127 Horas

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Drama, Aventura, Biografia 92 min 2010 M/12 24/02/2011 GB, EUA

Título Original

Sinopse

<p>A história de sobrevivência do montanhista norte-americano Aron Ralston que, em 2003, enquanto escalava no Utah, ficou preso numa ravina com o braço esmagado sob uma rocha. Durante 127 longas horas, num lugar deserto e distante de tudo e de todos, passou em revista toda a sua vida evocando amigos, relações amorosas e familiares em mensagens de despedida gravadas com uma câmara que trazia consigo. <br />O filme, de Danny Boyle ("Trainspotting", "Quem Quer Ser Bilionário"), é baseado no livro de Ralston, "Between a Rock and a Hard Place", e foi nomeado para seis Óscares, entre os quais melhores filme, actor (James Franco) e argumento adaptado. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

127 Horas

Vasco Câmara

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Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Um filme único e quase perfeito

Nazaré

<p>Filmar a desventura de Aron Ralston foi um desafio acima de tudo, tanto na concepção da narrativa, onde espreita constantemente a ameaça de monotonia como a do "já visto", como na realização artística, em filmagem, montagem, e em desempenho do protagonista (excelente James Franco). Vencê-lo foi um feito de respeito: vai-se para a sala com não importa que expectativa, e sai-se com uma sensação dum objecto fora do comum, uma experiência invulgar.<br />E mais uma vez a lição de vida que representa sobreviver. Só apontaria uma coisa, mas se calhar era pedir demais, no meio de pipocas e cola: não chegamos a sentir o sofrimento físico, sobretudo o da sede. As cenas da água no salvamento são como uma surpresa, e se esse efeito de sofrimento fosse realista para os espectadores teria sido um momento incrivelmente emotivo. </p><p>Mas, aparte isso, é um filme soberbo.</p>
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Pobreza dramaturgica

Francisco Gouveia

Danny Boyle devia ter visto primeiro "Buried" de Domingos Cortez. Talvez aprendesse com ele a fazer um filme com um único personagem, num espaço ainda menor que o desfiladeiro do Utah. Este “127 horas”, é para esquecer.
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Documentário vs Romance

David Bernardino

Em “127 Horas” a tarefa do galardoado Danny Boyle é difícil. Ele terá que realizar um filme com um enredo que já todos conhecem, tendo por isso a obrigação de o fazer de forma interessante. Só aqui se questiona se ter feito este filme é ou não uma decisão correcta por parte do realizador porque existe um dilema: Ou Danny Boyle o faz tentando recriar toda a tensão da situação de ficar com o braço preso debaixo duma pedra durante dias de forma fria, crua e realista, limitando-se a relatar as acções de Aron Ralston (James Franco, o ponto forte do filme), obtendo provavelmente um resultado de qualidade mas arriscando-se a acabar por realizar um documentário da National Geographic; ou então romantiza e dinamiza a narração , dando outros pontos de interesse ao filme como sejam contínuos flashbacks familiares, originalidade na realização, e ultimamente uma disfarçada lição moral. Danny Boyle opta pela segunda opção. Censurar esta opção de aproximação é difícil. Talvez Danny Boyle simplesmente não o devesse ter feito. Regressamos então ao romance iniciado por Slumdog Millionaire, a ironia é que graças a isso Boyle volta a estar nos óscares, quando não esteve com pesos pesados sóbrios como Trainspotting, 28 Dias Depois ou Sunshine. É pena que Boyle não confie e foque totalmente o filme no fantástico actor, James Franco, que tem em mãos. Receoso de criar um filme aborrecido, Boyle vai-se refugiar em técnicas de realização de forma a conferir movimento a um filme que se exigia parado. Rewinds e fast-forwards, écrans divididos e demasiados flashbacks com personagens que não são minimamente desenvolvidas, muitos deles desnecessários, fazem com que a sensação de claustrofobia que era exigida para se sentir um filme assim vá pelo cano abaixo. E é pena. No entanto 127 Horas não é um filme mau, ou razoável. Tem até momentos de grande genialidade! As cores são incríveis, aproveitando bem o Canyon onde a história se passa. As próprias técnicas de realização já referidas, apesar da sua opção ser discutivelmente desnecessária, são sempre bem aplicadas. A banda sonora é outro ponto forte do filme. Demasiado invasiva às vezes mas sempre bem escolhida. A cena final está fantástica. O ponto forte do filme é mesmo James Franco. Estupendo actor. Quando Danny Boyle lhe dá o espaço necessário é simplesmente fenomenal(veja-se a cena de delírio com a câmara de filmar) em todas as 3 fases do filme, antes durante e pós pedra. O óscar de melhor actor ficaria muito bem entregue apesar da vitória de Colin Firth ser quase inevitável. Resta falar da célebre cena na qual supostamente pessoas desmaiam e vomitam no meio do cinema. Apesar de ser algo perturbante não é caso para tanto, suponho que depende da pessoa. No entanto é absolutamente essencial que a cena seja mostrada da maneira que é. Não existe qualquer sensacionalismo, ela é aquilo que é e, quer queiramos quer não, é a cena essencial do filme. Fica a questão: se já todos sabiamos o que ia acontecer será que vale a pena ver o filme? Se calhar Danny Boyle afinal até fez a opção certa com esta aproximação. “127 Horas” é um filme que não é consensual. No entanto é inegável que é mais que razoável. É interessante de ver, bem realizado e bem actuado, apesar de todas as limitações já referidas. Não é um mau filme filme nem o melhor filme do ano. Mas apesar disso não deixa de ser um filme bom. Texto originalmente publicado em www.retroprojeccao.blogspot.com
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127 horas

