A Teta Assustada

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Drama 98 min 2008 M/12 01/07/2010 Peru, ESP

Título Original

La Teta Asustada

Sinopse

Entre os turbulentos anos 70 e 90, em que o Peru vivia aterrorizado nas mãos de Sendero Luminoso (organização terrorista fundada, em 1960, por Abimael Guzman), nasceu uma crença sobre uma doença transmitida pelas mulheres violadas que estivessem grávidas ou a amamentar: o seu leite estaria contaminado pela tristeza e essas crianças seriam, para sempre, infelizes e desalmadas.

Fausta (Magaly Solier), ainda no útero materno, assistiu à violação da sua mãe e hoje é uma Teta Assustada. Agora, depois da morte dela, para que possa sobreviver ao mundo, terá que curar a sua tristeza e ultrapassar o seu medo paralisador.
 
Segunda longa-metragem da peruana Claudia Llosa (depois de "Madeinusa" em 2006, também com Magaly Solier como protagonista), foi nomeado para o Óscar de melhor filme estrangeiro de 2010, sendo o filme vencedor do prestigiante Urso de Ouro em Berlim (2009). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

A Teta Assustada

Luís Miguel Oliveira

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Fábula

Mário Jorge Torres

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A voz de Fausta

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Ótima síntese

Alexandre Caetano

O filme faz uma boa síntese de como a cultura indígena incorporou elementos dos colonizadores espanhóis. Tem uma crítica sobre isso em <br />www.artigosdecinema.blogspot.com/2014/04/a-teta-assustada-la-teta-asustada.html
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Um olhar sobre tradições, crencças e a sociedade Peruanas

Fernando Costa

"A Teta Assustada" é um filme peruano que vale a pena ver pelo retrato que traça da sociedade e das tradições do Peru. "A Teta Assustada" é a 2ª longa-metragem de Claudia Llosa e traz consigo alguns prémios na bagagem: Urso de Ouro e FIPRESCI em Berlim 2009, melhor filme em vários festivais de cinema da América Latina, o prémio da crítica de Montrèal e a nomeação para o Óscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira em 2010. "A Teta Assustada", escrito também pela realizadora (que já tinha sido autora do argumento do seu primeiro filme, “Madeinusa”, também ele multipremiado), conta a história de Fausta, uma peruana pobre que está a habitar com a sua mãe em casa de um tio nos subúrbios de Lima (em algo semelhante a um "bairro de lata") na altura do falecimento desta. A personagem e o local onde se move vão ser pretexto para olhar o modo de vida, os costumes, tradições, preconceitos e a "ignorância" dos não letrados e pobres do Peru. Llosa consegue tudo isto sem exploração da pobreza e também sem um olhar paternalista ou condescendente e põe também Fausta a trabalhar para casa de uma pianista famosa como empregada doméstica para fazer o contraponto com o Peru abastado, "rico" e educado (mas não honesto ou verdadeiro). A realização de Llosa é precisa nos planos e usa uma montagem lenta que deixa no ecrã os planos o tempo necessário para produzirem o seu efeito. É claro que isso custa ritmo ao filme que por vezes parece arrastar-se em demasia mas é inequívoco que Llosa sabe fazer cinema. O filme é como Fausta acompanhando-a na sua lenta abertura para o mundo depois de ter estado refém de medos e receios infundados imergida num meio socialmente desfavorecido onde a educação é mais fruto da transmissão de tradições e crenças populares do que outra coisa (a história da violação da mãe e homicídio do seu pai só vem agravar o que culturalmente já era mau). O título "A Teta Assustada" refere-se ao nome dado aos filhos dos que conceberam durante um período de medo e passaram através do leite esse mesmo medo às crianças e que como Fausta vivem fechados para o mundo um pouco como "bichos-do-mato" porque esse medo que lhes foi passado "roubou-lhes" a alma. Relativamente aos actores, Magaly Solier (Fausta) tem aqui uma boa interpretação (inclusivé valeu-lhe vários prémios em festivais de cinema) mas também da actriz secundária Susi Sánchez (no papel da pianista Aída) merece menção. Temos ainda de referir a fantástica inclusão de trechos musicais com as personagens a cantaram as suas histórias e sentimentos e uma canção com uma sonoridade fantástica "Sirena". "A Teta Assustada" não é uma obra-prima, tem por vezes um ritmo demasiado lento mas é um filme que pelo modo como olha o Peru merece sem duvida ser visto. ** (2,25/5).
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Duas cópias não conformes misturadas! Outra vez ? Por favor Megane!!!

