O Fiel Jardineiro

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Drama, Thriller 129 min 2005 M/16 03/11/2005 GB

Título Original

Sinopse

Numa zona remota do norte do Quénia, a activista Tessa Quayle (Rachel Weisz) é encontrada brutalmente assassinada. O seu companheiro de viagem, um médico local, desapareceu e tudo indica tratar-se de um crime passional. Os membros do Alto Comissariado Britânico em Nairobi partem do princípio que Justin Quayle (Ralph Fiennes), o marido de Tessa, um pacato diplomata sem ambições, deixará o assunto ao cuidado deles. Mas, assombrado pelo remorso e revoltado com os rumores sobre a infidelidade da sua mulher, Justin embarca numa perigosa odisseia para limpar o nome de Tessa. Uma viagem que o levará aos meandros da poderosa indústria farmacêutica e às terríveis verdades que a mulher estava à beira de revelar. Baseado no "best-seller" homónimo de John Le Carré, "O Fiel Jardineiro" é um drama sobre o amor e a busca da verdade, realizado pelo brasileiro Fernando Meirelles ("Cidade de Deus" ou "Ensaio Sobre a Cegueira"). PÚBLICO

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Críticas dos leitores

O fiel actor

Nuno R

Fernando Meirelles, já conhecido pelo filme “Cidade de Deus”, apostou na adaptação de um romance de John Le Carré, o mesmo da "Casa da Rússia". Contudo, a sensação que fica é que o fiel jardineiro não escapou a uma vertente já discutida na “Cidade de Deus”, ou a uma saga de conspirações do poder político-económico, como as vistas na "Casa da Rússia". Rachel Weisz (Tessa Quayle) tem uma boa interpretação mas não merecedora de um Óscar, enquanto Ralph Fiennes (Justin Quayle) fez-me recordar a personagem de Spider, todavia sem a psicose inerente à história do filme de David Cronenberg. Acho que Justin não é um justiceiro ou vingador, é um “jardineiro de sua majestade”, introvertido, e eternamente apaixonado por uma activista dos direitos humanos, e que procura dar uma resposta ao seu sofrimento ou ao seu sentimento de perda recusando-se a dizer adeus à sua mulher. Como conclusão, o interesse do filme em causa passa pela representação de Ralph Fiennes, para mim um dos melhores actores das terras de sua majestade.
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Onde há guerra não há amor

DelTango

Um amor foi viver para um país violento. Deixou-se morrer e foi morto. Depois quis ressuscitar. Mas não foi possível, já estava morto. Afinal sem se ter deixado morrer. Conclusão: sítios de guerra e miséria não toleram amores estrangeiros. Muito menos os da terra. Apesar do bom papel, porque teve Rachel Weisz um Óscar?
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Lindo de morrer

Three Bees

Já foi há muito tempo que fui ver este filme, e fi-lo duas vezes. A fotografia é lindíssima, os actores também eles lindíssimos, e tudo o resto (na opinião de uma humilde espectadora) muito bom. A história de amor é lindaaaa! Um tema polémico para a indústria farmacêutica.
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Feio

rabosky

Este filme é feio, é feio, é feio, é feio. Mas é o Gorky, e por isso é belo, é belo, é belo, é belo.
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Realidade ou ficção?

Frederico Lemos

Brilhante! Intenso! Um filme que nos põe a pensar se da realidade à ficção por acaso não irá apenas um pequeno passo. Um argumento que não pode deixar ninguém indiferente. E sobretudo, faz reflectir.
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Expectativas frustadas

Carlos Alberto Sousa

Um bom filme, boas expectativas, um conjunto de circuntâncias adequadas a sair da sala surpreendido. No fim, poder-se-ia ter ido mais longe. Falta algo para passar de bom filme a filme daqueles que nunca esquecemos. Enfrentar os problemas ocultos das sociedades actuais, com as receitas dessas mesmas sociedades por vezes não nos deixa ir tão longe como gostaríamos. Foi isso que aconteceu? Representações à altura.
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A verdade nua e crua

Gonçalo Abrantes

Qualquer semelhança entre este filme e a realidade é pura ficção. Um filme altamente desaconselhável a quem acredita que os ingleses e os americanos enviaram tropas para libertar os iraquianos de uma terrível ditadura opressiva; ou que acreditam que os americanos são mais nossos amigos que os nossos animais domésticos; ou que acreditam que por detrás da miséria em África, em particular no Darfur (Sudão), não estão disputas tribais ou interesses territoriais; ou os que acreditam que o destino fala mais forte e que não adianta denunciar; enfim, aqueles que já nem sabem ser conservadores pois limitam-se a viver a sua vida resignados ao que lhes vai surgindo aos seus pés como se alguém divino regulasse o planeta.<BR/><BR/>Como é dito algures no filme, "a indústria farmacêutica é como a indústria do armamento, na sua génese, nos seus meios e nos seus fins". E era bom que todas as atrocidades que se cometem sob os nossos olhos tivessem um fim tão digno como o final deste filme. Infelizmente, a realidade é bem mais dura. Recomendadíssimo. Cinco estrelas / um Óscar.
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A verdade nua e crua

