O Artista

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Comédia Dramática 100 min 2011 M/12 02/02/2012 BEL, FRA

Título Original

The Artist

Sinopse

Hollywood, 1927. George Valentin (Jean Dujardin) é a grande estrela da noite de estreia de "A Russian Affair", o seu mais recente filme. Nesse evento, conhece Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma jovem bailarina e actriz em início de carreira. Com apoio de Valentin, que depressa se torna seu mentor e amigo, ela vai sendo acarinhada no meio, conquistando pouco a pouco mais protagonismo. Porém, dois anos depois, com o aparecimento do som na indústria cinematográfica, inicia-se o fim do cinema mudo e, por consequência, da carreira de Valentin. Absolutamente crente de que o som não será mais do que uma moda que em breve cairá em desuso, mas sem ninguém que produza um filme seu, o galã decide investir toda a sua fortuna na produção de uma nova película, cujo fracasso acaba por o levar à ruína. Até que, desesperado e quase a atentar contra a própria vida, reencontra Peppy Miller, hoje transformada em grande diva do ecrã, que tem ainda presente algo fundamental: a gratidão para com alguém que esteve ao seu lado quando o sucesso pouco mais era do que uma simples miragem.<br />Escrito e realizado pelo francês Michel Hazanavicius, depois de estrear na última edição do Festival de Cannes, recebeu vários prémios por todo o mundo e está nomeado para dez Óscares, entre os quais melhores filme, realizador, actor, actriz secundária e argumento original. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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O passado não foi lá atrás

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

O Artista | 4*

Frederico Daniel

<br />"O Artista": 4* <br /> <br />O filme "O Artista" foi uma lufada de ar fresco na época em que estreou. <br />Mas este "The Artist" não é perfeito e tem uma grande falha que é perdermos parte do que os personagens disseram. <br />
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A Mudez Afectiva

pescalinha

<p>Interessante que se tenha escolhido uma histórinha assim para o passageiro regresso ao "mudo".<br />Todos, e cada um, fechados no orgulho obstinado que lhes silencia de sentido empático e inteiro a fala que assim perde o "som". À voz é dado o valor simbólico da comunicação verdadeira que só se mostra nos segundos finais (finais, expressão tão cheia de sentidos...) quando os embustes dos personagens enfim caíram e o que é dito coincide com o que profunda e verdadeiramente se tem para dizer.<br />Viva o "sonoro"!..</p>
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O melhor filme em cinema que vi

Ana

<p>Foi simplesmente uma maravilha ir ver o filme. Vou novamente, pois não consigo resistir.<br />Foi extraordinário assistir à prestação de Jean Dujardin e Bernice Bejo, estavam impecáveis. Uma banda sonora que nos envolve, e deixa marcas. Sem duvida, para mim uma obra-prima da sétima arte.</p>
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"Play, the film" é melhor (a não perder!) e é... cine-teatro!

António Gomes

<p>Méritos terá com certeza "O Artista", mas artístico verdadeiramente, na sua homenagem ao cinema, é "Play, The Film", pelo Teatro Cão Solteiro, em que actores (portugueses) dobram 'ao vivo', magistralmente e com humor notável, um dos primeiros filmes sonoros: "The Great Gabbo" (1929) - e leio que estará em reposição no Teatro Camões (onde primeiro o vi e me maravilhei) em fim de Março - é ver e... comparar!</p>
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Muito Bom!

José Manuel

Filme Maravilhoso! Melhor filme a preto e branco de sempre.<br />Só foi pena Berenice Bejo não ter ganho os Óscares! Parabéns!
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"Falta um pedacinho assim"

André Lamas Leite

<p>Um filme a preto e branco, mudo exceto no último ou dois últimos minutos, pontificado pelo primeiro som de um copo a ser pousado numa mesa de camarim é, por certo, fora de moda. Mas nem sempre o que está ultrapassado no tempo está fora de contexto. A História ensina-nos que, aqui e além, temos de voltar atrás, sem que necessitemos de recorrer às "teorias do eterno retorno".<br />Todavia, algo falta em "O Artista". Boas interpretações, sem dúvida, dificultadas pela impossibilidade de usar a voz como instrumento de composição dos personagens. Uma montagem e uma fotografia adequadas. Algumas metáforas interessantes, mas algo estafadas: a ascensão e queda de uma estrela, a rapidez com que na vida passamos de "bestiais" a "bestas", o orgulho parolo e que quase custa a vida.<br />Falta algo que unifique tudo isto, uma "joie de vivre" que, para mim, o filme não tem. Um elemento distintivo que nos fique no espírito. Algo em que venhamos a remoer no caminho para casa.<br />Não ouvir certas pessoas é, por certo, uma bênção, mas só por si não conta uma boa história.</p>
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Que maravilhoso par de dançarinos!