Fernando Costa

Mais uma vez Megane plagia duas críticas da IMDB. Pergunto-me qual o interesse..."I wish it was better, 18 March 2010Author: cliodhna2 from United Kingdom: The Milk of Sorrow. It's a bit like a very long bus trip to a far away destination, through a barren, deserted landscape. You drive along for hours, and nothing much happens. You gaze out of the window at the rocks and dirt, the dirt and rocks. Then whoosh, out of nowhere, a man on a white stallion, wearing a sombrero and carrying a machine gun gallops past in the opposite direction. You only see him for a few seconds, then he's gone, and you're left wondering if it really happened. Well, perhaps that's a bit unfair. But The Milk of Sorrow is slow. I've nothing against slow films. In fact, I usually prefer them, but even by slow film standards, it's pretty slow. And although it's only 95 minutes long, it could probably have been done in an hour. It's a peculiar little story. Set in present day Peru, there is only one main character, a young Peruvian peasant woman called Fausta. We open with Fausta witnessing the dying moments of her mother. She is now a very old lady, and she recounts through song how her husband was murdered, and she was raped while pregnant with Fausta. The real-life historical context to this is Peru in the 1980s, when Shining Path terrorist activities were at their height, and peasants were subject to their brutal violence. Now in her early twenties, and living with her uncle, Fausta is infected with the milk of sorrow. The milk of sorrow is believed to be a disease she contracted through drinking her mother's breast milk, and has caused her soul to be lost.The only emotion Fausta feels is fear. Consquently, she won't go anywhere alone, and that is a problem. She wants to take her mother's body back to her village so that she can be buried with her father. But that costs money. Her uncle is already poor, and his priority is taking care of the living. Fausta is forced to face her fear and go out to work. She takes a job at the Big House, where she meets Aída, the sympathetic Lady of the House, and Noé, the kindly gardener. However, the only results of Aida and Noés' gentle attempts to coax Fausta into a more normal existence are long, empty minutes of gazing into space, leaning against walls, and watching television. While the script is horribly thin, The Milk of Sorrow does have several redeeming features. The photography is usually beautiful and manages to show both the romance and desolation of Peru. The portrayal of day-to-day life for your average working class Peruvian, is completely realistic in its banality. The insight into the superstitious beliefs of peasants is convincing. There are wonderful flashes of ironic humour. And as a tiny cameo of a piece of real history it is very moving.I wish it was better. It can't be easy being a filmmaker in Peru. Given the limited budget, and few resources, The Milk of Sorrow is a remarkable achievement. But, much as I want to like it, the script doesn't offer much to get hold of. I'm sure that the nomination in the 2010 Oscars for Best Foreign Language film will have given the film industry in Peru an enormous boost. That is A Good Thing. But is this really one of the world's best foreign language films of 2009? ""Not all art house movies are masterpieces, 4 May 2009Author: GeneralGrievous from Peru... No story. No narrative. It almost seems as if Llosa wanted to start something but didn't know how, and instead preferred to chronicle the life of her young protagonist..."
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Nenhuma história, nenhuma narrativa

Megane

“A Teta Assustada” é um pouco como uma viagem muito longa de autocarro, para um destino que não tem fim, através de uma paisagem árida e deserta. Dirige-se ao longo de horas, e nada mais acontece. Olhar-se para fora da janela, e só se vêem as pedras, sujidade e a lama. Bem, talvez seja um pouco injusto. Mas este filme é lento. Eu não tenho nada contra filmes lentos. Na verdade, até gosto deles, mas até mesmo pelos padrões dos filmes lentos, este é muito lento. E embora tenha apenas 95 minutos provavelmente poderia ter sido feito numa hora. Embora seja uma história peculiar, Situada no actual Peru, há apenas uma personagem principal, uma jovem camponesa peruana chamada Fausta. Agora é uma senhora muito velha, e relata através da música como seu marido foi assassinado, e ela violada durante a gravidez donde nasceu Fausta. Por sua vez, Fausta só tem uma emoção, o medo. Consequentemente, não irá a lugar nenhum sozinha, o que constitui um problema. Quer levar o corpo da mãe para a sua aldeia natal para que ela possa ser enterrada ao lado do pai. Mas isso custa dinheiro. O tio é pobre, e a sua prioridade é a de cuidar dos vivos. Fausta é forçada a enfrentar o medo e vai trabalhar. Fica empregada na Casa Grande, onde conhece a dona da casa, Aida, uma senhora simpática e Noé, um jardineiro gentil. No entanto, os resultados não são tão desejáveis assim, apesar das tentativas de ambos para persuadirem Fausta a levar uma vida mais normal. E aqui passam-se longos minutos de filme com a rapariga a olhar para o vazio, encostada à parede, ou a ver televisão. Embora o script seja terrivelmente pobre, “A Teta Assustada” tem algumas características positivas. A fotografia é boa e geralmente consegue mostrar tanto o romance como a desolação do Peru. É o retrato do dia-a-dia da classe média do trabalhador peruano, na sua total e realista banalidade. Eu gostaria que o filme tivesse sido melhor. Mas acredito não ser fácil ser-se cineasta, no Peru. Tendo em conta o orçamento limitado, e poucos recursos, A Teta Assustada acaba por ser um feito notável. No entanto tinha algumas expectativas. Esperava que este filme fosse algo realmente especial, algo que poderia causar um impacto forte. O assunto era inegável interessante e cheio de possibilidades, e a realizadora Claudia Llosa poderia inegavelmente usar este filme para tentar influenciar o público emocional e intelectualmente. Nenhuma história. Nenhuma narrativa. É quase como se Llosa quisesse começar algo, mas não sabia como, e então preferiu fazer uma crónica sobre a vida da jovem protagonista.
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