O Aviador

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Drama 169 min 2005 M/12 03/02/2005 EUA

Título Original

The Aviator

Sinopse

Épico de Martin Scorsese, "O Aviador" cobre duas décadas da vida do magnata Howard Hughes, excêntrico milionário da América dos anos 30 e uma das figuras norte-americanas mais marcantes do século passado. Hughes era apaixonado por aviões, cinema e mulheres. O filme retrata a sua vida desde os finais dos anos 20 até aos anos 40, uma época em que Hughes era produtor e realizador em Hollywood, desenhava e criava aviões e relacionava-se com algumas das mais belas e elegantes mulheres da sua época, entre as quais duas lendas de Hollywood: Katharine Hepburn e Ava Gardner. Mas Hughes também tinha as suas fobias, mostrando um comportamento obsessivo que o levaria ao isolamento. Protagonizado por Leonardo DiCaprio, que tem aqui mais oportunidade de brilhar do que em "Gangs de Nova Iorque" - em que era "abafado" por Daniel Day-Lewis -, o filme lidera a corrida aos Óscares com 11 nomeações, entre as quais Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor Principal e Melhor Fotografia. DiCaprio conquistou já o Globo de Ouro para Melhor Actor Dramático. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O Aviador

Luís Miguel Oliveira

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Scorsese o homem que sonhava demais

Mário Jorge Torres

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O Aviador

Vasco Câmara

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O Aviador

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

Épico Portentoso

Thomas

O frémito de "O Aviador" é o de um homem e da sua época. Sem estar no seu meio natural, Scorsese consegue rasgos de brilhantismo e genialidade ao nível do seu melhor. Valha-nos também a descoberta de Leonardo di Caprio como um grande actor, certamente merecedor do Óscar. ****/*****
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Altos voos?

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Projecto aguardado com alguma expectativa, uma vez que se tratava de um "biopic" sobre uma marcante figura da sétima arte e da aviação, Howard Hughes, realizado por um não menos lendário nome do cinema actual, Martin Scorsese, "O Aviador" ("The Aviator") chegou a ser apontado como o filme que assinalaria, finalmente, o reconhecimento do cineasta de "Taxi Driver" pela Academia de Hollywood. Embora tenha ganho cinco Óscares, quase todos se relacionaram com categorias técnicas - a excepção foi vincada por Cate Blanchett, considerada a Melhor Actriz Secundária -, constatando-se que os méritos de "O Aviador" não foram suficientes para convencer a Academia a atribuir-lhe o Óscar de Melhor Filme ou Melhor Realizador.<BR/><BR/>Em parte, percebe-se o motivo desta opção. É que, se o filme é muitíssimo competente na direcção artística, guarda-roupa, fotografia e montagem, recriando eficazmente as décadas de 30/40 de Hollywood, o difuso e espartilhado argumento e, sobretudo, o desequilibrado e inconsistente ritmo não permitem que "O Aviador" voe mais alto (passe a expressão...).<BR/><BR/>Sim, Scorsese proporciona uma mão cheia de cenas fulgurantes e visualmente apelativas, como nos momentos da rodagem de "Hell's Angels" ou no acidente de aviação do protagonista, mas este inegável "savoir-faire" não chega para salvar uma obra minada por um considerável convencionalismo (sobretudo na primeira metade) e uma recorrente previsibilidade. <BR/><BR/>Debruçando-se sobre os traços de genialidade e de vulnerabilidade de Howard Hughes, milionário vincado pela megalomania, obsessão, narcisismo, paixão - pelas mulheres, cinema e aviação - e alguma hipocondria, Scorsese gera mais uma das suas personagens ambíguas, densas e dúbias, mas a sua perspectiva nem sempre é refrescante. Leonardo DiCaprio encarna o protagonista com entrega e solidez, mas a sua interpretação só se torna verdadeiramente convincente na recta final do filme, quando o argumento permite conceder a Hughes maiores traços de complexidade e efervescência interna.<BR/><BR/>Tratando-se de um "biopic", é compreensível que "O Aviador" se centre essencialmente na personagem principal, mas aqui isso é feito de uma forma em que todas as outras figuras se tornam em presenças demasiado unidimensionais e pouco intrigantes. As amantes de Hughes, em particular, sofrem dessa limitação, tanto Ava Gardner (Kate Beckinsale, com uma prestação luminosa mas com escassa substância) como Katherine Hepburn (Cate Blanchett, carismática mas caricatural), reduzindo-se a "pin-ups" que ornamentam a vida do protagonista e não proporcionam especial impacto.<BR/><BR/>A vertente plana e académica que domina grande parte de "O Aviador" torna-o num filme demasiado superficial e insosso pontuado por ocasionais episódios onde alguma intensidade consegue, apesar de tudo, emergir. É certo que atmosferas mais negras e surpreendentes conseguem impor-se, já na recta final, mas não são suficientes para compensar as mais de duas horas, geralmente monocórdicas, que as antecederam.<BR/><BR/>Após a experiência com o épico em "Gangs de Nova Iorque" ("Gangs of New York"), um filme interessante mas desigual, Scorsese volta a apostar em domínios semelhantes mas o resultado é ainda menos profícuo e inventivo. Tal como o seu protagonista, "O Aviador" é uma obra ambivalente, congregando um inatacável profissionalismo técnico e uma narrativa muitas vezes soporífera.<BR/><BR/>Talvez Scorsese recupere o seu universo tenso, profundo e vibrante quando decidir afastar-se das grandes produções, repletas de ambientes grandiosos mas pífios, que exageram nas doses de pompa e circunstância e oferecem experiências cinematográficas que não ultrapassam a mediania. Assim é "O Aviador"... Classificação: 2/5 - Razoável.
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Voa baixinho

