Coisa Ruim

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Drama 97 min 2006 M/16 02/03/2006 POR

Título Original

Sinopse

Uma família lisboeta recebe como herança uma casa numa pequena aldeia do interior. Com a casa, diz o povo, vem também uma maldição...<br />"Coisa Ruim", primeiro filme português a abrir a competição do Fantasporto, é a primeira longa-metragem de Tiago Guedes e Frederico Serra, a dupla da premiada curta "O Ralo" e do telefilme da SIC "Alta Fidelidade". O argumento é assinado pelo jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho (irmão de Tiago Guedes). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Portugal profundo

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Luís Miguel Oliveira

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Coisa nada ruim

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Bom filme de terror

Balrog

Filme surpreendente que vale a pena ver. Não é uma obra-prima, mas é um bom filme, com cenas memoráveis. Depois de "I'll See You In My Dreams", o género de terror aparece de novo no cinema português pela mão de Tiago Guedes, que já tinha mostrado uma certa qualidade em "Alta Fidelidade". Nota: 4/5.
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Engate frustrado...

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Já nem me recordo do último filme português que vi (deixei passar o "Alice"...), mas deixei-me seduzir pelo bem montado "trailer" de "Coisa Ruim". Eu não esperava exactamente um filme de terror, mas ser filme de abertura de um Fantasporto traz, certamente, alguma credibilidade e expectativa. Infelizmente, como um daqueles engates frustrados, a primeira impressão não sobreviveu a um olhar mais atento. E se, como eu, ouvirem qualquer referência que se atreva a comparar este filme com "The Village" (M. Night Shyamalan, 2004) ou o excelente "Shallow Grave" (Danny Boyle, 1994), por favor não liguem. "Coisa Ruim" começa com um exorcismo, apresentando-nos a personagem mais importante - o Diabo.<BR/><BR/>Xavier (Adriano Luz), um biólogo, muda-se de Lisboa com a mulher (Manuela Couto) e os filhos (Sara Carinhas, Afonso Pimentel e João Santos) para uma antiga casa de família no interior do país. Numa aldeia cheia de lendas, esta casa carrega consigo um passado que se vai fazendo notar em torno dos seus novos habitantes.<BR/><BR/>Seia e Torroselo foram locais de filmagem muito bem escolhidos, o Portugal profundo onde se guardam as mais velhas tradições e superstições. A claustrofobia de um bosque cerrado também é bem aproveitada. O mesmo se pode dizer da casa assombrada, com todo o potencial para causar calafrios, desde o ranger de madeiras aos recantos escuros. Os actores estão, globalmente, bastante bem, apesar de terem que trabalhar com personagens unidimensionais e com soluções que roçam o despropósito (tal é o caso dos avanços menos próprios da personagem de Afonso Pimentel, ficando-se sem perceber se são ou não fundamentados nalgum segredo, neste caso particular a insinuação requer confirmação sob pena de perder todo o sentido).<BR/><BR/>A fotografia de Victor Estevão é bastante agradável em termos de texturas e há planos realmente muito bem feitos. Aliás, a (pouca) tensão deste filme reside, única e exclusivamente, na forma como está filmado. A montagem de Pedro Ribeiro, no entanto, faz perder muitos dos momentos mais fortes (na primeira visão de um espectro nem me dei conta do que se tinha passado, tal foi a rapidez com que o filme foi cortado). Já para não falar da música de Jorge C., que poderia ter capitalizado muito mais este filme. Eu nem sou dos que defende que o som deve monopolizar os efeitos emocionais, mas não usá-lo de todo, ou usá-lo mal, pode ser um pecado tão grave como o uso excessivo. É o que sucede aqui. O silêncio é tão pouco perturbante como o som que cresce e morre antes sequer de nos ter feito suster a respiração.<BR/><BR/>A veia jornalística do argumentista Rodrigo Guedes de Carvalho é evidente no trabalho de investigação das superstições que assolam o velho Portugal. Mas concentrá-las todas, de repente, numa mesma aldeia não só retira credibilidade à lenda que marca o filme, como a debitação de cada uma delas soa a lição escolar, sem o mínimo de naturalidade. Apenas para o fim, no cúmulo do desespero, aquelas personagens começam a falar como pessoas reais. Até lá, são elas mesmas uma assombração.<BR/><BR/>Tive pena que este filme não me tivesse incomodado nem um pouco, não me tivesse feito mexer na cadeira, obrigando o coração a esperar pelo momento seguinte, que não me tivesse feito sentir o peso do receio daquilo que não se explica. Mas se calhar é só o meu mau feitio. Isso ou o ter ficado totalmente insensível depois de ver o perturbante e duríssimo “3... Extremos”.<BR/><BR/>Ainda assim, se pensar muito, e aparte o declarado moralismo de que as nossas vidas actuais se escondem por trás de "lendas" que nós próprios criamos para nos consolarmos, consigo encontrar uma ideia importante. O desconhecido e o diferente sempre foram e serão motivo de desconfianças. O que uns respondem com superstições, outros respondem com cepticismo. Mas a explicação talvez resida a meio caminho - da mesma forma que a aceitação, que mais do que compreensão é respeito. Nota: 4/10.
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Engate frustrado...