Gonçalo Abrantes

Qualquer semelhança entre este filme e a realidade é pura ficção. Um filme altamente desaconselhável a quem acredita que os ingleses e os americanos enviaram tropas para libertar os iraquianos de uma terrível ditadura opressiva; ou que acreditam que os americanos são mais nossos amigos que os nossos animais domésticos; ou que acreditam que por detrás da miséria em África, em particular no Darfur (Sudão), não estão disputas tribais ou interesses territoriais; ou os que acreditam que o destino fala mais forte e que não adianta denunciar; enfim, aqueles que já nem sabem ser conservadores pois limitam-se a viver a sua vida resignados ao que lhes vai surgindo aos seus pés como se alguém divino regulasse o planeta.<BR/><BR/>Como é dito algures no filme, "a indústria farmacêutica é como a indústria do armamento, na sua génese, nos seus meios e nos seus fins". E era bom que todas as atrocidades que se cometem sob os nossos olhos tivessem um fim tão digno como o final deste filme. Infelizmente, a realidade é bem mais dura. Recomendadíssimo. Cinco estrelas / um Óscar.
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Imperdível!

sofia

Adorei este filme. Acho que consegue tocar qualquer pessoa. Um filme a não perder!
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Crime, disse ela

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Uma das grandes surpresas cinematográficas de 2003, "Cidade de Deus" assinalou uma a soberba e memorável estreia na realização do brasileiro Fernando Meirelles, que se tornou automaticamente num nome incontornável entre os novos cineastas mundiais. Dinâmico, cru, emotivo e efervescente, o filme aguçou a curiosidade em relação a projectos seguintes do realizador, por isso a sua segunda obra, "O Fiel Jardineiro" ("The Constant Gardener"), torna-se assim numa película especialmente decisiva na determinação do estatuto e respeitabilidade do seu autor. Felizmente, e mesmo não sendo tão vibrante como o seu antecessor, o novo trabalho de Meirelles confirma-o como um autor interessante e com algo de relevante a dizer, sabendo dosear estilo e substância e aliando o entretenimento à reflexão (que nunca é sugerida de forma forçada).<BR/><BR/>"O Fiel Jardineiro" não é propriamente a película que se esperaria de Fernando Meirelles, uma vez que se trata de uma co-produção britânica e alemã, conta com actores mediáticos (Ralph Fiennes e Rachel Weisz) e baseia-se num romance de John Le Carré, oferecendo uma intrigante mistura de drama intimista, "thriller" político e "road movie". Não está, à partida, muito próximo de "Cidade de Deus" - que foi feito com meios mais limitados, recorrendo a um elenco maioritariamente amador -, mas por detrás da capa de "filme de prestígio" (já há quem o considere um dos incontornáveis na próxima edição dos Óscares) a espontaneidade e ousadia temática e formal da primeira obra do realizador brasileiro acabam ainda por se repetir.<BR/><BR/>Um olhar sobre o continente africano e o seu papel num cenário mundial actual cada vez mais marcado pela globalização, "O Fiel Jardineiro" centra-se no relacionamento entre Justin, um diplomata sério e recatado (e jardineiro nas horas vagas), e a sua esposa Tessa, uma jornalista cujo forte idealismo e activismo lhe geram alguns problemas, conduzindo ao seu abrupto assassínio.<BR/><BR/>Mesclando linhas temporais distintas, o filme foca, por um lado, o início e dia-a-dia da relação do par protagonista e, por outro, a tentativa de resolução do mistério da morte de Tessa por parte de Justin. Pelo meio, há ainda uma perspectiva quase documental sobre as contrariedades da subsistência em países do terceiro mundo, em particular sobre Nairobi, local onde decorre grande parte da acção (contrastando com os ambientes urbanos de Londres, a outra cidade-chave do filme), assim como uma crítica a aspectos algo dúbios dos métodos da indústria farmacêutica.<BR/><BR/>Ora mergulhando no abismo emocional de Justin, que redescobre Tessa após a morte desta, ora gerando um retrato do tecido social do Quénia, a película surpreende ao proporcionar momentos de uma inesperada introspecção, como aqueles que envolvem a bela história de amor que aqui se (des)constrói.<BR/><BR/>Ralph Fiennes e Rachel Weisz compõem duas personagens envolventes e complexas, tornando-se num par romântico algo atípico, dada a divergência de pontos de vista, mas que possuem, afinal, mais elementos em comum – como Justin descobre - do que se julgaria inicialmente. Fiennes, contido e meticuloso, prova porque é que é um dos grandes actores de hoje, e Weisz encanta e comove ao afastar-se de alguns papéis anteriores que não faziam jus ao seu (agora) notório talento interpretativo.<BR/><BR/>Apostando aqui num ritmo mais apaziguado do que em "Cidade de Deus", Meirelles não deixa, no entanto, de esculpir cenas com bastante energia, pois a carga dramática do filme é absorvente e a realização continua inventiva, recorrendo a enquadramentos bem conseguidos e a uma montagem fluida. Os tons crus e realistas mantêm-se, e certas sequências filmadas nos bairros de Nairobi aproximam-se da aspereza, texturas e explosão de cores das atmosferas das favelas brasileiras, excepcionalmente trabalhadas na primeira obra do cineasta e confirmando-o como um criativo esteta.<BR/><BR/>Mesmo não sendo uma obra-prima, "O Fiel Jardineiro" é um título maduro e relevante, que consegue apresentar uma postura humanista e crítica sem enveredar pelo choradinho fácil e oportunista nem reduzir as suas personagens a meros joguetes sem substância que apenas servem uma causa. Noutras mãos, este material poderia ter originado um filme óbvio e panfletário, mas Fernando Meirelles soube abordá-lo com subtileza e engenho. Não chega a ser um murro no estômago tão devastador como "Cidade de Deus", mas ainda tem atributos muito recomendáveis. 3,5/5 - Bom.
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