O Lado Bom da Fúria

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Drama 118 min 2005 M/12 26/05/2005 EUA

Título Original

Sinopse

A vida de Terry muda radicalmente depois do desaparecimento inesperado do marido. Com as quatro filhas, Terry tenta viver com a ausência provocada por esse desaparecimento, mas acaba por sucumbir ao álcool para apagar as mágoas. Até que Danny, o seu vizinho, uma ex-estrela de basebol, agora locutor de rádio, se começa a aproximar. PÚBLICO<p> </p>

Críticas dos leitores

Crónica feminina

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com - http://cine7.blogspot.com

Se "Beleza Americana", de Sam Mendes; "As Virgens Suicidas", de Sofia Coppola; "Alguém tem que Ceder", de Nancy Meyers e a série televisiva "Donas de Casa Desesperadas" fossem fundidos num só filme, o resultado não deveria andar longe de "O Lado Bom da Fúria" (The Upside of Anger), a mais recente obra de Mike Binder, que para além de realizador ocupa aqui o cargo de argumentista e actor secundário (interpretando o esgrouviado Shep). <BR/><BR/>Centrado na relação de de uma dupla de protagonistas em crise de meia idade - Joan Allen e Kevin Costner -, o filme combina drama e comédia de forma certeira, nunca se tornando tão depressivo como alguns filmes indie nem caindo nas armadilhas açucaradas de uma formatada comédia romântica.<BR/><BR/>Os trunfos de "O Lado Bom da Fúria" são o apelativo argumento e, sobretudo, a óptima direcção de actores, que para além do respeitável duo principal conta ainda com quatro jovens e promissoras actrizes que encarnam as filhas da personagem de Joan Allen: Erika Christensen, Keri Russell, Alicia Witt e Evan Rachel Wood (esta última particularmente magnética, dando continuidade às soberbas prestações apresentadas na série "Começar de Novo", de Edward Zick, ou "Treze - Inocência Perdida", de Catherine Hardwicke).<BR/><BR/>Mike Binder foca a angústia e descontrolo de Terry Wolfmeyer, uma mulher subitamente abandonada pelo marido, cuja amargura a torna cada vez mais neurótica e distante dos que a rodeiam, mantendo uma fricção constante com as suas filhas. Esta espiral descendente será amparada por Denny, radialista e ex-jogador de basebol, velho conhecido da família que se torna cada vez mais próximo e cúmplice dos dilemas de Terry, num relacionamento tenso e contraditório. Joan Allen e Kevin Costner contribuem muito para a consistência das personagens centrais, oferecendo sólidos desempenhos e gerando uma química irresistível. Allen é especialmente marcante, proporcionando, de resto, uma das interpretações do ano e comprovando que é uma magnífica actriz.<BR/><BR/>O olhar sobre as realidades suburbanas norte-americanas é cada vez mais recorrente no cinema (e televisão) actual, mas "O Lado Bom da Fúria" ainda consegue ser refrescante dentro desses domínios, pois Mike Binder revela aqui bom gosto na escolha do elenco, banda-sonora e (brilhante) fotografia, assim como na estruturação da narrativa. O suficiente, por isso, para que esta seja uma das boas surpresas do ano. 3/5 - Bom.
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Uma grande lição de vida

Filipe Teixeira

A maioria de nós esperava mais um desastroso filme com Kevin Costner, mas surge-nos uma subtil mas brilhante comédia por vezes negra que nos faz repensar muito a nem sempre tão brilhante carreira deste actor. Realizado por Mike Binder, contando com a brilhante participação de Joan Allen e com a revelação que já nos tinha sido dada em "Thirteen" de Evan Rachel Wood, por entre outras jovens actrizes, este filme mostra-nos ironicamente um dos lados da vida que todos nós tentamos esquecer. Tocando em assuntos como o amor, ódio, remorsos, dúvida e relações familiares, Mike Binder consegue mostrar subtil mas estrondosamente o percurso da fúria como decorrer da vida e como consequência necessária para a essência do nosso ser. "The Upside of Anger" é sem dúvida um filme brilhante, com uma grande lição de vida, que apesar de tudo consegue fazer-nos soltar estrondosas gargalhadas. Concluindo, temos em posse mais um simples mas deveras grande filme a não perder.
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