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Já nem me recordo do último filme português que vi (deixei passar o "Alice"...), mas deixei-me seduzir pelo bem montado "trailer" de "Coisa Ruim". Eu não esperava exactamente um filme de terror, mas ser filme de abertura de um Fantasporto traz, certamente, alguma credibilidade e expectativa. Infelizmente, como um daqueles engates frustrados, a primeira impressão não sobreviveu a um olhar mais atento. E se, como eu, ouvirem qualquer referência que se atreva a comparar este filme com "The Village" (M. Night Shyamalan, 2004) ou o excelente "Shallow Grave" (Danny Boyle, 1994), por favor não liguem. "Coisa Ruim" começa com um exorcismo, apresentando-nos a personagem mais importante - o Diabo.<BR/><BR/>Xavier (Adriano Luz), um biólogo, muda-se de Lisboa com a mulher (Manuela Couto) e os filhos (Sara Carinhas, Afonso Pimentel e João Santos) para uma antiga casa de família no interior do país. Numa aldeia cheia de lendas, esta casa carrega consigo um passado que se vai fazendo notar em torno dos seus novos habitantes.<BR/><BR/>Seia e Torroselo foram locais de filmagem muito bem escolhidos, o Portugal profundo onde se guardam as mais velhas tradições e superstições. A claustrofobia de um bosque cerrado também é bem aproveitada. O mesmo se pode dizer da casa assombrada, com todo o potencial para causar calafrios, desde o ranger de madeiras aos recantos escuros. Os actores estão, globalmente, bastante bem, apesar de terem que trabalhar com personagens unidimensionais e com soluções que roçam o despropósito (tal é o caso dos avanços menos próprios da personagem de Afonso Pimentel, ficando-se sem perceber se são ou não fundamentados nalgum segredo, neste caso particular a insinuação requer confirmação sob pena de perder todo o sentido).<BR/><BR/>A fotografia de Victor Estevão é bastante agradável em termos de texturas e há planos realmente muito bem feitos. Aliás, a (pouca) tensão deste filme reside, única e exclusivamente, na forma como está filmado. A montagem de Pedro Ribeiro, no entanto, faz perder muitos dos momentos mais fortes (na primeira visão de um espectro nem me dei conta do que se tinha passado, tal foi a rapidez com que o filme foi cortado). Já para não falar da música de Jorge C., que poderia ter capitalizado muito mais este filme. Eu nem sou dos que defende que o som deve monopolizar os efeitos emocionais, mas não usá-lo de todo, ou usá-lo mal, pode ser um pecado tão grave como o uso excessivo. É o que sucede aqui. O silêncio é tão pouco perturbante como o som que cresce e morre antes sequer de nos ter feito suster a respiração.<BR/><BR/>A veia jornalística do argumentista Rodrigo Guedes de Carvalho é evidente no trabalho de investigação das superstições que assolam o velho Portugal. Mas concentrá-las todas, de repente, numa mesma aldeia não só retira credibilidade à lenda que marca o filme, como a debitação de cada uma delas soa a lição escolar, sem o mínimo de naturalidade. Apenas para o fim, no cúmulo do desespero, aquelas personagens começam a falar como pessoas reais. Até lá, são elas mesmas uma assombração.<BR/><BR/>Tive pena que este filme não me tivesse incomodado nem um pouco, não me tivesse feito mexer na cadeira, obrigando o coração a esperar pelo momento seguinte, que não me tivesse feito sentir o peso do receio daquilo que não se explica. Mas se calhar é só o meu mau feitio. Isso ou o ter ficado totalmente insensível depois de ver o perturbante e duríssimo “3... Extremos”.<BR/><BR/>Ainda assim, se pensar muito, e aparte o declarado moralismo de que as nossas vidas actuais se escondem por trás de "lendas" que nós próprios criamos para nos consolarmos, consigo encontrar uma ideia importante. O desconhecido e o diferente sempre foram e serão motivo de desconfianças. O que uns respondem com superstições, outros respondem com cepticismo. Mas a explicação talvez resida a meio caminho - da mesma forma que a aceitação, que mais do que compreensão é respeito. Nota: 4/10.
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Coisa realmente ruim

