A crítica do "Público" é destrutiva, e compreende-se. Para se gostar deste filme é necessária uma atenção especial. Há jogos de luzes que nos seduzem, músicas que nos dizem algo, risos causados por ironia. Todos os que assistem a este filme se identificam com algo. Neste filme não existem clichés e a única acção é o amor. O filme tenta descobrir o que é o amor, o que é afinal este bicho que temos em nós a que chamamos ego, e que tanto tempo ocupa na nossa finita mortalidade. Duas pessoas, um homem e uma mulher, fechados num quarto sem qualquer fonte de entretenimento, apenas memórias e livros. Desfrutam os seus corpos com fulgor e quando param descansam para dormir. O filme faz-se de memórias, de pensamentos vagos no tempo, da grandiosidade do mundo que o homem não percebe.<BR/><BR/>É tão difícil compreender este filme pois é feito de momentos. O desejo é a única coisa que conta para estes dois personagens/actores, como se amanhã morressem; pretendem desfrutar de tudo o que os faz felizes neste mundo, que é o amor.<BR/><BR/>A Antártida surge no meio das cenas do filme pois representa o vazio que o amor cria. A Antártida é um continente igual ao amor e igual ao ego. Há uma altura em que é um enorme continente e todos os icebergs se reúnem, mas há também uma altura em que o gelo se parte e este continente fica reduzido a quase nada. Antártico é o vazio em que por vezes o homem se encontra. Sem objectivos, sem construção, o homem vive apenas momentos da sua finita mortalidade.<BR/><BR/>O ego é aquilo que nos ilude da mortalidade, da existência. Usá-lo não tem nada de aborrecido, desfrutar os momentos é algo vital para a nossa sã sobrevivência. Como tudo é mortal, como nada é certo, a relação destas duas personagens também acaba. Passa a ser memória enquanto for recordada por alguém. Memórias de um amor vivido, só de dois, que agora passou a ser memória de milhares de pessoas, através de um filme inovador, é certo, mas apenas por ter sexo explícito. De observar, contudo, os belos jogos de luzes na pele das personagens.

Um filme básico composto por recortes musicais (em que o realizador é perito) e onde se assiste a sexo explícito sem sentir a minima excitação.

Não se trata do facto de algumas cenas de sexo explícito existirem durante o filme, trata-se do facto de o filme serem apenas cenas de sexo explícito intervaladas por algumas imagens de concertos, ou alguém a fazer refeições. Não tem estória ou a estória nada nos conta. Nos dias de hoje nem me parece de todo irreverente conter cenas de sexo explícito. Além disso acho que não ensinou nada a ninguém :).

Só não compreendo porque é que um crítico de cinema tem tanto a escrever sobre um filme que classifica como banal e vazio... Não é um filme brilhante, mas é muito bom. Gostei bastante.

o filme resume-se a três elementos: sexo, rock'n'roll e Antártida, sendo que os dois últimos funcionam mais como pausas entre as cenas de sexo para desanuviar um pouco. Quanto ao sexo, elemento preponderante do filme, é apresentado de uma forma no ecrã como eu nunca tinha visto, sendo por um lado bastante explícito, mas transparecendo também toda a carga emocional, o calor, o desejo, toda aquela energia que lhe é característica e que se perde noutros filmes igualmente explícitos como os filmes porno correntes. A cena musical londrina ajuda a enquadrar o casal numa juventude ávida de emoções e experiências, preocupada apenas em viver o momento presente, transmitindo até uma pontinha de loucura a todo o filme, um pouco como já tinhamos visto no anterior "24 Hour Party People"

Amigos, não vejam este filme! Como é possível que um filme tão curto - pouco mais de uma hora - consiga ser tão aborrecido? Não fossem as nove músicas, interpretadas na íntegra e ao vivo, e julgo que grande parte dos espectadores teria abandonado o filme a meio. Repare. Se fizermos as contas por alto, cada música terá cerca de quatro minutos, ou seja, vezes nove, são 36 minutos. Temos portanto 71 minutos de filme, menos os 36 de música ao vivo. Sobram-nos 35, aos quais, se retirarmos uns cinco minutos de imagens da Antártida, ficamos com meia hora de sexo. Vistas assim as coisas, até nem parece que seja muito tempo, mas.... é muito chaaaaaaaaattttttttoooooooooooooo!<BR/><BR/>Quase não há diálogos e quando os há... meu Deus, que banalidades! E as cenas de sexo? Idem. Banalidades e trivialidades: "mais depressa", "fod*-**", olhos vendados, maõs amarradas, a luz do sol a entrar pela janela e a iluminar a actriz, o contra-luz, etc., etc... Ufff... Que seca!! Já reparou que o Nimas e o Ávila estão com uns ciclos tão interessantes? Então não perca tempo com este filme!<BR/><BR/>Depois, não diga que o avisei!!<BR/><BR/>

Mau. Muito mau mesmo. Começa com sexo, que é interrompido por uma música, logo seguida por mais cenas de sexo explícito, polvilhadas por uns comentários despropositados sobre a Antártida. E assim continua o filme, numa sucessão de sexo, rock e nada mais. E isso num filme é pouco, muito pouco. Saí a meio da sessão, não invadido por qualquer sentimento puritano ou moralista, mas porque se quiser ver uma sucessão de cenas de sexo, vejo um filme porno e se entender ver nove músicas rock compro um DVD de um concerto. E saí também porque felizmente tenho Kingkard.