quixote e o seu escudeiro Sancho Pança, em busca do tesouro (não) perdido. <br /> <br />Um road-movie (onde o mais importante não é o caminho percorrido, mas sim as relações/emoções que vão despontando ao longo do percurso) belo, sensível, melancólico (sem apelar à choradeira ou à pieguice) e, em simultâneo, divertido (dotado de um sentido de humor peculiar) pela "América do quintal das traseiras". Alexander Payne mostra-nos, desta forma, o retrato de uma América rural a preto e branco (sem qualquer tipo de "verniz"), ignorada, depauperada, com a "modernidade a passar-lhe ao lado", sem esperança/"sangue novo", desencantada - onde apenas se (sobre)vive de memórias (de um passado que nunca foi um "El Dorado"). De igual modo, e com recurso a um guião simples (quase "linear", sem grandes "booms", mas, mesmo assim. cativante, por apostar nas emoções e tensões subtis - porém profundas), reflecte (sem qualquer espécie de moralismos, romantismos e/ou idealizações) sobre o papel (ou ausência deste) dos idosos nas (ditas) sociedades do 1º mundo, o choque geracional (o fosso pais/filhos), e até acerca do sentido da "existência". <br /> <br />E não seria justo se não referisse que uma parte substancial do interesse do filme também advém das magnificas interpretações do velhote (Bruce Derne) e da sua resmungona esposa (June Squibb) - ambos nomeados para os Óscares.
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Era uma vez um idoso alcoólico (possivelmente) com alzheimer, nunca dado a grandes manifestações de carinho familiares, que certo dia recebe no seu domicilio um panfleto publicitário, no qual vem mencionado que poderá ser um dos felizes contemplados com um prémio de 1 milhão de dólares, caso se dirija às instalações da sua empresa no Nebraska (que dista alguns milhares de kms do local em que se encontra). Pronto, eis que está dado o mote, e a peregrinação ao Nebraska passará a ser o grande (e único) objectivo de vida do velhote (por mais que os familiares o tentem convencer do absurdo de tal cruzada). Todavia, tal é a insistência que acaba por demover um dos seus filhos (por caridade) a efectuar consigo a tão ansiada viagem. E lá partem eles, qual D. Quixote e o seu escudeiro Sancho Pança, em busca do tesouro (não) perdido. <br /> <br />Um road-movie (onde o mais importante não é o caminho percorrido, mas sim as relações/emoções que vão despontando ao longo do percurso) belo, sensível, melancólico (sem apelar à choradeira ou à pieguice) e, em simultâneo, divertido (dotado de um sentido de humor peculiar) pela "América do quintal das traseiras". Alexander Payne mostra-nos, desta forma, o retrato de uma América rural a preto e branco (sem qualquer tipo de "verniz"), ignorada, depauperada, com a "modernidade a passar-lhe ao lado", sem esperança/"sangue novo", desencantada - onde apenas se (sobre)vive de memórias (de um passado que nunca foi um "El Dorado"). De igual modo, e com recurso a um guião simples (quase "linear", sem grandes "booms", mas, mesmo assim. cativante, por apostar nas emoções e tensões subtis - porém profundas), reflecte (sem qualquer espécie de moralismos, romantismos e/ou idealizações) sobre o papel (ou ausência deste) dos idosos nas (ditas) sociedades do 1º mundo, o choque geracional (o fosso pais/filhos), e até acerca do sentido da "existência". <br /> <br />E não seria justo se não referisse que uma parte substancial do interesse do filme também advém das magnificas interpretações do velhote (Bruce Derne) e da sua resmungona esposa (June Squibb) - ambos nomeados para os Óscares.
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O melhor filme actualmente em cartaz

Maria Sthal

Uma maravilha de sensibilidade e (des) encantamento. Num tempo em que a população ocidental envelhece cada vez mais e, paradoxalmente, somos invadidos, no cinema e na publicidade por garanhões e ninfetas sabe bem ver um filme assim. Onde as pessoas são pessoas. E os actores realmente encantam. A ver, absolutamente.
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Genero do filme...

Hugo Miguel

Nem comercial nem alternativo... uma seca.
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