A Noite do Dia 12

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Thriller, Drama 115 min 2022 M/14 23/11/2023 BEL, FRA

Título Original

Sinopse

Yohan, um detective da polícia de Grenoble (França), vive obcecado pelo horrível homicídio de Clara Royer, de 21 anos. Há uns anos, na noite de 12 de Outubro de 2016, Clara deixou a casa de uma amiga após uma festa. Pouco tempo depois, sabe-se que se cruzou com um homem que a borrifou com gasolina e a incendiou. Na altura, a polícia interrogou uma série de suspeitos, sem nunca chegar ao homicida.

Um filme de suspense realizado por Dominik Moll (O Monge), a partir de um argumento seu e de Gilles Marchand que tem por base um dos casos relatados no livro de não-ficção 18.3: Une Année à la PJ, no qual a escritora Pauline Guéna descreve o dia-a-dia das brigadas da Polícia Judiciária de Versalhes.

A Noite do Dia 12 foi nomeado para dez prémios Césares, arrecadando seis: melhor filme, realizador, argumento adaptado, actor secundário, actor revelação e som. O elenco inclui Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Anouk Grinberg, Théo Cholbi, Johann Dionnet, Thibault Evrard, Julien Frison, Paul Jeanson, Mouna Soualem e Pauline Serieys. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

A Noite do Dia 12 cheira a cadáver

Vasco Câmara

O vencedor dos Césars 2023, A Noite do Dia 12, é um filme sobre uma esquadra de polícia. Câmara de eco dos fantasmas do espectador.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O filme "A Noite do Dia 12" (vencedor de 7 prémios César - o "Óscar francês" -, incluindo Melhor Filme), realizado e co-escrito por Dominik Moll, é um thriller policial (algo noir) que, apesar de a olho nu não passar de uma história de investigação criminal simples, possui um argumento inteligente detentor de várias "camadas maquilhadas", dado não se limitar a desfilar os costumeiros procedimentos legais com vista à descoberto do(s) culpado(s). De facto, vai além dessa abordagem, revelando-se uma realista obra de denúncia (não panfletária) sobre a misogenia e machismo enraizado num Sistema judicial dominado por homens (o que eventualmente afecta - nem que seja indirectamente - o teor das decisões tomadas). No dia 12 de outubro de 2016, uma jovem de comportamento sexual livre, com 21 anos, após sair de uma festa na casa da amiga, é abordada, e consequentemente assassinada, por um homem que sadicamente a incendeia. Todavia, independentemente de haver múltiplos suspeitos (que não esconderam anterior envolvimento sexual, nem tão pouco o desprezo que nutriam pela mesma), o caso acabou arquivado. Yolan, um policia da esquadra local (Grenoble), não se conformou com tal decisão, pelo que, alguns anos depois, contra a opinião dos colegas que (de modo diverso) desvalorizam/desumanizam o feminicidio em apreço devido à conduta comportamental da vitima (como se esta "estivesse a pedi-las").

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