Le Havre

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Comédia Dramática 93 min 2011 16/02/2012 FRA, FIN, ALE

Título Original

Sinopse

<p>Cansado da sua pouca sorte como escritor, Marcel Marx (André Wilms) deixa a sua vida para trás e parte com a mulher Arletty (Kati Outinen) para Le Havre, uma pequena cidade portuária da Normandia, França. Ali, num recomeço incomum, ele torna-se engraxador de sapatos, algo que faz alegremente e sem perder o optimismo nem a dignidade que lhe é característica. É então que conhece Idrissa (Blondin Miguel), uma criança africana refugiada, que planeia chegar a Londres, onde encontrará a família. Sem saber o que fazer àquela criança, decide levá-la consigo para casa e tornar-se seu protector. Porém, mesmo contra o cinismo da sociedade, dos problemas que acabam por surgir com a polícia e da doença que ameaça a vida de Arletty, ele não desiste da sua luta por um mundo melhor.<br />Realizado pela finlandês Aki Kaurismäki e estreado na última edição do festival de Cannes, onde foi aplaudido pelo público e pela crítica, "Le Havre" ganhou o Fipresci - Prémio da Crítica Internacional e o Prémio Louis Delluc, um dos mais prestigiantes galardões franceses. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

Le Havre

Jorge Mourinha

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O tempo 
da cerejeira

Luís Miguel Oliveira

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Le Havre

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Welcome

J.F.Vieira Pinto

É mais uma história sobre a Imigração, aquela a que assistimos neste “Le Havre”. Basta ver no “Google maps” a posição deste porto, para perceber a quão “fácil” é a “passagem” para o “outro” lado. <br />Se em “Welcome” – filme de 2009 de Philippe Lioret, o refugiado tenta atravessar a Mancha a nado, neste “Le Havre”, a “tática” inicial seria nos contentores...<br />A vida de Marcel que, segundo a mulher é uma “criança grande”, ganha outro fôlego ao ajudar o jovem africano Idrissa na sua odisseia para chegar a Londres.<br />A vizinhança hostil de Marcel, “transforma-se”<br />radicalmente quando sabe que pode ajudar o refugiado. <br />Um pouco exagerada a situação, fazendo lembrar de imediato “outras” personagens que, de todo, não fazem parte deste filme: “Amélie” e mesmo “ Delicatessen”. As pessoas são muito “generosas” com os “coitadinhos”!...<br />A atuação (fabulosa) de um senhor chamado Roberto Piazza – no youtube procurar “Little Bob Konzert” – uma estrela rock francesa dos anos setenta, completa esta triste história de sobrevivência com um final feliz. O cinema também precisa de histórias com finais felizes, quanto mais não seja para enganar a realidade europeia: os “Idrissas” que pululam por esta europa, não são assim tão “welcome” (bem-vindos) como se desejaria.(***)
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Aqui no bairro, não há milagres

Maragarida M Silva

<p>Há cabides solitários dentro do guarda-roupa. Há uma casa cujo recheio escasso marca uma existência que se confina ao essencial. Há um bairro pobre, de ruas e becos desertos, com três "quadros" [a boulangerie, a mercearia, o café] que espelham uma vivência rica, porque cúmplice e solidária, sem faltar a figura do vizinho delator. Há uma cidade portuária, triste como as demais, cuja actividade é motor e sustento daqueles que nela vivem. E neste micro território, em que o décor, adereços e figurinos dos anos sessenta se cruzam ironicamente com as notas em euros e jornais de 2007, passeiam-se personagens (e uma cadela) extraordinárias: do engraxador e protagonista (um romântico incorrigível), ao seu companheiro de profissão (cuja mudança de identidade foi o preço da sua integração), passando pela esposa dedicada e maternal, sem esquecer a dona do café (eterno ombro de quem por lá passa) ou o detective criminal de aparência dura e rosto fechado, mas capaz de gestos reveladores de uma sensibilidade escondida. Temos ainda a galeria de frequentadores do café, com as suas conversas improváveis (a autonomia bretã ou a melhor maneira de cozinhar amêijoas) e a comovente força e tenacidade de um jovem africano em fuga, com Londres no horizonte para se reunir à sua mãe.<br />Em dada altura, a mulher diz que, ali no bairro, não há milagres. Enganou-se, para felicidade de todo nós. A política não nos salvará, mas a humanidade talvez.</p>
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A nova Europa

