Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme

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Drama 131 min 2010 M/12 23/09/2010 EUA

Título Original

Wall Street: Money Never Sleeps

Sinopse

2001. Após quase oito anos de prisão, Gordon Gekko, o corretor da Bolsa de Nova Iorque condenado por fraude, lavagem de dinheiro e extorsão, é finalmente posto em liberdade. Agora, sem possuir absolutamente nada e sem ninguém que o espere, ele é um homem transformado e apenas quer recuperar a relação com a filha, Winnie (Carey Mulligan).<br /> 2008. Jake Moore (Shia LaBeouf) é um jovem brilhante e muito ambicioso que faz milhões de dólares na Keller Zabel Investments (KZI), uma empresa altamente rentável liderada por Louis Zabel (Frank Langella), seu grande amigo e mentor. Jake vai casar com a filha de Gordon que, exactamente por isso, tem alguns traumas por superar. Quando uma onda de rumores faz cair as acções da KZI, ameaçando levá-la à bancarrota, Zabel, pressionado por Bretton James (Josh Brolin), é compelido a vender a totalidade da empresa por um valor insignificante. Profundamente abatido pelos acontecimentos e com uma só ideia em mente, Jake decide procurar Gordon com quem faz uma aliança: quer informações que permitam destruir quem acabou com a reputação do seu mentor e em troca propõe-se a ajudá-lo na reaproximação com a filha...<br /> Mais de vinte anos depois do sucesso do primeiro filme "Wall Street" centrado na frenética vida na bolsa de valores de Nova Iorque, Oliver Stone realiza uma "sequela", passada nos dias de hoje, onde Michael Douglas retorna com o icónico Gordon Gekko, que marcou várias gerações em todo o mundo. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Jorge Mourinha

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Wall Street

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Interessante, mas com algumas tretas

Nazaré

Voyeurismo é assistirmos como se pudéssemos sentir-nos na pele dos verdadeiros protagonistas. E o mal que vejo nesta aventura através dos terríveis meses de 2008 em que a crise financeira se transformou no desastre económico que hoje vivemos, é o voyeurismo. Porque os voyeurs nunca sentem o que presumem poder sentir, e precisamente é o que se tornam argumentistas e realizador, mostrando que não percebem quem é a gente que querem retratar, limitando-se a traçar caricaturas como se duma banda desenhada se tratasse. Qualquer um que ande no mar de tubarões da finança dirá que não é nada daquilo. Pode dizer-se que o apelativo no cinema é o voyeurismo que nos dá, o problema é quando se trata de factos históricos e da pretensão de documentário. Se, pelo contrário, ao menos se ficasse por uma banda desenhada... é claro que Gecko (Michael Douglas) já era uma personagem de história aos quadradinhos, mas aqui metem-no num filme pseudo-realista e destoa. Oliver Stone não faz maus filmes, e se descontarmos o voyeurismo e mais algumas tretas que se acrescentam pelo meio, este filme é estupendo. Josh Brolin arranca mais um magnífico "vilão", Shia LaBeouf e Carey Mulligan dão-nos um par formidável (adorei especalmente a cena nas escadarias no Metropolitan, entre tantas outras provas duma direcção de actores excepcional), o ritmo das cenas, o próprio gozo das imagens e do som, enfim... é de mestre. E há a outra história, a dos 100 milhões de dólares para subsidiar uma pesquisa científica que promete resolver os problemas da energia no mundo. A frase "enquanto o preço do petróleo estiver alto, arranjo-lhe esse dinheiro" pode passar despercebida, mas revela-nos o custo astronómico que as sociedades dependentes do petróleo têm andado a suportar à conta dos bandos de especuladores. E não fica por aí: é um desfilar de estratagemas que o ex-corretor vai depois tentando arranjar, no que afinal não passa dum jogo que, em vez de ser no casino, é com o dinheiro que outros pouparam, mas com o mesmo de viciante e de imoral, mesmo quando se disfarça com uma capa de filantropismo. Esse é um tema muito rico, ainda mais interessante... e nada voyeur.
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Interessante, mas com algumas tretas