joao carlos

Um actor, poucos diálogos por acréscimo, uma situação mais para um National Geographic ou coisa do género. Não gostei da interpretação do actor; muito esteriotipada; também não poderia ter feito muito melhor com um argumento daqueles. O filme torna-se aborrecido com o que se passa na caverna. 6 valores.
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O Menor de dois Males – Tragédia Grega na Caverna de Platão

António Mercês

"127 Horas" trata-se de um filme sobre a experiência verídica e vivida na primeira pessoa de Aron Ralston, engenheiro mecânico de profissão e montanhista por prazer, representado no ecrã pelo actor James Franco. Perante a evidência de perdermos a vida em virtude de uma contrariedade ocorrida durante a prática de um hobbie, o ser humano é confrontado com a sua existência/vida terrena até ao momento em que se vê perante a possibilidade de morrer. Qual afogado que lhe passa diante dos olhos, breves instantes antes de morrer, os episódios mais marcantes da sua existência, o protagonista vai-se recordando de forma cronológica e crescente aquilo que de mais marcante ocorreu na sua vida. Nesta condição filosófica de prisão corpórea em que se encontra, o indivíduo tem a oportunidade para reflectir sobre o seu percurso de vida e, particularmente, a sua posição relativamente ao relacionamento com os outros, em particular, os que lhe são mais próximos e/ou queridos – desde os pais, pelos quais se recrimina por não ter convivido mais tempo com os mesmos, ou por não ter atendido mais vezes o telefone, ignorando deliberadamente as tentativas de contacto; a irmã mais nova, pela qual exprime o sentimento de que lhe falhou (ou faltou) aquando do casamento da mesma, ou até mesmo durante a convivência enquanto crianças; ou a namorada pela qual, pura e simplesmente, se desinteressou, acabando inevitável e naturalmente deixar a relação entre ambos degradar-se e extinguir-se. É precisamente na fenda cavada naturalmente na rocha, onde por infelicidade acaba por caír ficando prisioneiro, que o indivíduo faz o necessário exercício de reconhecimento (anagnórise), ainda que delirante devido ao efeito da desidratação e inanição, das más acções que cometeu perante aqueles que verdadeiramente o amam (e que ele próprio, subentende-se, da mesma maneira corresponde ao sentimento), após ter cometido o acto de ter desafiado (hybris) a Natureza ao nela se ter aventurado sozinho, sem ter dado conhecimento prévio a alguém do que iria fazer, sofre intensamente (páthos) por esse mesmo acto irreflectido – a fome, a desidratação, a angústia perante a possibilidade de vir a morrer – são todas etapas deste estádio de sofrimento, vertiginosamente converge para a necessidade extrema de recorrer à amputação do próprio antebraço (clímax), visto daí depender a continuidade da sua existência terrena e a sua libertação da prisão em que inesperadamente se viu colocado. A acção da narrativa fílmica é em si igualmente contemplada pelo sentimento de piedade e misericórdia (eleos) que se apodera da audiência perante a situação em que o protagonista se encontra (sendo que, este mesmo indivíduo, representará igualmente, todo e qualquer um de nós, visto sermos passivos, e não imunes, a que algo de semelhante nos aconteça, o que permite a fácil identificação com o mesmo). A acção é do mesmo modo temperada pelo horror visual (phobos) nas cenas em que amputa artesanalmente o braço. Contudo, a noção clássica de catástrofe (no contexto da Tragédia Clássica Grega) não se traduz na morte ou degredo do indivíduo da sociedade onde vive e se insere. Muito pelo contrário, o período de provação e privação da liberdade confere-lhe a possibilidade de se redimir e de obter uma second chance relativamente à sua postura perante a vida e os outros. Agora que saiu da “caverna das sombras” (platonicamente falando) que tinha sido a sua existência até ao momento da contrariedade, pode agora finalmente ver claramente aquilo que tem sido (já não permanece na ignorância de si mesmo), estando agora munido de novos mecanismos que lhe irão possibilitar melhorar-se enquanto ser humano (a necessária catarse de todos estes sentimentos e sofrimento intensos, que lavará o indivíduo dos seus pecados perante si mesmo e os que o amam). Contudo, não o irá fazer sem que o destino (moira) o tenha deixado marcado para o resto da sua vida (através da amputação auto-imposta). Talvez para que se lembre de colocar sempre em prática os novos ensinamentos que esta autêntica “viagem iniciática” lhe proporcionou. Inteligentemente bem filmado, sendo fiel a la lettre à estrutura da Tragédia Clássica Grega, o realizador Danny Boyle consegue um bom resultado final neste seu último trabalho. Verdadeiro testemunho de sobrevivência e perseverança (tal como o próprio Aron Ralston o foi, em virtude da necessidade e circunstâncias), transmite a mensagem de um trabalho sólido e soberbamente recomendável.
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A bimby de Danny Boyle

