O Maquinista

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Thriller, Drama 102 min 2004 M/16 27/01/2005 ESP

Título Original

The Machinist

Sinopse

Como acordar de um pesadelo, se não se está a dormir? Trevor Reznik (Christian Bale) não consegue dormir há um ano. A fadiga levou-o à deterioração física e psicológica. Devido ao seu aspecto débil, os seus colegas de trabalho começam a desconfiar dele e acabam por se virar contra ele, depois de um acidente de trabalho que custou o braço a um colega. Trevor tornou-se um perigo para ele próprio e para os outros. Trevor torna-se paranóico e começa a sofrer de alucinações. Começa também a investigar o acidente sentindo que o mundo se virou contra ele. E quanto mais descobre, menos percebe sobre a situação em que está envolvido. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

O Maquinista

Kathleen Gomes

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O Maquinista

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Bom

Raul Vicente

O filme realmente é um pouco confuso... Porém, após assistir a segunda vez, pude compreender claramente a temática e achei tal estruturação magnífica, daquelas que prendem o telespectador.
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Não penso que seja um bom filme...

Sara A.

Não penso que "O Maquinista" seja um bom filme... O enredo é demasiado confuso e acabei por apanhar "uma seca" (desculpem a expressão) ao ver este filme, pois pelos anúncios, esperava muito mais. Não tem nada que pense ser característico de um bom "thriller" e não aconselho os amantes desta espécie de filmes a vê-lo.
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Filme bastante bom

Isabel Gomes

Este pareceu-me um filme bastante poderoso em termos de argumento. A fotografia não é das mais impressionantes mas é interessante, e o ambiente industrial é, na minha opinião, uma boa escolha. Como o trabalho do indivíduo é de natureza repetitiva e mecanizada, naquele contexto torna-se mais verosímil a sua "sobrevivência" depois de tanto tempo sem dormir. Em relacão aos filmes referidos pelo Sr. Luís Oliveira como "inspiracão" para "O Maquinista", gostaria de fazer dois comentários. Em primeiro lugar, a "inspiracão" não é necessariamente uma coisa má, até porque quando um realizador faz, num filme, referências a outros filmes seus, isso é tido como normal e é elogiado por muitos críticos. É como que um pequeno pormenor que só o mais astuto dos cinéfilos consegue detectar. Quando se trata de realizadores a introduzir referências a filmes alheios, é mau gosto. Não concordo com esta postura.<BR/><BR/>Em segundo lugar, eu vi todos os filmes supostamente mal copiados por este e sinceramente não me parece que haja nada em comum, especialmente com o "Memento". Mas eu não sou crítica de cinema. Resumindo, este filme não me pareceu chocante ou feio. Não é uma obra de arte, mas elas não aparecem assim com tanta frequência e nada nos impede de, de vez em quando, gostar de filmes assim.
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Dos melhores

Paulo Valério

Este filme é dos melhores filmes que o Christian Bale alguma vez fez, não só pelo papel que ele interpreta, mas sim pela forma como ele se disponibilizou a emagrecer 28 quilos só para este filme. Em relação ao filme, acho que o argumento está muito bom. Este filme é dos melhores que saíram este ano.
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Psicopata industrial