Nazaré

Voyeurismo é assistirmos como se pudéssemos sentir-nos na pele dos verdadeiros protagonistas. E o mal que vejo nesta aventura através dos terríveis meses de 2008 em que a crise financeira se transformou no desastre económico que hoje vivemos, é o voyeurismo. Porque os voyeurs nunca sentem o que presumem poder sentir, e é precisamente nisso que se tornam argumentistas e realizador, mostrando que não percebem quem são as pessoas que querem retratar, limitando-se a traçar caricaturas como se duma banda desenhada se tratasse. Qualquer um que ande no mar de tubarões da finança dirá que não é nada daquilo. Pode dizer-se que o apelativo no cinema é o voyeurismo que nos dá, o problema é quando se trata de factos históricos e da pretensão de documentário. Se, pelo contrário, ao menos se ficasse por uma banda desenhada... é claro que Gecko (Michael Douglas) já era uma personagem de história aos quadradinhos, mas aqui metem-no num filme pseudo-realista e destoa. Oliver Stone não faz maus filmes, e se descontarmos o voyeurismo e mais algumas tretas que se acrescentam pelo meio, este filme é estupendo. Josh Brolin arranca mais um magnífico "vilão", Shia LaBeouf e Carey Mulligan dão-nos um par formidável (adorei especialmente a cena nas escadarias no Metropolitan, entre tantas outras provas duma direcção de actores excepcional), o ritmo das cenas, o próprio gozo das imagens e do som, enfim... é de mestre. E há a outra história, a dos 100 milhões de dólares para subsidiar uma pesquisa científica que promete resolver os problemas da energia no mundo. A frase "enquanto o preço do petróleo estiver alto, arranjo-lhe esse dinheiro" pode passar despercebida, mas revela-nos o custo astronómico que as sociedades dependentes do petróleo têm andado a suportar à conta dos bandos de especuladores. E não fica por aí: é um desfilar de estratagemas que o ex-corretor vai depois tentando arranjar, no que afinal não passa dum jogo que, em vez de ser no casino, é com o dinheiro que outros pouparam, mas com o mesmo de viciante e de imoral, mesmo quando se disfarça com uma capa de filantropismo. Esse é um tema muito rico, ainda mais interessante... e nada voyeur.
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De volta a Wall Street...

Fernando Costa

Oliver Stone regressa a Wall Street passados mais de 20 anos e realiza uma sequela a que falta a pujança do filme original e cujo ponto de vista sobre a crise do mercado financeiro é quase panfletário. A sequela de “Wall Street” inicia-se com Gordon Gekko (a persongem principal do filme original, aqui mais uma vez interpretada por um competente Michael Douglas) a sair do estabelecimento prisional onde esteve recluso (são imediatamente notórias as diferenças no mundo exterior - o celular de Gekko é um autentico "tijolo" e os afro-americanos são recebidos com uma viagem de limunsine à saída da prisão. Mas nesta sequela Gekko não é a personagem central do filme e Gekko à excepção do segmento inicial praticamente desaparece para seguirmos o protagonista do filme Jake (Shia LaBeouf), um jovem corrector bolsista que namora com a filha de Gekko. Jake assiste durante esse segmento inicial ao colapso da instituição financeira na qual trabalhava (similaridades com a queda de Lehman Brothers?) e ao suicídio do mentor da empresa, facto que representa apenas a ponta do iceberg do que está para vir em termos de crise financeira. É curioso verificar que apesar da boa interpretação de Michael Douglas o melhor segmento do filme é mesmo o inicial. Gekko encontra-se numa fase de transição percebendo (?) agora os malefícios da ganância: a linha de diálogo "Greed Is Good" transformou-se numa pergunta "Is Greed Good?", esta última sendo o título do livro que Gekko escreveu. Jake procura Gekko e os dois realizam uma troca: Gekko quer que Jake consiga que a sua filha se aproxime dele e Jake quer conseguir vingar-se de Bretton o responsável pela queda da instituição onde trabalhava. Os encontros entre Grekko e Jake (duas personagens bastantes diferentes, Jake é um idealista) não são desprovidos de interesse mas não se deixa de notar que parecem algo forçados. Além disso o filme não consegue manter o nível do segmento inicial, desdobrando-se a certa altura em explicitações óbvias sobre a crise financeira, explicitações essas que todo o espectador médio conhece. Wall Street tem um ponto de vista é verdade (critica abertamente os mercados financeiros, os seus responsáveis e trabalhadores) mas é um ponto de vista como já se disse quase panfletário e que não traz nada de novo ao que se disse nos canais de noticias por todo o globo. Relativamente à realização também Oliver Stone não está no seu melhor (aquelas aparições pós-mortem de Lou…os "amplos" movimento de câmara…o uso de determinados efeitos especiais que não parecem trazer nada de interessante para a história que Stone está a contar…). Resumindo “Wall Street: Money Never Sleeps” não é péssimo mas é fraquinho.
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Bom mas...

Antonio Cunha

A primeira parte do filme é muito boa, verdadeiramente cativante e faz-nos ficar agarrados à cadeira. Para além do regresso de Gordon Gekko, mais humano, revela-nos o que se passou nos mercados financeiros entre 2007 e 2008, com a falência da Lehman e o TARP 'embrulhados' com outros nomes e personagens. No entanto, após acabar este momento histórico que marcou o início desta Grande Recessão, passamos a assistir a um filme romântico que se perde numa história de amor, traição, e redenção final, com um final feliz, mas que nada tem a ver com o início do filme.
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Não há amor como o primeiro ***

Joao Luz

Não vale a pena comparar este filme com o primeiro. Não há amor como o primeiro e não há sequela como o filme original. 23 anos decorreram desde o primeiro filme. Mudou a indústia cinematográfica e mudou o mercado financeiro. O Geeko (Michael Douglas) que acaba de sair da prisão é um menino de coro face aos banqueiros de 2008. Geeko nuca poderia prejudicar a economia da forma como o mercado financeiro o fez em 2008. O filme vê-se bem, a encenação do filme é soberba, e ilustra a sequência de eventos que levou ao crash mais recente. Ainda assim o argumento deixa muito a desejar, sobretudo no que diz respeito à caracterização psicológica dos personagens, em particular a de Geeko que faz um iô-iô sentimental entre a redenção e a tentação.
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