Cartas de Iwo Jima

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Drama, Guerra, Histórico 141 min 2006 M/16 15/02/2007 EUA

Título Original

Letters from Iwo Jima

Sinopse

Lado B do díptico de Clint Eastwood sobre a batalha de Iwo Jima. Enquanto "As Bandeiras dos Nossos Pais" partia da icónica imagem em que cinco "marines" erguem a bandeira dos EUA no Monte Suribachi, "As Cartas de Iwo Jima" mergulha no lado dos soldados japoneses. Décadas depois da batalha, são desenterradas no local várias centenas de cartas que revelam facetas desconhecidas dos soldados que aí perderam a vida. Os japoneses estavam cientes que dificilmente sobreviveriam à batalha. Entre eles estavam Saigo, um padeiro que só queria conhecer a filha recém-nascida; um campeão olímpico de hipismo conhecido em todo o mundo; um jovem ex-agente da Polícia Militar a quem a guerra ainda não roubou os ideais; e o tenente Ito, um militar que preferiria o suicídio à rendição. A liderá-los, o general Tadamichi Kuribayashi (Ken Watanabe) - as suas viagens pela América revelaram-lhe o quão vã é a guerra, mas também lhe deram a visão estratégica necessária para enfrentar a armada americana. Com poucos meios e poucos soldados, mas uma vontade indómita de vencer, o general tira partido das particularidades da ilha e consegue transformar aquilo que se previa como uma derrota rápida num combate heróico. Em Iwo Jima morreram quase sete mil soldados americanos e mais de 20 mil japoneses. Eastwood sentiu que a única forma de homenagear todos os que perderam a vida seria realizar dois filmes, pois um seria contar apenas metade da história. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

Os Japoneses e a Guerra no Pacífico

Raul Andrade Pissarra

Este filme é sem dúvida um bom filme, mas eu posso vê-lo como um branqueamento do papel dos japoneses na Guerra do Pacífico. Este general simpático e os seus adjuntos igualmente simpáticos estiveram provavelmente na China ou noutras regiões próximas, onde os japoneses cometeram as maiores atrocidades que a mente humana pode imaginar, talvez ainda pior que a criminosa Gestapo se considerarmos uma escala do mal. É bom ter isto na mente e talvez informar-se, por exemplo, como foi o Massacre de Nanquim, a invasão de Burma,... Uns monstros, cujo culpado principal foi a elite de generais que criaram esta máquina de guerra assassina e sádica.
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Contra a corrente

RR

Antes de mais, devo dizer que respeito todas as opiniões, contrárias ou não à minha.<BR/>Posto isso, lamento ter de ir contra a corrente mas a verdade é que mais uma vez saí do cinema terrivelmente desiludida com o sr Eastwood. Já acontecera com o tão bem amado "million dollar baby", voltou a acontecer com as "cartas de iwo jima". <BR/>É verdade que não sou apreciadora deste género de filmes, mas sei reconhecer um bom filme (na minha opinião, como é óbvio) quando o vejo, e esse não foi, definitivamente, o caso.<BR/>Gostei da forma como duas ou três personagens foram construídas e do modo como evoluíram ao longo da história e, sinceramente, pouco mais. O filme, a mim, pareceu arrastar-se, penosamente, até um final que eu desejava ardentemente enquanto olhava o relógio.<BR/>Não vou fazer de conta que percebo de fotografia nem de realização, isso deixo para quem, de facto, percebe, <BR/>Essa é simplesmente, a opinião de uma apreciadora de bom cinema, que achou importante partilhar com quem esteja interessado em saber, que esse filme, não encaixa nesta categoria.<BR/>
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O que dizer?!?!

Nuno

Em comparação com o anterior("Flags of our Fathers"), julgo que é um filme mais pesado, mais sério e mais restrito. Mais restrito no sentido em que é mais difícil de ver do que o anterior. <br/>É um tipo de filme que não se vê todos os dias: é preciso uma determinada pré-disposição para não se sair da sala de cinema desiludido.<BR/>O filme aqui em questão, não é um "O Resgate do Soldado Ryan" ou imbecilidades do género.<BR/>É uma obra de um rigor visual , uma visão, uma realização extraordinários, intocáveis. É um filme que vai sobreviver à passagem do tempo. Acho que, pela primeira vez, sou forçado a concordar com os críticos do Cinecartaz: "repita-se as vezes que for preciso: OBRA-PRIMA".
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A silenciosa coragem