Nazaré

Retrata muito bem o drama que foi, para muitos artistas em Hollywood, quando se deu a transição do mudo para o sonoro e de repente a linguagem do cinema deixou de ser universal. O pormenor de nos esconderem o motivo da aversão do artista ao sonoro é-nos resguardado de maneira inteligentíssima.<br />A história, ainda assim, não é especialmente interessante, mas ao mesmo tempo este filme a preto-e-branco é visualmente um luxo (o que o torna tudo menos um "filme mudo"), o par de protagonistas conjuga-se lindamente, vale a pena ir ver por diversos motivos. Mas, se alguma coisa me vai ficar de toda este visual soberbamente elegante, são as cenas de dança, o luxo dos luxos.
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O futuro construído pelo passado

Rita Costa

<p>"Obriguei" os meus amigos a ver comigo esta curiosa criação de Michel Hazanavicius. Convencer jovens de 16 anos que vivem num mundo dedicado às sensações mais fáceis, em que tudo lhe é apresentado da maneira mais real possível, já habituados ao 3D, como é de imaginar, não foi fácil. A surpresa não está aí, a surpresa está no facto de eles terem gostado. <br />É um filme encantador, com um argumento simples (não digo isto pela falta de diálogo) mas belo, daquela maneira tão inocente e generosa. Jean Dujardin é absolutamente maravilhoso, o meu eleito ao Óscar.<br />Os pequenos momentos de pura genialidade do realizador como a cena do copo ou o "Bang!" são maravilhosos, maravilhosamente simples. É uma lufada de ar fresco, uma homenagem ao bom velho cinema, uma maneira extremamente visionária de pôr as coisas, o futuro feito pelo passado.<br />Aconselho vivamente que se decidam a ir ao cinema por este, quer seja para rever os bons velhos tempos dos primeiros filmes com a namorada nova (para os adultos) ou para conhecer um pouco mais deste património cultural maravilhoso que é o cinema e perceber que há mais do que efeitos especiais e óculos 3D num bom filme (para os jovens).</p>
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Um filme que nos deixa genuinamente felizes