Sónia Oliveira

Lamentavelmente ainda não foi desta, mas de facto não o mereceria – quando o comparamos a outros como o "Million Dollar Baby". O filme é por um lado surpreendente – na história verídica que transmite e na mente incompreensível e improvável de um ser muito especial. No entanto, por outro é lamentável, por trazer apenas a vibração do espectador nos efeitos especiais que tem. O menino de "ouro" está a ter um papel que o enche e não preenche. Não chega lá – é muito brilho ainda assim e caminha ao lado uma inimitável Kate Blanchet que merece sem dúvida o Óscar que arrecadou. É para ver, mas sem grandes expectativas.
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Um baixo voo

Lélia Madeira

Um filme que não merece as 11 nomeações. O Scorsese até pode merecer um Óscar, mas não por este filme. Penso até que seria uma afronta para o próprio Scorsese se lhe atribuíssem um Óscar por este filme... Foi talvez das poucas vezes em que eu pensei para mim mesma: "então, isto nunca mais acaba?!" Muito enfadonho! Cada cena pouco ou nada acrescenta à anterior! O DiCaprio vai ficando desinteressante e desinteressado ao mesmo ritmo que o filme... E quando o filme acaba, fica-se com uma sensação de vazio... E essa é a pior coisa que pode acontecer a quem gosta muito de cinema.
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Excelente

Fernando Machado

Uma história fantástica de um homem criativo e de uma visão extraordinária. Não retiraria nenhum minuto ao filme. É sem dúvida apaixonante.
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Merecia ter sido melhor...

