É uma seta disparada à intolerância e ao preconceito que tem como pano de fundo a situação política cubana. Numa Havana – que não se sabe se está em construção ou desconstrução – Diego, um jovem homossexual, apaixona-se por David, um estudante de ciências sociais, heterossexual, comunista, que acabou de ter um desgosto de amor. Diego, artista e intelectual, convida David a entrar num mundo para ele desconhecido, à margem das ideias do jovem revolucionário. Primeiro é o choque, depois chega a amizade e a aceitação. Mais tarde, Diego apresenta-lhe Nancy, a sua vizinha solitária e infeliz, que faz David descobrir de novo o amor. “Morango e Chocolate” foi realizado por Tomás Gutiérrez Alea, o maior cineasta cubano, herdeiro da estética de Buñuel e um dos maiores retratistas de Cuba.
Nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1995, “Morango e Chocolate” arrecadou prémios em quase todos os festivais por onde passou – em Berlim, conquistou o Prémio Especial do Júri e o Teddy, ganhou o Goya de Melhor filme Estrangeiro em Língua Espanhola, uma Menção Especial do Júri em Sundance, e no Festival de Havana, recebeu os Prémios de Melhor Realizador, Melhor Actor, Melhor Actriz, Melhor Actriz Secundária, o Prémio do Público, e o Prémio da Crítica Internacional (FIPRESCI).

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