Esta é a história do realizador finlandês Jalmari Herlander que resolveu, no seu aparente siso(u), degustar umas tiras de morricone acompanhadas de uns shots de Tarantino. Guloso e com pouco tino, depressa passou dos cálices para os penalties. Resultado, uma bebedeira épica com refluxos tarantinescos a todo o momento. E, de frame em frame, este sacana sem lei (louve-se a loucura) brindou-nos com um filme absolutamente bipolar e que nos deixa ou horrorizados, a olhar para a camisa a ver se tem salpicos negros de sangue, sim porque ele é servido em lautas doses mas misturado com lama, húmus e imundice, ou lambuzados por esta divagação chunga (parafraseando o Mourinha) mas que a muitos há-de deliciar e, convenhamos, fazer-nos passar 90 minutos enojados mas distraídos, no fundo, tudo uma questão de estômago cinéfilo. Como os shots, há quem aguente muitos e quem desista ao segundo...