Ana R

Gosto do "estilo" Scorsese, todavia há meia-hora a mais de filme, cenas já "ditas" e um pouco mastigadas. Não gosto de DiCaprio; ainda não me conseguiu convencer. O "esterótipo" obsessivo-compulsivo não trouxe mais-valia ao seu desempenho. É, talvez, mais dificil representar a sanidade mental. Precisa ganhar mais maturidade, fazer crescer a personagem, acreditar nela. Miss Hepburn é inimitável; custou-me percebê-la no início e consegui ir-me habituando a Blanchett.
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Um longo filme que sabe a pouco

Sandra PInho

Acabei de regressar de assistir a "O Aviador" e possuo uma certa sensação de desconsolo, como quando comemos qualquer coisa que não é bem o que esperamos. Devo salientar que não foram as 11 nomeações que me criaram expectativas (aliás, nunca consegui ver o "Titanic" até ao fim e saí da sala de cinema ainda não estava a meio), mas antes os nomes Martin Scorsese e Howard Hughes. No entanto, após cerca de três horas pensei para comigo: "já acabou?" E este já acabou foi a tradução semântica do meu pensamento: tanto tempo passou e parece que não se contou nada. O filme retrata apenas um bocadinho da vida de Hughes e, como diz um comentador do "Público", tenta explicá-lo e, muitas vezes, justificá-lo. Não é uma história de uma personagem, com princípio, meio e fim. Parece que não tem argumento. Será para vender "O Aviador 2"?<BR/><BR/><BR/>Não obstante, nem tudo é negativo no filme. Devo referir que as partes mais "interessantes" são as que retratam as sessões públicas a que Hughes teve de se sujeitar. Argumentação ordenada, incisiva e mesmo inteligente. A melhor maneira de se sair "quando se está entre a espada e a parede" é atacar. E neste caso correu bem. Por outro lado, o filme tem excelentes imagem, som e cenários. Saliento o décor do "magnífico" escritório do presidente da Pan America (espero que seja um espelho fiel da realidade porque traduz a mentalidade dos "americanos patrióticos" da década de 40) e o bar/restaurante que Hughes costumava frequentar. DiCaprio, por sua vez, é convincente como "puto mimado", mas não como "adulto maníaco, depressivo e alucinado". Por fim, Cate Blanchett está excelente como Hepburn e é, na minha opinião, o melhor do filme.<BR/><BR/>Em suma, não é um grande filme mas vale a pena ir ver... nem que seja para contestar a já apregoada muito provável atribuição da estatueta dourada a DiCaprio.
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Uma desilusão

Rui Antunes

Uma desilusão! Sem força, falta-lhe algo, esperava muito, muito mais e não eram necessárias três horas. São bastantes os aspectos que levam a um quase adormecimento colectivo. Tantos Óscares não sei.
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O céu não é o limite para os destemidos