Munir Ahmad

Filme pálido, oco, sem substância, com personagens inconsequentes. Fica-se a pensar o que levou o ICAM a apoiar este filme... Não aconselho a ninguém. De 0 a 20, dou 3 valores.
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Até que enfim

T.D.

Finalmente este país começa a ter o que se pode chamar de cinema. Abram alas para os Marcos Martins, para o António Ferreira e para estes Guedes e Serra. E tu, aguenta-te aí, ó Canijo, que ainda fazes muita falta. Esta malta mais o Edgar Pêra podem-me fazer voltar a acreditar que afinal sempre vamos ter um cinema com futuro. Normalmente tratava-se de casos isolados, mas agora quase que sinto uma corrente nova. Qualidade que não despreza o seu público. Pelo contrário, dá-lhe muita coisa para ele levar para casa. Que foi o meu caso ao ver este "Coisa Ruim". Fui para casa a pensar nas várias questões que ficam por responder no filme, para perceber que é isso que ele pretende na sua essência. Levantar questôes, sobre as crenças, a religião, o amor e as relações. Vejam este filme, que vale bem a pena os quatro euritos.<br/><br/>Não é cinema para básicos tipo Padre Amaro nem para pseudo-intelectualóides. Grandes actores, grande envolvência ambiental, grande fotografia, grande argumento, grande música, enfim um grande filme. Continuem a acreditar neste tipo de cinema para nós voltarmos a acreditar num cinema português! Parabéns Guedes e Serra.
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Coisa abaixo de cão