David Bernardino

<p><br />"The Artist"é um caso de estudo. Tudo começou quando foi vastamente aplaudido em Cannes, onde ganhou a palma de Ouro e o prémio para melhor actor. Sobre o filme pouco se sabia. Apenas rumores de que seria um filme mudo a preto e branco. Em Portugal poucas pessoas se mostraram interessadas e expectantes em ver este Artista, também por culpa do filme que tardava em chegar às nossas salas. Pois bem, chegou na hora "h". Com os Óscares à porta e 10 nomeações, e a arrecadar tudo o que é prémio em tudo o que é cerimónia, pode-se dizer que "The Artist" tem finalmente a atenção merecida.<br /><br />Sim, "The Artist"é um filme mudo a preto e branco. Mas tudo isso tem razão de ser. A acção decorre em 1927 em Hollywood. George Valentin é um galã do cinema mudo que vê o nascimento do cinema falado mas que se recusa a acreditar nele. Um pouco como hoje muitos se recusam a acreditar no cinema em 3D. Poder-se-ia entrar por aí e elogiar "The Artist"por fazer um paralelismo com o presente mas vou-me deixar de pretensiosismos... Poder-se-ia também dizer que "The Artist"pretende demonstrar que não é a tecnologia que faz o cinema mas sim dois actores e uma câmara. No entanto essa é uma argumentação fácil que não nos interessa. "The Artist"é bem mais que isso.<br /><br />De facto o que o francês Michel Hazanavicius pretende é fazer uma homenagem ao cinema mudo, mas também a Hollywood e à sua, não diria pré-história (essa seria o final do séc. XIX), mas sim semi-infância. E curiosa homenagem já que parte de França e não de Hollywood, ensinando mesmo até ao próprio Hollywood aquilo que, e repito, Hollywood já foi.<br />Estão inseridas todas as grandes temáticas do Hollywood comercial (que no fundo era o único Hollywood que existia) da época como a ascensão de uma nova estrela no Mundo do cinema , a depressão do "Artista" que perde o spotlight, o romance, e, acima de tudo, o excelente humor do cinema mudo. "The Artist"não esconde a utilização destes clichés mas fá-lo sempre à distância. Fá-lo porque é assim que deve ser feito. Não os revolta e vomita, antes os aborda com classe e muita finesse.<br /><br />"The Artist"é de facto um filme muito especial e uma experiência algo única. Não pelo simples facto de ser mudo e a preto e branco mas mesmo pelo sentido de humor e suas interpretações, com expressões faciais propositadamente exageradas e hilariantes. O Artista consegue verdadeiramente viciar e conectar-se com o espectador que continua a querer mais deste Mundo que aparentemente já não existe. Tem mesmo cenas particulares de um brilhantismo invejável, o cão de George Valentin, os trejeitos de Peppy Miller (Bérénice Bejo), as expressões de John Goodman, as coreografias, toda a simplicidade claramente falsa de um filme mudo está perfeitamente transposta para o ecrã. E que bom que é!<br /><br />Pois bem, a moral da história dada por França a Hollywood e ao espectador neste Artista é, no nosso entender, que o cinema é algo de uniforme onde a história não é realmente história pois com uma câmara qualquer coisa se pode fazer independentemente da época. Recusamos a ideia de que "The Artist"se pretende refugiar numa falsa saudade do passado que agora está tão na moda ressuscitar, com tanto indie e tanta coisa retro que por aí se vê. "The Artist"é um filme puro, na verdadeira acepção da palavra, com todos os ingredientes da época que consegue com toda a genuinidade deixar-nos felizes. Este é, talvez, o único grande filme de 2011.<br /><br />P.S. - A banda sonora de "The Artist"é algo de verdadeiramente genial e que merece uma análise própria, já que nos acompanha ao longo dos 100 minutos de silêncio mudo. Músicas clássicas dignas da época e talvez algumas décadas mais à frente. Vale realmente a pena ouvir à parte.<br /><br />Critica originalmente publicada no blog retroprojeccao</p>
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Homenagem ao Cinema

Natália Costa

<p>Este é um daqueles filmes que entrou de imediato para a minha top list (aquele espacinho infinito onde cabem sempre mais). <br /><br />Se eu fosse um dos membros da Academia estaria com sérias dificuldades em decidir-me entre este genial "The Artist" e esse magnífico "The Tree of Life". Dois filmes bem distintos, mas igualmente geniais.<br /><br /><br />"The Artist" é primeiro e, acima de tudo, uma homenagem ao cinema. A Sétima Arte é uma das mais vastas e ricas invenções do Homem. O cinema tal como o conhecemos hoje, nem sempre assim foi. Até ao deslumbramento pela tecnologia houve longos passos na história, o som e a cor, dados adquiridos hoje em dia, não nasceram com o cinema. Surgiram mais tarde, enriquecendo e enaltecendo essa arte de deuses.<br /><br />Usei os verbos enriquecer e enaltecer, mas nem por isso o cinema era mais pobre durante a época do mudo. Um dos mais interessantes filmes que vi chama-se "A Boceta de Pandora" de Pabst, com uma deslumbrante Louise Brooks e é nada mais nada menos do que um fascinante filme. É mudo: sim! Mas não deixa de ser uma obra grandiosa que ultrapassa em larga escala muitos filmes coloridos e bem sonoros.<br /><br />Este "The Artist" é uma lufada de ar fresco na habitual oferta das salas. Temos tido filmes bastante bons: é certo; mas "The Artist" é um adorável e invulgar trabalho que deixa qualquer um sorridente. É uma experiência de magia, na qual se vive o cinema em todo o seu esplendor.<br />A música, um dos veículos mais poderosos de sempre, é explorada de forma genial.<br />Os actores (suspiro)... O que se pode dizer de pessoas tão expressivas e talentosas que parecem ter nascido para a arte de representar? Qualquer um dos papéis assenta que nem uma luva aos respectivos artistas.<br /><br />E a história, bom, a história é duma singularidade ímpar. À semelhança de Crepúsculo dos Deuses também este filme se debruça sobre a viragem duma época no mundo da sétima arte, bem como os consequentes impactos nas vidas dos que davam/dão vida a essa mesma arte. <br />E, claro, o amor! O amor como veículo único de redenção/salvação. <br />Se há eternidade essa existe no amor.<br />E se há maneira de a captar por um instante, o cinema existe para isso mesmo.<br />Genial!!!</p>
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