João Tomé - www.MagaCINE.blogspot.com

A personagem excêntrica e lendária de Howard Hughes dá a DiCaprio um dos seus melhores papéis e a Scorcese um dos seus melhores filmes. Não é por acaso que um dos subtítulos desta história reza assim: "Alguns homens sonham com o futuro, ele construi-o". "Senhoras e senhores, Howard Hughes!" Estamos na presença da audácia, determinação, perfeccionismo e até alguma loucura de um dos norte-americanos mais lendários do século XX. Inspirado na vida preenchida deste apaixonado por cinema e aviação, Martin Scorcese oferece um olhar grandioso, incisivo e rigoroso que faz deste filme um autêntico épico dos tempos modernos – obtendo 11 nomeações para os Óscares.<BR/><BR/>O famoso jovem multimilionário Howard Hugues nasceu sozinho e morreu sozinho; essas foram, de resto, as duas vezes em que a sua vida não foi diferente da do comum dos mortais. Aos 18 anos tornou-se num órfão e num milionário e, apesar de ter sido sempre único a sua riqueza e feitos trouxeram-lhe uma fama muito americanizada.<BR/><BR/>O ponto de partida do filme é a paixão de Hugues pelo cinema, onde singrou em Hollywood, misturada logo na altura com outra paixão: a aviação. Hugues está a produzir, financiar e realizar um dos filmes preferidos de Scorsese, "Hell´s Angels" (de 1930). "Pago o dobro do que estão a pagar" - era assim que Hughes contratava as pessoas mais competentes. Durante três longos anos acompanhamos a determinação de Hughes em fazer um filme de guerra audaz e com as cenas aeronáuticas mais arriscadas possíveis.<BR/><BR/>Devido ao perfeccionismo deste jovem, o seu filme estava a ser constantemente aperfeiçoado, acabando por tornar a sua realização a mais longa e cara da altura – quatro milhões de dólares. Mesmo assim, o jovem fez a película triunfar por toda a América. Mas esta é a parte menos bem conseguida do épico de Scorsese, com uma abordagem demasiado geral e apressada. Os desafios mais impossíveis, a excentricidade, a vida como playboy e a loucura ambiciosa de Hughes atingem o expoente máximo quando ele se dedica à aviação.<BR/><BR/>O objectivo é claro: construir os mais rápidos, melhores e maiores aviões do mundo. Por entre a ambição desmedida, Hughes relaciona-se intimamente, primeiro com a elegante actriz Katherine Hepburn (brilhantemente interpretada por Cate Blachett), depois com a sensual Ava Gardner (Kate Beckinsale).<BR/><BR/>"Sou o homem mais veloz do mundo", diz o aviador depois de ter desenhado, criado e pilotado o avião mais rápido do mundo na época. Mas nada satisfaz este visionário, que ambiciona sempre mais, e mais, e mais – faz parte da sua excentricidade. Hughes compra a companhia aérea TWA e investe todo o seu dinheiro em criar os melhores, mais modernos e mais rápidos aviões, sempre com o seu perfeccionismo extremo.<BR/><BR/>É nesta parte do filme que a interpretação deste piloto audacioso – um dos melhores do seu tempo –, por Leonardo DiCaprio se torna extraordinária ao mostrar um pouco da loucura, mistério e comportamento obsessivo que se apodera da personagem, que tem uma fobia com os germes. Dos dois acidentes em testes aeronáuticos – era sempre ele que testava os modelos mais inovadores – à luta com o presidente da companhia rival Pan Am, passando pelas desavenças com um senador corrupto que o tentou aniquilar e até ao período de isolamento quase esquizofrénico, Hughes, quando nada o fazia prever, mostra que a sua determinação e excentricidade move montanhas, e não só vence a poderosa concorrência, como coloca no ar o maior avião do mundo, com uma altura equivalente a cinco andares e um comprimento maior do que um quarteirão.<BR/><BR/>Mas a sua ambição desmedida não termina por aqui: o filme acaba com um novo pensamento no futuro: os aviões a jacto. Entre um elenco que se dá ao luxo de ter Jude Law praticamente como figurante, as excelentes interpretações convencem, assim como o filme, que promete tornar-se num clássico. Apenas resta uma dúvida: será mesmo este o melhor filme de Scorcese? A resposta é pessoal e transmissível: não me parece.
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Um conto por Scorsese

Rui Felicio

Quinta nomeação de Scorsese na sua mais rebelde categoria. Traz-nos, a tempo dos média e consequente Gala se lembrarem irrefugiavelmente, uma parte da biografia do bilionário Howard Hughes, com todo o épico que lhe foi possível dar. E subjectivismo. É que a personagem central reveste-se de tudo o que sempre fascinou e alienou plateias e multidões: esperteza, sagacidade, vulnerabilidade e doença. O filme desenrola-se num tom nunca monótono e que prende por pequenos momentos, assim como pela ansiedade de ver uma falha na realização, o que nao acontece. Acontecem surpresas, como a familiaridade de Wainwright em "Cocoanut Grove" ou a pose da super-loura Gwen Stefani ao lado de DiCaprio na estreia de "Hell´s Angels", não deixando de ser ambas, ao mesmo tempo, marcas registadas de Scorsese.<BR/><BR/>Este é mais um filme dedicado à História da América, e como tal poderá ter menos interesse para estes lados, mas a escolha de DiCaprio para extravazar Hughes reveste-se de inteligência dada a puerilidade do actor, que apesar de nos dar bons momentos na tela, nunca esconde fraquezas intrínsecas a Hughes. Oito em dez. Será desta, Sr. Scorsese?
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