Manual de Amor

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Comédia Dramática 116 min 2005 M/12 02/11/2006 ITA

Título Original

Manuale d'amore

Sinopse

Comédia italiana que se tornou num sucesso de bilheteira e na grande vencedora dos Prémios David de Donatello, os mais importantes galardões cinematográficos do país. Através de quatro histórias explora-se os mecanismos do coração: a paixão, as relações efémeras, os romances eternos, as crises, traições e cicatrizes. <p/>PUBLICO.PT

Críticas dos leitores

Chorar em vez de Rir

Mireille

Adorei este filme! Mas tive um ataque de choro... Vai-se lá saber porquê! Mas já diz o ditado "quem não se sente, não é filho de boa gente" e eu emocionei-me (divertidamente) com todas as histórias. A banda sonora então...nem se fala.
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Recomenda-se

MariaMar

Uma comédia inteligente que nos faz reflectir sobre as possíveis e diversas fases do amor.
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Rir faz bem

Federico Visconti

Folgo em ver que o "militante" Quarteto mantém este filme em cartaz. Infelizmente ignorado ou desprezado pela crítica lusa, o filme angariou um determinado leque de público e a palavra tem passado e levado mais alguma almas a receber duas horas de reconfortante humor. O filme não é brilhante, mas nessa mesma simplicidade e "gags" já conhecidos de outros filmes e autores é que reside o seu valor. Sinceramente acima das chamadas estrelas de classificação do "A Ver". E bem melhor que 90 por cento das comédias americanas que nos são "impostas". Entretanto, em Itália vai sair, ou saíu já, o "Manual de Amor 2". Ali, como na vizinha Espanha, foi um sucesso de bilheteira. Será que já não sabemos rir? Ou pior, que já não temos vontade de rir? A crítica da Rita é óptima para a descrição do filme. Mas eu convido-vos a ir vê-lo. Ides ver que vale a pena. Luciana Litizzetto é inigualável. Um portento. E as actrizes Jasmine Trinca e A. Caprioli são de uma empatia enorme.
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Recomendo!

Tiago

Há muito tempo que não me ria tanto. Uma comédia fantástica! Vale a pena :)
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O processo do amor

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Sem grandes expectativas que de chegue ao nosso país, "Manuale d’Amore" foi um dos grandes êxitos de bilheteira do ano passado em Itália e Espanha. O argumento de Giovanni Veronesi e Ugo Chiti conta quatro histórias distintas, unidas entre si pelo tema comum do amor, aqui diferenciado em quatro relações (ou talvez se trate de apenas uma única relação em diferentes fases). Tommaso (Silvio Muccino) apaixona-se pela bela Giulia (Jasmine Trinca, "La Meglio Gioventù"). À primeira vista, como deve ser. Mas Giulia não está interessada (também como deve ser). A embriaguez da sedução marca este momento. O primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira noite juntos, é o idílio do enamoramento.<BR/><BR/>Barbara (Margherita Buy) e Marco (Sergio Rubini) passam por um momento de impasse no seu casamento. O peso do tédio e do aborrecimento levam Barbara a tentar uma última alternativa para a reaproximação, e até a ideia de um filho como solução para o seu problema começa a ser conjecturada.<BR/><BR/>Ornella (Luciana Littizzetto) fica destroçada com a traição do seu marido. Querendo superar a situação com uma força superior a ela mesma, acaba por empreender uma luta contra todos os homens. Com a agravante de ela ser polícia de trânsito.<BR/><BR/>Goffredo (Carlo Verdone) é um pediatra de meia-idade que se encontra magoado, confuso e só após o abandono da sua mulher. Para superar este momento e caminhar no sentido da reconstrução, Goffredo recorre a um livro de auto-ajuda intitulado "Manuale d’Amore".<BR/><BR/>"Manuale d’Amore" não é marcado por uma forte originalidade. Com efeito, associa entre si uma série de clichés com os quais todos facilmente nos podemos identificar. Mas é essa humildade e simplicidade que acabam por ser o elemento mais cativante deste filme. A paixão, a crise, a traição e o abandono são todas elas histórias normais, como tantas outras. Ridículas, dramáticas e irónicas, tal como a vida.<BR/><BR/>Ao contrapor momentos de grande carga emocional com outros extremamente cómicos, Giovanni Veronesi joga com as emoções do espectador, transmitindo a instabilidade emocional característica das relações amorosas. E apesar de um pequeno problema de ritmo, o realizador consegue, com alguma agilidade, unir estes quatro episódios, fazendo as personagens de cada história cruzarem-se suavemente com as das outras. Pena é que o recurso a comentários directos à câmara e à voz "off" se tenha quase apenas limitado à primeira história. Do conjunto de interpretações as mais marcantes são, sem dúvida, a de Luciana Littizzetto no terceiro segmento e a de Carlo Verdone no último.<BR/><BR/>Talvez "Manuale d’Amore" pretendesse ser uma comédia romântica, mas o seu tom pessimista, apesar do humor tipicamente italiano, deixa uma certa sensação de desconforto. Apenas o primeiro momento parece conter algum optimismo, todo o restante filme está impregnado de um considerável desamor. E o tom irónico da comédia não ajuda a aliviar esse sentimento de condenação que parece marcar todas as relações descritas.<BR/><BR/>Da génese ao apocalipse, "Manuale d’Amore" atreve-se, ainda que com superficialidade, a decompor sentimentos. No final, confirma-se a frustração de, para malentendidos, ilusões, tragédias, romances eternos ou relações efémeras, não existirem manuais eficazes. Sem regras nem leis, sem poder tirar exemplos dos outros ou mesmo do nosso próprio passado, cabe-nos a nós combater os medos, arriscando em cada nova experiência. E arriscar implica apostar tudo, deixando no bolso uma única certeza: que o amor não é o fim, mas o processo (de crescimento, claro). Nota: 6/10.
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