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Vivendo num estado de constante fadiga e perturbação devido ao facto de não conseguir dormir há mais de um ano, Trevor Reznik sobrevive a um quotidiano marcado pela solidão e algumas alucinações. Um inesperado e quase trágico acidente de trabalho alimenta ainda mais a inquietação do jovem operário fabril, à medida que a culpa e a paranóia se tornam cada vez mais claustrofóbicas e sufocantes. Em poucas palavras, esta é a ideia-base de "O Maquinista" ("The Machinist"), o mais recente filme de Brad Anderson centrado na espiral descendente de um homem cujos estados físico e psicológico se tornam cada vez mais frágeis e irregulares. Christian "american psycho" Bale dá corpo - literalmente - ao protagonista, e para participar no projecto teve de emagrecer 38 quilos de forma a se adequar ao anoréctico estado físico que a personagem exigia.<BR/><BR/>"O Maquinista" começa por impressionar logo pela debilidade corporal do actor, que aqui se entrega totalmente a um papel difícil e arriscado. Bale consegue condensar uma postura algo lunática e alienada, tornando Trevor Reznik numa figura inquietante que tanto se desdobra em episódios de cruel humor negro como em cenas mais soturnas e perturbantes.<BR/><BR/>Reznik é o fio condutor deste "thriller" obscuro, carregado de atmosferas negras, densas e decrépitas, mas estranhamente fascinantes (e aqui, saliente-se o trabalho de Brad Anderson na concepção de convincentes ambientes industriais vincados pelo negrume). Através dele, o filme propõe uma viagem a domínios onde o real e o ilusório se interligam e confundem, gerando uma narrativa com mistérios suficientes para manter o interesse. Individualista e solitário, Reznik possui uma vida social quase nula e é tratado com suspeita e desconfiança por quase todos os que o rodeiam, devido ao seu arrepiante estado físico e à postura circunspecta e nebulosa que o caracteriza.<BR/><BR/>Apesar de ser minimamente intrigante, "O Maquinista" perde parte do carisma por se assemelhar a outras obras que já trabalharam anteriormente, e de forma mais criativa, as suas temáticas. A relação de Reznik com a personagem misteriosa que se depara diversas vezes no seu caminho é alvo de comparações inevitáveis com a dupla Edward Norton/Brad Pitt, de "Clube De Combate" ("Fight Club"), o marcante filme de David Fincher, e os tons de paranóia que se adensam progressivamente não estão muito distantes das reviravoltas constantes de "O Jogo" ("The Game"), do mesmo realizador.<BR/><BR/>>Brad Anderson recolhe também traços do cinema de Christopher Nolan, uma vez que "O Maquinista" tem tanto de "Memento" - pela lógica de "thriller" não linear sobre os efeitos da memória fragmentada - como de "Insónia" ("Insomnia") - o permanente cansaço de Bale é motivado pelas insónias, como acontece com Al Pacino nesse filme. Pelo meio, Anderson percorre territórios próximos de David Lynch ("Estrada Perdida", sobretudo) ou David Cronenberg (pela perspectiva algo clínica e árduo teste dos limites humanos).<BR/><BR/>Embora recolha as melhores influências, "O Maquinista" nem sempre está à altura das mesmas e o resultado final é mais desequilibrado do que o que a interessante premissa sugeria. O problema é que Anderson nem sempre consegue gerar um ritmo absorvente e entusiasmante e alguns dos mistérios do filme são demasiado óbvios. A película mantém, ainda assim, tons intrigantes e inóspitos, embora abuse do mau gosto a espaços (como na cena do parque diversões, com a criança).<BR/><BR/>Ainda que esteja marcado por uma apelativa aura de "filme-de-culto", "O Maquinista" cativa mais pelo estilo do que pela substância, dado que o argumento aposta em caminhos já percorridos. Não deixa de ser uma experiência cinematográfica interessante, mas fica aquém do seu potencial. Classificação: 2,5/5 - Razoável.
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Crime e castigo

Flavio Garcia

"O Maquinista" é um filme feio em termos visuais, negro que baste, sinistro, sujo. Um filme bem construido que revisita o tema da culpa e do remorso, tão bem explorado no livro de Fiodor Dostoievski "Crime e Castigo". Quem leu o livro provavelmente irá gostar do filme. O próprio realizador, Brad Anderson, faz menção ao autor russo na sequência em que Trevor Reznik (Christian Bale) lê "O Idiota" de Dostoievski.
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Critica à critica de Luis Oliveira

Pedro Cardoso

"O Maquinista" é na minha opinião um bom filme. E ao ler a critica de Luis Oliveira percebo que ser crítico muitas vezes é comparar com tudo o que já se viu para trás. Ora quando são feitas comparações deste filme com filmes do David Lynch parece-me superficial. A única coisa que faz lembrar David Lynch neste filme é o ambiente mórbido, ou de outro mundo, se quiserem. Agora o que o senhor Lynch nunca consegue é ter personagens com tal profundidade, e que apaixonem como é o caso do protagonista deste filme e, claro está, nos filmes do Lynch quase nunca se percebe a lógica, o que os torna muito pretenciosos, mas enfim. Quanto ao mau gosto, realmente depende das sensibilidades. Não vi nada no filme que chocasse, e no entanto vi coisas que chocassem em filmes premiados em Cannes ("Irreversível") que sinceramente nao aconselho a ninguém. O filme para mim é intenso e recomendo.
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O Maquinista

Mário Carlos

Este filme fez-me lembrar "A Janela Secreta" numa versão muito mais incomodativa. Saí da sala com um nó na garganta. Recomendo... mas só aos menos impressionáveis, pois esta e uma história perfeitamente verosímil.
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Um filme não se esgota nas críticas

