Máquina Zero

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Drama, Guerra 123 min 2005 M/16 12/01/2006 EUA

Título Original

Sinopse

Adaptação da autobiografia do fuzileiro Anthony Swofford, "Máquina Zero" acompanha as reflexões de "Swoff" (Jake Gyllenhaal) no acampamento e nas missões durante a Guerra do Golfo - missões em que carrega o equipamento às costas através do deserto do Médio Oriente, sem qualquer protecção contra o calor intolerável e com os soldados iraquianos sempre à espreita no horizonte. Swoff e os seus companheiros aguentam-se com humor negro e absurdo no deserto escaldante, num país que não compreendem, enfrentando um inimigo que não conseguem ver, por uma causa que lhes passa ao lado. "Máquina Zero" é o último filme de Sam Mendes ("Beleza Americana", "Caminho para Perdição"). Jamie Foxx interpreta o Sargento Sykes, o fuzileiro que lidera o pelotão de "snipers" de Swofford. Peter Sarsgaard é Troy, amigo e mentor de Swoff e membro da STA - a Unidade de Elite. <p/>PUBLICO.PT

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Críticas dos leitores

No deserto

jpt

Há algo neste filme que faz com que ele, sendo obviamente muitíssimo bem concebido, escrito e realizado, não gere qualquer especial emoção (as que experimentei devem-se mais a Coppola e Wagner). Virá da forma amoral como expõe as personagens? Do modo como elas oscilam, alheadas, entre o apelativo e o repelente? Do enigma que elas constituem até ao fim e que, francamente, não nos interessa desvendar? Ao fim de três filmes de Sam Mendes acho que sim. Dito isto, "Jarhead" é interessante como estudo do tédio e das motivações não idealistas (e, em certos casos, da absoluta falta de motivação) de quem, em 1991, assinava um contrato de trabalho com o US Marine Corps. Como filme de guerra, não existe. Os heróis chegam atrasados. Só a tempo de ver as vistas que todos vimos na TV. A guerra animada ainda existe, (veja-se "Blackhawk Down"...) mas o Sr. Mendes prefere, uma vez mais, o vazio.
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Expectativas frustradas

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

A minha expectativa de uma abordagem estilo "Full Metal Jacket" (Stanley Kubrick, 1987) saiu completamente defraudada com "Jarhead". A adaptação de Sam Mendes da autobiografia de Anthony Swofford sobre a Guerra do Golfo surge mais como um exercício estilístico, de inegável beleza graças à fotografia de Roger Deakins, do que como uma história. Somos levados a acompanhar a transformação do marine - "jarhead" - Swofford (Jake Gyllenhaal) numa máquina de matar, na companhia do colega Troy (Peter Sarsgaard) e sob a liderança do Sargento Sykes (Jamie Foxx). Desde a humilhação e despersonalização do seu treino como atirador, até à agonia, ansiedade, medo e angústia quando, chegados ao deserto, em vez de guerra tem uma espera entediante na retaguarda.<BR/><BR/>E assim temos o quotidiano previsível da companhia nas dunas, enquanto tentam ocupar o seu tempo e procuram algo onde possam descarregar a arma. Afinal de contas é isso que justifica o terem-se alistado, é disso que precisam para serem heróis. As suas expectativas - alimentadas à conta de filmes - saem completamente frustradas, dando a impressão de que a preparação para a guerra pode ser tão traumática como a própria guerra.<BR/><BR/>Mas o grande risco de filmar o tédio é... enfim... o próprio tédio... E eventualmente, o aborrecimento das personagens acaba por se transpor ao espectador, que, até ao fim, continuará à espera de uma história que prendesse e que valesse a pena ser contada. Talvez o filme se salvasse com uma espectacular cena de guerra à moda antiga. Mas nem isso.<BR/><BR/>Apesar de bem representado, a "backstory" das personagens é mínima, e ficamos sem perceber quais as suas motivações. Mendes contou com o carisma de Gyllenhaal, que, apesar de uma personagem quase linear, é convincente no riso, no choro, na raiva, na cobardia. Sarsgaard, como sempre, sem falhas, assim como Jamie Foxx. No entanto, já vimos toda esta gente antes, uns motivados pelo patriotismo, outros pela adrenalina, outros pela falta de alternativas, mas nada de novo.<BR/><BR/>Existe algum mérito no carácter apolítico e imparcial da obra. E não se põe em dúvida o realismo da mesma. Mas nem tudo o que é real merece a passagem ao cinema. Contudo, a forma ambígua com que tudo é apresentado, mais do que transparecer a vontade de não fazer julgamentos entre o bem e o mal, ou entre guerra e paz, parece ser apenas uma forma de não fazer inimigos - e pelos valores de venda do livro vê-se que a opção politicamente correcta traz os seus frutos. A ironia, que podia ser uma arma eficaz neste caso, é pouca e mal usada, e as verdades são tão evidentes que a sua afirmação não passa de cliché.<BR/><BR/>A tentativa de Mendes de fazer um filme diferente foi bem sucedida. Mas diferente não quer dizer bom. E a sua preocupação com a forma e o visual não chega para compensar a falta de sentido de "Jarhead". No final, a memória cumprirá o seu papel, esquecendo-se deste filme no panteão dos filmes de guerra. E que pena me dá, porque confesso que o "American Beauty" ainda é uma das minhas referências.<BR/><BR/>A melhor imagem do filme (e estou a tentar abstrair-me do torso nu de Gyllenhaal) é, sem dúvida, os soldados americanos cegados pelo petróleo. Um símbolo demasiado real para ser ignorado.
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Excelente