jpt

Este filme é mau. Mesmo para filme português é mau. E não é por falta de meios: a fotografia e o som são excelentes, os actores são profissionais, não se poupou nos adereços e nos locais. Mas estes meios estão ao serviço de uma obra que se resume ao saque de cenas, ideias, ambientes e frases inteiras de filmes alheios e na sua colagem sem qualquer critério ou razão. São 100 minutos sem uma ideia nova, só pastiche. E, se, por vez, se fazem grandes filmes assim, neste a pilhagem não serve qualquer fim. Não se percebe qualquer razão para o filme ter sido feito, desta ou doutra maneira, ou dever ser visto. Se o filme pretende contar uma história, falha, porque não há história, mas uma soma de eventos desconexos e anedotas, meros pretextos para inserir as cenas copiadas doutro lado: os diálogos, imensos, são prolixos, pedantes e sem humor; as personagens, esquemáticas, mudam de carácter e estado de espírito sem razão aparente; a encenação é liceal: personagens entram e saem de cena sem propósito, ausentam-se minutos a fio e reaparecem, nenhuma tem uma ocupação regular aparente.<br/><br/>Se o filme procura criar e descrever um ambiente, falha, porque, para lá da paisagem, nada ali é real: a aldeia só tem uma rua e um largo, ambos com aspecto de museu; os habitantes falam todos com sotaque de Lisboa, incluindo uma sopeira, com a dicção do Teatro Dona Maria II; as pessoas tratam os padres por "você"; os padres tratam-se entre si por "você"; e uma aldeia sem habitantes tem, todavia, dois padres. Em suma, ninguém se deu à chatice de passar uma semana numa aldeia, ir à tasca, falar com as pessoas.<br/><br/>Se o filme procura criar sensações falha: não há um susto, um só, uma sensação de medo, ansiedade ou inquietação, somente – no meu caso – o espanto de estar mesmo a ver uma coisa indescritivelmente ruim e a percepção, essa sim verdadeiramente assustadora, de que este é mesmo um país onde tudo pode acontecer - como um filme assim ser "Recomendado pelo Cinecartaz".
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Bom e pronto

Carlos Abreu

Gostei muito de "Coisa Ruim" e não compreendo a crítica de excesso de convergência com a estética de outros realizadores como Kubrick, Shyamalan, Amenábar. O filme é bom porque retrata o interior português e procura o medo que certos lugares ainda conservam, o medo da ira divina, o medo do estranho, servindo na perfeição a metáfora de um povo português ainda enraizado nas crendices e nas histórias de assombramentos e maldições... Se mostrar isso recorrendo aos que melhor o sabem fazer, sempre sem cair no cliché, a saber gerir o "suspense", com óptima direcção de actores, era muito bom. O filme ainda surpreende pela qualidade narrativa, provocando algumas surpresas e deixando um final um pouco em aberto, jogando com a discussão do espectador depois do seu visionamento ... As cenas em que se explicam a maldição da casa pelo Padre ancião são deliciosas...<BR/><BR/>O único dado negativo, alguns senhores ditos cultos (João Bénard da Costa) que escrevem em jornais apelidando os espectadores de cinema como "Coisa Ruim" de mentecaptos, atirando vivas ao novo de Manoel d'Oliveira. O cinema de "Coisa Ruim" não deve nada ao cinema de Manoel d'Oliveira, tomara Portugal realizar muitos mais "Coisas Ruins" e menos cinema de minoria daquele que já irrita. A minoria que subsidie o cinema que quer ver, e deixem que o Estado e outros financiamentos aproveitem o talento dos que sabem dar qualidade e prazer para toda a gente (João Pedro Robrigues, João Canijo, António Ferreira, Marco Martins, etc.). E que tornem Portugal um verdadeiro país de cinema/entretenimento como Espanha e França, por exemplo.
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Uma boa surpresa!

Loulou

Gostei muito. É bom saber que, felizmente, há outros padres além do Amaro para atrair público ao cinema português.
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Bom filme

Helder

Um filme que se vê bem mas que se poderia ter realizado bem melhor, "com uma história destas". Mas gostei mesmo assim. Tem algumas situações que não fazem sentido mas ultrapassa-se facilmente. Fiquei um pouco desiludido com a fotografia.
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Um pouco evidente a mais

Ana Santos

Talvez porque o cinema português não tenha muita experiência em filmes de terror/"suspense", considerei que neste filme, o prolongar da história foi excessivamente evidente. Gostei dos actores escolhidos, boas referências portuguesas, mas a produção e o decorrer da história não superaram as minhas espectativas. Tenho sempre um "afecto" especial por filmes de produção portuguesa e por isso decidi ver este também. No entanto, não desistam.
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