Rita (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

LETTERS FROM IWO JIMA<BR/>de Clint Eastwood<BR/><BR/><BR/><BR/>No seguimento de “Flags Of Our Fathers” surge “Letters From Iwo Jima”, a segunda parte do díptico de Clint Eastwood sobre a batalha de Iwo Jima. <BR/><BR/>Um grupo de soldados japoneses prepara-se para o ataque americano à ilha cavando trincheiras no meio da praia da ilha de Iwo Jima. Sabendo que esse será o primeiro lugar a ser arrastado no ataque americano, o seu novo líder ordena que se façam túneis na montanha, onde terão uma melhor posição para combater o inimigo e proteger a ilha e, consequentemente, o Japão. Após a batalha de Saipan, os contingentes da Marinha Imperial e Força Aérea japonesas cancelam quaisquer reforços para a ilha. Em desvantagem numérica, sem comida e água, assolados pela desinteria, a morte destes homens torna-se uma realidade iminente. <BR/><BR/>Olhando pelo lado japonês, Clint Eastwood humaniza o inimigo americano através de três personagens: o general a cargo da defesa da ilha, Tadamichi Kuribayashi (Ken Watanabe); um ex-padeiro convocado para a guerra, Saigo (Kazunari Ninomiya); e um ex-atleta olímpico, o Tenente Baron Nishi (Tsuyoshi Ihara). São sobretudo as cartas dos dois primeiros às suas mulheres que dão nome ao filme. Embora estas missivas não sejam o motor da narrativa são essenciais para a caracterização destas personagens. <BR/><BR/>“Letters from Iwo Jima” é um filme mais forte que “Flags of our Fathers”, e é aquele que dá ao conjunto o seu peso devido (evidenciando as poucas diferenças que existem entre os homens que se enfrentam numa guerra). Da mesma forma que os japoneses mal aparecem em “Flags of our Fathers”, a presença dos americanos neste filme é também reduzida. Mas enquanto o primeiro lidava sobretudo com os efeitos (e custos) do pós-guerra, o segundo debruça-se mais profundamente sobre a realidade da guerra, a tragédia de morrer sem um motivo válido, a reacção perante a inevitabilidade (“O que vou fazer depois de morreres?”, pergunta a mulher de Saigo quando ele é recrutado) e o conceito de honra (onde entra o ritual suicídio). <BR/><BR/>O argumento de Iris Yamashita e Paul Haggis baseia-se na correspondência do real General Kuribayashi, publicada postumamente, um homem cuja anterior experiência na América lhe truxe uma visão do mundo que chocava com a propaganda imperialista do seu país. O erguer da bandeira no Monte Suribachi pelos americanos, a imagem que serve de ponto de partida para o filme anterior, é aqui visto do outro lado da História. <BR/><BR/>A escuridão da fotografia de Tom Stern, entre os cinzentos e os castanhos, constrói o ambiente de tragédia e resignação. Os rasgos de cor surgem fora da guerra, ou então no fogo das explosões e muito marcadamente no sol vermelho da bandeira japonesa. <BR/><BR/>Clint Eastwood revela uma segurança desarmante na realização. As ferozes imagens de batalha são brilhantemente filmadas, com a mesma intensidade da compaixão que revela perante as emoções. Sem actos heróicos, “Letters From Iwo Jima” é um filme silenciosamente corajoso e comovente. <BR/><BR/><BR/>8/10<BR/>
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A Oriente nada de novo

JPT

Apresentando mais uma obra de um rigor visual inatacável, Clint Eastwood volta a falhar devido ao seu apego, na hora da verdade, pelos mais bafientos clichés de Hollywood. Por culpa própria, ou de Paul Haggis (co-autor da história, tal como do penoso "Million Dollar Baby" e que, entretanto, escreveu e realizou "Crash"), Eastwood encaixa num filme cujo propósito é confrontar a mitologia maniqueísta da II Guerra Mundial e cujo método visual é o hiper-realismo, maus e bons de opereta, como os oficiais Ito (o mau e cobarde) e Nishi (o bom e corajoso), roçando o ridículo no diálogo deste último com um americano ferido (lembro-me da troça que igual cena mereceu quando encenada por Ridley Scott em "Black Hawk Down", mas mais vale cair em graça…). Num grau de idealização ligeiramente inferior, acham-se as figuras centrais do general Kuribayashi (o oficial perfeito) e do soldado Saigo (o tipo que só queria estar em casa), que, à là Malick, partilham com os espectadores o que lhes vai na cabeça (aqui, através de cartas e flash-backs), mas que só ocasionalmente fogem dos seus rígidos perfis tipificados. Problema maior é que a realidade de Iwo Jima não se presta a idealizações baseadas no ideário humanista ocidental do século XXI: nos 35 dias que durou a batalha, 22 mil soldados japoneses combateram, sem apoio aéreo ou naval, sem água, comida ou munições e sem esperança, e 99 por cento morreram (só uns 200 se renderam), levando com eles, com absoluta ferocidade, sete mil americanos. O filme de Eastwood fica longe de explicar esse extraordinário fenómeno, também humano, apesar de tudo. Esteve mais interessado em fazer a enésima versão – reconheça-se que belíssima e bem encenada – da boa e velha história de E.M. Remarque. Mas não havia japoneses nas trincheiras da Flandres.
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Cartas de Iwo Jima