MIGUEL COSTA

<p>Um filme humanista sobre a dignidade, solidariedade e altruísmo dos "derrotados da sociedade moderna" (neste caso um imigrante, com um historial "boémio", que subsiste como engraxador, conjuntamente com a sua esposa - que padece de cancro -, numa área residencial degradada da região portuária de "Le Havre", que decide acolher em sua casa um menino africano que chegou a França ilegalmente, escondido num contentor). <br /><br />O realizador num registo optimista (nada comum nos seus anteriores trabalhos), tenta mostrar-nos que no seio do(s) drama(s) de índole social ainda pode(m) surgir pequeno(s)/grande(s) milagre(s). E desta forma, utilizando um tom irónico (recorrendo para o efeito a uma série de gags cómicos "hilariantes/subtis") como que dá uma "chapada de luva branca" à nova Europa que trata os cidadãos como "coisas descartáveis" em função da sua "utilidade" (rendida aos ditames dos "deuses do capitalismo", e esvaziada dos nobres valores que no passado a distinguiram dos demais continentes).<br /><br />Uma película surrealista (com gosto pelo absurdo, mas ao mesmo tempo poética, romântica e "fantástico-realista") "à la Kaurismäki ", com uma realização do género "vintage", recorrendo à célebre luz difusa e artificial (pintada como um produto sombrio, desesperançoso e melancólico), actores inexpressivos (que de tão "feios/rudes" nos parecem belos e sensuais) quase tão "inanimados" (e ao mesmo tempo tão cheios de "interior") como os objectos que o realizador tantas vezes filma em grandes planos, e claro quen falta o seu típico baile rockabilly.<br />Um filme queé um prazer para os sentidos!</p>
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Filme de sentimentos

Nazaré

<p>O incrivelmente bom e o incrivelmente mau coabitam nesta fita. Bom pelo retrato duma inocência recuperada, duma salvação do apodrecimento rotineiro, que é causado por um certo Idrissa que quer ir para a outra margem do canal - sentimos os corações daquela gente a bater, pela janela da verdade que são os olhos, maravilhosamente filmados. Mau pelo amadorismo de inúmeras cenas, com diálogos mal engendrados e momentos de má direcção de actores. É pena, mas vale pela beleza dos sentimentos e da mensagem de esperança que, antes de tudo, perpassa estas personagens - e que, depois, pode chegar até nós.</p>
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Milagre!

J.J.

<p>O grande "trunfo" deste filme, foi ter feito o crítico Luís Miguel Oliveira gostar de um filme. Verdade seja dita, é um milagre nos dias de hoje.</p>
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O porto de todas as possibilidades

cdds

Há filmes que actuam sobre nós como um forte abanão. De tanto acharmos normal que o cinismo predomine na sociedade e a solidariedade seja excepção, o filme incomoda e atordoa como uma história contada ao contrário. Onde alguns poderão entender que há ingenuidade, outros poderão entender cobardia. Afinal, tudo poderia ser bem diferente, se os papéis representados fossem outros, até porque os actores (nós) são os mesmos. A ironia do realizador sente-se em todo o filme.
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Le Havre e o melhor do cinema

Catarina

Um filme a não perder - o melhor do cinema. Bom elenco, excelente banda sonora e um argumento ainda melhor :)<br /><br />Porque não está em mais salas (apenas no El Corte Inglês)?
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