Pedro Maia

Sendo crítico de cinema no site Boxofficemojo, muitas vezes me perguntam os meus colegas (todos americanos) qual a principal diferença entre o "gosto europeu" e o "gosto americano". A minha resposta anda sempre à volta de duas questões: o trabalho de direcção de actores e a montagem. Quanto ao primeiro tema, penso que a direcção de actores é muito mais escrutinada na América. Basta para isso ter visto recentemente "The Aviator", louvada segunda colaboração entre DiCaprio e Scorsese (aliás, basta ver a forma como a direcção de Scorsese dos seus actores sempre foi louvada, mesmo que o "box office" não confirmasse depois essa mestria); basta falar de "The Passion", objecto obsessivo de Mel Gibson; basta entrar no mundo de M. Night Shyamalam, em que existe sempre uma colaboração fetichista com um actor principal (e essa foi precisamente a maior crítica a "The Village": a inexistência de um actor focal na história) para perceber que na América dá-se uma extrema importância ao conceito do realizador e à integração de um actor nesse conceito (nem vamos falar de Spielberg e Hanks).<BR/><BR/>Na Europa, pela fragmentação da indústria e pela compartimentalização do "gosto" europeu, acaba por ser muito mais apreciado o trabalho do realizador na montagem, na forma como faz as situações sucederem-se, do que a construção de personagens a partir de uma visão peculiar de um realizador. E nisso, Woody Allen é regularmente chamado o "mais europeu" dos realizadores americanos. Havia ainda muito para dizer mas o tempo é pouco, portanto vamos passar a este filme. Afinal a minha ideia, como sempre, é levar a que mais pessoas do que aquelas que leram as críticas do filme no "Público" o vão efectivamente ver, portanto as minhas deambulações podem-se ficar por aqui.<BR/><BR/>"The Machinist" é tanto um gigantesco trabalho de direcção de actor como um filme onde a montagem é essencial para toda a atmosfera criada em torno do nosso vazio afectivo em relação à personagem principal. Mas vamos à nossa habitual nota humorística sobre a tradução do filme para português. Diz o dicionário da língua portuguesa: "Maquinista: pessoa que inventa, constrói ou dirige máquinas; aquele que, no teatro, está encarregado dos cenários e decorações." E ainda consegui encontrar um dicionário de sinónimos que inclui nesta palavra as pessoas que operam "as locomotivas ou similares". Ora, as pessoas analfabetas que em Portugal são responsáveis (?) por dar nomes aos filmes acharam, depois de ver(?) o filme que Machinist e Maquinista eram palavras sinónimas... Até tinham uma certa parecença em termos fonéticos e portanto deixaram estar. Claro que o filme não tem nada a ver com comboios, muito menos com teatro.<BR/><BR/>Machinist, na América, é qualquer empregado de uma fábrica que opera uma máquina, é uma palavra que faz parte da tradição "white trash" tão notavelmente protagonizada pelo rapper Eminem no filme "8 Mile". Ou seja... "O operário" (apenas como exemplo) estaria 15.000 vezes mais próximo do significado do filme (a vulgarização, o desaparecimento na rotina, etc.) do que este título ridículo e absurdo (mas ainda sem chegar aos pés do famoso "A Minha Namorada tem Amnésia") que só pode prejudicar o filme nas bilheteiras.<BR/><BR/>Mary Hobbes era a personagem central do primeiro filme de culto de Brad Anderson e o fio condutor entre os dois filmes é precisamente a existência de múltiplas personalidades. Mas em "The Machinist" estas personagens não precisam de ficar a assombrar um determinado espaço, pois elas coexistem num mesmo personagem e esse personagem deambula entre elas e entre um estado de falsa constante vigilância, inconsciente da sua fragmentação. Ou seja, "The Machinist" é um esforço gigantesco de um homem, Trevor Reznik, para desaparecer.<BR/><BR/>O próprio nome indica o personagem de "Mauss II", em que ratos representam judeus e gatos representam nazis. Reznik está prisioneiro, e o seu estado de saúde degrada-se. Não se consegue impedir a si próprio de emagrecer dia após dia (e aqui o trabalho físico de Bale ultrapassa mesmo o paradigma de Ben Kingsley para "Gandhi"), fazendo com que o seu corpo se torne cada vez mais deformado. É completamente incapaz de acreditar que alguém possa sentir qualquer tipo de emoção por si e portanto a sua vida é levada a cabo com a monotonia de pequenas compras.<BR/><BR/>Lentamente, o filme começa a derivar para "Memento", em que o personagem também sofre de amnésia, mas amnésia sobre tudo o que aconteceu no dia anterior. Também Reznik se esquece, apesar dos papéis que vai colocando pela casa com avisos para pagar contas e falar com pessoas. E é o reviver diário de pequenos fragmentos do acontecimento que estilhaçou a sua vida que lhe vão devolver a sanidade, destruindo-lhe completamente o coração. A impossibilidade de Reznik em desaparecer acaba por acentuar a clivagem com os seus fantasmas, que o fazem distrair com consequências terríveis para o seu mundo.<BR/><BR/>Mas à medida que ele procura enfrentar esses fantasmas também emerge a culpa, e com a culpa vem a consciência de que aceitando tudo o que é, terá de aceitar perder muito do que conservou no seu eu estrutural.<BR/><BR/>E pronto, afinal o filme tinha mais coisas para dizer que aquela crítica de sexta-feira, não tinha? Pois... só faltava terem comparado o filme com Hitchcock... Mas pronto, vão ver o filme e depois no Verão vão ver "Batman Begins". Eu sou fã de Bale, admito, mas ele é mesmo o camaleão dos camaleões e não precisa de receber 30 milhóes por filme para o ser ; )))
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O cinema ainda é bom

Miguel

Tive o prazer de assistir à ante-estreia deste fantástico filme. Só visto. Bravo Christian Bale, provaste de novo ser um excelente actor. Repito, só visto.
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