JIT

O filme do Clint Eastwood merecia ter ganho o Óscar do melhor filme, é simplesmente fabuloso a todos os níveis. <BR/>Pura poesia desde do início até ao fim, um argumento de uma profundidade marcante que nos mostra bem o que é uma civilização oriental, seus valores, crenças, educação, castas sociais enfim um desfolhar de emoções, vivências que são analisadas com poesia e mestria através dos olhos de um batalhão de homens de origens, educação e crenças bem distintas em tempo de guerra. Tudo isto filmado com sobriedade, arte e poesia patente a cada movimento de câmara. Eastwood homenageia a facção japonesa sem igual. Uma obra para ficar e rever. <BR/>
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Entre o general e o soldado

Nazaré

A mesma batalha, do outro lado. O que quase sempre é feito num mesmo filme, Eastwood separou em dois. E, apesar de manter o ritmo algo moroso, é muito, muito eficiente. A intenção fica evidente no momento supremo — a leitura duma carta, que um soldado americano trazia consigo, da sua mãe, traduzida para os soldados japoneses — só a bandeira é que distingue os campos em contenda. A outro nível, oficiais japoneses cumprindo o seu dever de militares contra um inimigo que aprenderam a conhecer em tempos mais felizes, e que admiravam.<BR/>Pode tomar-se como mais uma obra a denunciar o absurdo da guerra, em tons propositadamente penumbrosos, mas é especial. E é indispensável ver o outro filme, como aliás vice-versa. Por exemplo para ver-se como o içar daquela bandeira foi totalmente diferente em significado para os dois lados, no jogo de escondidas que foi aquela batalha ao longo de várias semanas.<BR/>Este filme de mestre centra-se em dois personagens: o general que comandou as tropas japonesas e um soldado raso. Duas vivências da batalha, contrastantes o mais possível, mas que se encontram em vários momentos. E, voltando ao tema do heroísmo, cada um teve oportunidade de ser herói à sua maneira. De tudo o que se podia salvar do fogo, o soldado raso elegeu o que era ao mesmo tempo mais banal e mais importante. Como a carta ao rapaz americano também soube ser.<BR/>Pelo meio, todo o tipo de personagens, como eles encerrados pela avalanche de americanos, dum lado, pela falta de apoio estratégico, do outro, e pelos códigos de honra, dentro de si mesmos. Não deixa de ser irónico que um dos sobreviventes seja um oficial subalterno que esconde a sua cobardia com uma prática exagerada desses códigos.
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Cinema... cinema

Carlos Soares

São filmes assim (e infelizmente temos sido brindados com muito poucos) que nos lembram o porquê de sermos cinéfilos... Imperdível.
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Quero um Million Dollar Baby

Cláudia

Com tantas estrelas de especialistas cinéfilos, esperava melhor... Criei muitas expectativas. Ainda permaneço e mantenho-me no filme de referência de Clint Eastwood, ou seja, Million Dollar Baby.
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Ligeira decepção

VM

Este filme, para mim, é uma ligeira decepção, apesar de mesmo assim ser um bom filme.<BR/>Isto porque me pareceu que Eastwood não conseguiu fugir a um certo ridículo. São várias as situações, os movimentos, as posturas que, penso, não trazem nada de bom ao filme.<BR/>Compreendo que situações dramáticas podem ser indissociáveis de situações que se aproximam do ridículo, mas se o são, têm que ser tratadas com mestria... neste filme, ao contrário de 'As Bandeiras dos Nossos Pais', Eastwood errou a mão.<BR/>Ainda assim, o tom humano, mas não piegas nem psicadélico, que incute a ambos os filmes é determinante na minha apreciação global: é obrigatório ver este par de filmes de guerra.
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