A Sala de Professores

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Drama 98 min 2023 M/12 22/02/2024 ALE

Título Original

Idealista e com um apurado sentido de justiça, Carla Nowak começa o ano como professora de Educação Física e Matemática numa nova escola secundária. Tudo parece correr bem, até se deparar com uma onda de furtos na sala dos professores. 

Quando um estudante turco é acusado do roubo pelo simples facto de ter sido encontrado dinheiro na sua mochila, a professora Carla resolve não se deixar influenciar pelo preconceito e encontrar provas concretas. Mas à medida que se depara com algumas pistas, é confrontada com uma série de situações que trarão consequências terríveis para si e para toda a comunidade escolar.

Estreado no Festival de Cinema de Berlim, nomeado para o Óscar de melhor filme internacional (Alemanha) e considerado um dos cinco melhores filmes internacionais de 2023 pelo National Board of Review, este drama tem realização de Ilker Çatak, que co-escreveu o argumento com Johannes Duncker. PÚBLICO 

Sessões

  • Lisboa

Críticas dos leitores

Os difíceis equilíbrios da escola

Nazaré

Tiro o chapéu a esta criação em cinema. Tudo está soberbamente bem concebido, ab-so-lu-ta-men-te autêntico. Se uma professora acabada de chegar é sempre uma fonte de tensão dentro das vivências da escola, ela estar no foco dum problema que vai fazer estremecer tudo lá dentro não podia ser pior.

O filme fixa-se na protagonista, presença magnífica, constante, e assume a sua subjectividade. E faz-nos ver como ela é quem mais está segura dos valores a defender, que mais firme e ao mesmo tempo compassiva consegue ser.

Para quem queira ver o que é a escola sob o ponto focal que são os professores, este é um filme a ser visto com a maior atenção. Lá como cá, tudo depende da capacidade desta classe manter todas as convenções, de que depende o edifício do ensino, num plano credível para todos. A cena final, onde figuram os polícias, é deliciosa. Chapeau!

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4 estrelas

José Miguel Costa

"A Sala de Professores”(galardoado no Festival de Cinema de Berlim e sério candidato a arrecadar o Óscar de melhor filme internacional), do realizador germano-turco Ilker Çatak, é um thriller dramático (quase neurótico), cuja acção, apesar de restrita a um espaço físico micro (uma escola secundária multicultural), espelha exemplarmente toda uma série de tensões latentes a um nível macro na Sociedade, nomeadamente, a luta de classes, as relações de poder e os conflitos raciais e de género.

A narrativa tem por base uma jovem professora de educação física e matemática (encarnada soberbamente pela actriz Leonie Benesch) idolatrada pelos alunos, recém chegada ao estabelecimento de ensino, que fruto do seu idealismo e boas intenções cria um imbróglio na comunidade educativa (que gradativamente assumirá proporções épicas e explodirá nas próprias mãos), ao tentar, por livre iniciativa, e de modo unilateral, arranjar provas concretas de que um aluno de ascendência turca está a ser alvo de uma injusta suspeição da autoria de pequenos furtos ocorridos na sala dos docentes, por mera questão de preconceito.

Irá descobrir da pior maneira (com todos a virarem-se - hipocritamente - contra si, inclusivé, os seus pupilos) que no actual mundo da pós-verdade e do "politicamente correcto" não existe uma verdade una, mesmo perante provas quase irrefutáveis.

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Vitimização

J.F.Vieira Pinto

O tema é recorrente. Déjà Vu, dirão? Dou uma ajuda: “Sementes de Violência” de Richard Brooks, já abordava o tema da indisciplina na sala de aula em 1955 nos EUA, numa altura que despontava o Rock N´Roll.

Os tempos mudam, ou não tanto assim, dirão. Afinal o que tem de novo esta produção? Um “refresh” onde os temas, abordados muda. O que se vê de “novo” são coisas como a vitimização - onde a vítima tem “direitos” mesmo que, para o espetador sinta que o que está a acontecer não corresponde à realidade dos factos. Mas o cinema não vive de realidade, sim de emoções. Para o  “voyeur cinéfilo”, tanto faz quantas professoras usam a blusa de estrelas, se uma ou vinte…

Momento grande no “Kultur Fest” e, agradecemos a sua estreia no circuito comercial. Saudemos, também, a “diversidade cinematográfica” na exibição em Portugal. O (também) alemão, Christian Petzolld, passa a ter concorrência deste Ilker Çatak, o homem que realiza este “Sala de Professores” de ascendência turca…mas quem é que está interessado em saber onde o homem nasceu?! (****)

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