João Salvado

Aconselho vivamente este filme, é mesmo muito bom, vejam.
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Passo em falso

Diogo Lopes

Continua a lenta queda de Mendes, inexplicável, principalmente se atendermos ao primeiro filme que assinou, "American Beauty". Não só a pretensão de colocar "Road to Perdition" no escaparate dos clássicos dos "gangsters" foi gorada, como voltou a repetir o passo em falso com este "Máquina Zero", que também não voará alto junto aos ícones do género de guerra. O talento está lá. Adivinha-se, sente-se e vê-se que não seria um mero artesão que nos proporcionaria um filme com as preciosidades que este pontualmente apresenta, mas que são traídas pelo seu próprio criador. Melhores dias virão? Ou terá sido "American Beauty" apenas pura sorte de principiante?
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Realismo 100 por cento

Filipe

Realismo 100 por cento? Sim, o filme o retrata muito bem o que são realmente o serviço militar ou mesmo a carreira militar de qualquer "recruta". Tem uma boa selecção de cenas, que me atrevo a dizer fantásticas. À primeira vista classificamo-lo logo como filme de guerra, mas é um pouco de tudo. Achei um filme muito bem realizado; os meus parabéns ao realizador por tal êxito (que certamente será).
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Talvez

gss

Não será patético. É um filme-desperdício. O filme e o que o filme mostra.
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Uma estrela a Jarhead?

Rob

Críticos de cinema a dar uma estrela a "Jarhead"? Não seria interessante ver o filme antes de o comentar? Sim, porque essa é a única maneira que explica o facto de o avaliarem com uma estrela. Ou talvez estivessem distraídos nas partes em que Jamie Foxx mostrou porque é um "Academy Award Winner" ou mesmo nas partes em que Jake Gyllenhaal mostrou porque é uma estrela em ascenção. E já nao quero falar na fotografia, banda sonora de Thomas Newman, crítica à sociedade americana,etc.. Portugal está realmente entregue a isto. "Jarhead", uma Estrela. Talvez se fosse um filme todo indie e alternativo já merecia quatro.
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Guerra? Qual guerra?

Nazaré

Finalmente um filme de Hollywood sobre a Guerra do Golfo! E quem senão o realizador de "Beleza Americana" para dirigir uma obra desarmante? Baseado no relato dum ex-fuzileiro que aos 20 anos foi desembarcado num mar de secura, onde a guerra já não tinha nada a ver com as gloriosas cavalgadas à "Apocalypse Now" e ainda menos com os épicos da Guerra do Pacífico contra os japoneses. O filme é dominado pela frustração de quem foi treinado e doutrinado ("Jarhead" significa cabeça de frasco, e na voz "off" sai o comentário: um frasco vazio) para algo que não iria acontecer.<BR/><BR/>E que em troca encontrou aquilo para o qual não o prepararam: seis meses de espera sob a torreira do sol para um punhado de dias em que a guerra esteve ali ao lado, mas passou ao lado — e, pelas imagens terríveis que mesmo assim presenciam, os soldados até podem bem agradecer que assim tenha sido; a traição das mulheres ou namoradas lá em casa (uma das cenas é particularmente cruel, especialmente sendo verídica como se supõe que é); a loucura. Afinal, estes jovens alistaram-se para poderem matar, e tudo o que conseguiram foi um fogo de artifício de petardos, terem a sorte de não morrerem com fogo amigo, e descarregar as armas para o ar ao som dos Public Enemy.<BR/><BR/>Realmente, na altura ninguém percebeu o que se passou na Guerra do Golfo (muito menos o Artur Albarran e todos os outros jornalistas, que foram mantidos à distância). Mas com este filme percebem-se personagens como um certo Tim McVeigh que, quatro anos depois, esventrou um edifício federal em Oklahoma, assim matando imensa gente; o terror nas faces dos iraquianos que se rendiam; o estado de espírito dos soldados americanos hoje aquartelados no Iraque. E, comicamente, porque é que um árabe não pode saudar um soldado americano com a mão esquerda, entre outras consequências dos incontáveis mitos de caserna.
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Muito bom

Rita Pestana

Patético? A realização é no mínimo de uma sensibilidade tremenda, as músicas escolhidas a dedo. O filme está muito bom mesmo. Patético está o "Odete", isso sim é patético!
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Tempo perdido

Luis Gustavo

O único comentário que posso deixar é que o filme é simplesmente patético.
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