O filme "The Burning Plain" chega às salas com a publicidade de ter Joaquim de Almeida num dos papéis principais. Mas se a presença do actor português mais internacional é uma referência para os lusos, o filme de Gullermo Arriaga apresenta muitas mais razões para merecer uma ida ao cinema. Gulllermo Arriaga é antes de mais um autor de argumentos para o cinema. Traz na bagagem a autoria de todos os argumentos (dos quais alguns foram oscarizados) de Alejandro González Iñárritu, nomeadamente o brilhante "Babel". Quando o escritor passa para trás da câmara faz a mesma coisa em que se especializou: histórias contadas em tempos distintos que acabam por se cruzar na mente do espectador fazendo então sentido. Do ponto de vista da construção, o filme pode por isso ser considerado pouco original. Contudo, a história, cheia de emoção, tem força suficiente para interessar os espectadores. Sylvia (Charlize Theron) é a personagem principal: uma mulher destruída pela culpa que procura no sexo uma fuga. Uma geração antes, a personagem de Gina (Kim Basinger) explica o drama de Sylvia, mas acrescenta um drama mais ao filme: uma mulher com um casamento falhado em busca de amor. Joaquim de Almeida é o amante de Gina, num papel de mexicano a que o nosso actor se vai habituando cada vez mais e que desempenha com eficácia.

É uma história (ou muitas) que nos tocam profundamente. Os erros das pessoas têm sempre repercussão, em especial quando os atingidos são os filhos. Mas quem não erra? O filme mostra isso mesmo. O erro é próprio da natureza humana e a sua reparação a parte sublime. Com este filme temos tudo de excelente qualidade, quer técnica, quer artisticamente.

O filme "The Burning Plain" chega às salas com a publicidade de ter Joaquim de Almeida num dos papéis principais. Mas se a presença do actor português mais internacional é uma referência para os lusos, o filme de Gullermo Arriaga apresenta muitas mais razões para merecer uma ida ao cinema. Arriaga é, antes de mais, um autor de argumentos para o cinema. Traz na bagagem a autoria de todos os argumentos (dos quais alguns foram oscarizados) de Alejandro González Iñárritu, nomeadamente o brilhante "Babel". Quando o escritor passa para trás da câmara faz a mesma coisa em que se especializou: histórias contadas em tempos distintos que acabam por se cruzar na mente do espectador fazendo então sentido. Do ponto de vista da construção, o filme pode por isso ser considerado pouco original. Contudo, a história, cheia de emoção, tem força suficiente para interessar os espectadores. Sylvia (Charlize Theron) é a personagem principal: uma mulher destruída pela culpa que procura no sexo uma fuga. Uma geração antes, a vida da personagem de Gina (Kim Basinger) explica o drama de Sylvia, mas acrescenta uma nova componente ao filme: uma mulher com um casamento falhado em busca de amor. Joaquim de Almeida é o amante de Gina, num papel de mexicano a que o nosso actor se vai habituando cada vez mais e que desempenha com eficácia.

Sou de um tempo em que a crítica de cinema era para ser lida. Agora leio-a raramente. Os descinéfilos (perdoem-me o neologismo) adoram mostrar que sabem muito. Sabem? Não me parece. Considero o filme “Longe da Terra Queimada” um filme conseguido, agradável, muito humano com uma narrativa bem elaborada. Não gosto de fazer comparações. Ir ao cinema é como viajar. Assim como cada país tem o seu encanto, cada filme tem o seu universo. Coitado de quem tem pouca autonomia de escolha e lê certas críticas e se deixa influenciar por elas. Não o faça porque corre o risco de perder bons filmes.

Talvez a mais completa e versátil actriz da actualidade. Vale a pena ver o filme pelo seu desempenho e restante elenco. O resto é um pouco acima da média.

Correndo o risco de apontar o óbvio, o Senhor crítico Jorge mourinha não gostou do “Babel”? Gostaria de ler uma critica do mesmo ao filme “Babel” para ver da perspectiva de quem percebe de cinema o que falhou naquele filme.