Carlos Natálio /www.ordet1.blogspot.com

Após a perversa lição de «mundividência» de SLUMDOG MILLIONAIRE, que deixou toda a gente nas palminhas, a ser «amigo» das culturas longínquas e pobrezinhas, Danny Boyle tinha em 127 HOURS um interessante teste à sua capacidade de redenção, sobretudo, porque a história verídica do aventureiro Aaron Ralston no qual se baseia o filme, é uma história de imobilidade. Em 2003, Aaron numa caminhada pelo Canyon no Utah, ficou com o braço preso numa rocha, no fundo de uma ravina durante cinco dias, num momento extremo de luta pela sobrevivência. Boyle juntamente com Simon Beaufoy, que já tinha escrito SLUMDOG, e o próprio Ralston que contou a sua experiência no romance BETWEEN A ROCK AND A HARD PLACE, colaboraram no argumento e escolheram James Franco para o papel de protagonista. A imobilidade de Aaron, centro da tragédia, convoca uma passagem por diversos estádios: esperança, organização, desespero, luta pela sanidade, etc. Contudo, desde o genérico inicial, movimento cosmopolita plasmado com world music, percebemos que Boyle tem pouca confiança nesse tipo de imagens, que se sente pouco à vontade com a tensão dramática e que ao invés prefere divagar e intermediar entre o drama e o espectador o seu «estilo». Trata-se de um caso nada raro de uma verdadeira obsessão pelo movimento (e nesse sentido nenhum filme com premissa tão «presa» acaba por ser tão diletante, tão esvoaçante) e sobretudo pela necessidade de extrair da realidade consequências bigger than life bacocas. Daí cairmos rapidamente na apressada reflexão sobre o jovem que acaba numa situação destas porque, e só porque, não dá a devida atenção às pessoas que o rodeiam. Por isso, não disse a ninguém onde ia naquela fatídico dia e nenhumas esperanças em ser salvo. Uma mensagem de sociabilidade. Sim, por certo. Mas porquê? Para quem? Para quê? É curioso ainda perceber que essa estética e obsessão morais engolem todo o filme inclusive a interessante ideia de que Aaron decide filmar-se a si próprio durante todo o processo de sobrevivência e/ou morte eminentes. O que é um digno acto de registo, de alguém que nos derradeiros momentos de vida se augura em historiador de si próprio, passa rapidamente a fazer parte do reality show montado, onde a eminência da morte, o sonho, as lembranças, o passado, é tudo filmado com o mesmo desprimor. Um bom exemplo é a forma como passamos dos momentos em que Aaron se filma à decisão de Boyle de fazer um plano do interior do braço que está prestes a ser decepado. Mostrar sempre mais, para dentro, na ilusão de que o ver mais, e mais rápido é o que mais move o espectador. Longe vão os tempos onde a ilusão do movimento e da fantasmagoria era suficiente. Assim, 127 HOURS consegue o mais difícil, banalizar uma situação de excepção. É pena.
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127 Horas

Mila Bom

Grande desempenho de James Franco. Impressionantes momentos de filme. Realização à Danny Boyle.
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Entre uma rocha e um lugar difícil

Fernando Costa

Danny Boyle e James Franco “quase sozinhos” a contarem a história de sobrevivência de Aron Ralston, um norte-americano que se viu em 2003 envolvido num acidente ficando com o seu braço preso sob uma rocha durante uma escalada." Ângulos pouco comuns e uma montagem quase vertiginosa trazem ao filme um ritmo acelerado (mas são também a sua maior fraqueza) apesar do que se está a filmar - um homem sozinho durante 127 horas preso debaixo de uma rocha. Não é um grande filme, como já não eram os últimos filmes de Boyle, mas é um filme que se vê com interesse. Temos saudades de "Shallow Grave" ("Pequenos Crimes Entre Amigos"), filme de um nível maior que o realizador nunca mais voltou a atingiu. ** (2/5)
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127 hours

Nuno Duarte Santos

Magnífico, como Danny Boyle já nos vem habituando.
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