Murderball - Espírito de Combate

Votos do leitores
média de votos
Votos do leitores
média de votos
Documentário 85 min 2005 M/12 08/06/2006 EUA

Título Original

Murderball

Realizado por

Sinopse

"Murderball" é um documentário sobre paraplégicos que jogam uma variante extremamente violenta de rugby, em cadeira de rodas, ao estilo de Mad Max, com o objectivo de chegarem aos Jogos Paraolímpicos de Atenas. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Murderball - Espírito de Combate

Vasco Câmara

Ler mais

A cadeira é uma arma

Jorge Mourinha

Ler mais

Murderball - Espírito de Combate

Luís Miguel Oliveira

Ler mais

Críticas dos leitores

Força para Viver

João Guerra (http://mr-robinson.blogspot.com)

"Murderball" é uma prática desportiva que consiste numa espécie de rugby, mas praticado por tetraplégicos em cadeira de rodas especialmente apetrechadas para o efeito. É também o nome de um documentário de Henry-Alex Rubin, (vencedor do Festival de Sundance 2005 e que curiosamente esteve entre os nomeados para Óscar de melhor documentário em Hollywood), que acompanha o quotidiano de um conjunto de homens incapacitados fisicamente e que ficaram tetraplégicos, exibindo-nos o dia-a-dia de duas equipas da referida modalidade, que são rivais, EUA e Canadá, nomeadamente na sua preparação para os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. A pretexto do acompanhamento da preparação para esse acontecimento desportivo, conhecemos o seu percurso, o seu ambiente familiar, as suas histórias de vida e a forma como lidam com as suas limitações desde o momento em que ficaram nesse estado até à sua recuperação. Para os participantes no documentário, a recuperação passou precisamente pela prática desportiva, pondo o filme em evidência a forma como o desporto consegue reunir todo o tipo de pessoas e como a competição pode funcionar como terapia, física e psicológica.<br/><br/>Este é um documentário, autêntico, realista mas também informal, sendo por exemplo pautado por momentos cómicos (como as cenas em que são abordadas as práticas sexuais e de engate dos intervenientes). É, com efeito, um verdadeiro “murro no estômago” para quem assiste, e que leva a que nós, que não temos limitações físicas, ponhamos em causa muitas das nossas atitudes perante a vida. Estes homens não perderam tempo, aprenderam a viver com a deficiência e a lutar por uma vida com qualidade. Não há aqui lugar a lamechices ou qualquer manifestação de pena, apesar de existirem alguns momentos dramáticos que apanharam o próprio realizador desprevenido, como quando um dos tetraplégicos sofre um ataque cardíaco e assistimos às implicações desse acontecimento na vida dos colegas e familiares e do próprio doente, que mais uma vez não desiste.<br/><br/>Curiosamente, uma das figuras centrais do filme, Joe Soares, é português, e lamenta que em Portugal haja tanta ignorância e preconceito no que toca a estas questões, destacando que aqui não teria qualquer hipótese de recuperação e de levar uma vida digna e praticamente normal. Lamentavelmente tem razão. Não há motivo para não ir ver este documentário.
Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!